Olhos como abismos
Refletindo as estrelas mortas do seu espaço
Selvageria que transita tais escapismos
Fadando à negação deste maldito laço!
Há de ter sido inebriante provar da tua dor
Excêntrica, trazendo na minha morte um pouco do teu livor!
Rebatendo os meus ossos em um só lírico
Ainda que fosses tornada unicamente um novo verso satírico!
Fora de mim, nada me acende
A realidade me repreende!
E quando pensar em interceder, me encontrará aos prantos
Pela cobiça que me atém nos teus encantos...
Lua Negra, me entregue promessas
Passeio em teu lado oculto sempre depressa
Acreditando ser o que o destino me reserva...
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