SEE YOU AGAIN - RYEJI

2. É bom te ter de volta

SEOUL - COREIA DO SUL
Terça feira, 13 de fevereiro de 2024
07:19 A.M.

POV: Shin Ryujin

Entro na sala de aula, vejo que Chaeryeong, Miyeon e Félix já estão no fundo da sala, conversando entre si, me aproximo, parando em minha mesa.

–Ei - Chaeryeong chama - Muda de lugar, senta aqui com a gente - Ela diz amigavelmente, sorrio em concordância, e coloco minha mochila em outra cadeira.

Em passos fortes, ouço alguém entrar na sala, me viro, e vejo Taehyun, que se senta perto da porta, evitando se aproximar de nós, os três se olham um pouco preocupados, mas aparentando já terem presenciado algo do tipo antes.

Nem um minuto se passa, e os Hwang entram na sala, automaticamente Taehyun se levanta, indo até Yeji e a segurando pelo pulso, observo a atitude repentina e a feição irritada do rapaz, que, logo em seguida, grita com Yeji:

–Não apareceu ontem por que, porra? - O rosto de Yeji se encontra em estado de choque, enquanto tenta se soltar.

–Amor, eu peguei no sono no fim da tarde, e quando acordei já era quase de manhã - Ela tenta se explicar, nervosa. Ele aperta mais seu pulso, a fazendo forçar os olhos, demonstrando um pouco de dor.

–Vadia dos infernos - Ele solta a ruiva, que lacrimeja e sai da sala em passos apressados, enquanto Hyunjin o empurra e discute com ele, Félix e as outras apenas suspiram em desaprovação.

Sinto a necessidade de ir ver como ela está, talvez por força do hábito. Decido me levantar, mas Miyeon chama minha atenção.

–Nem tenta, Yeji odeia que tentem confortar ela quando isso acontece - Ela fala como se fosse rotina, fico espantada com a calmaria dela ao comentar.

Não respondo, por impulso, saio da sala, e vejo a Hwang entrando nos banheiros, apresso o passo, e entro logo em seguida, vejo pés por baixo da porta de uma das cabines, bato na porta, ouço um suspiro, seguido pela fala de Yeji:

–'Tá ocupado - Ela diz em uma voz chorosa.

–Eu não quero usar o banheiro - Respondo, não recebo resposta.

POV: Hwang Yeji

Merda, por que a Ryujin 'tá aqui? Fico em silêncio ao ouvir sua voz do outro lado da porta, nem somos mais próximas, o que ela pensa que vai conseguir fazer?

Fico alguns bons minutos sentada na privada, teimando e negando abrir a porta, vejo que a Shin continua ali, calada.

Decido ceder, destranco a cabine e a abro, limpando meu rosto, visando a Shin.

–'Tá fazendo o que aqui? - Pergunto em seco, indo em direção à pia, para passar uma água em meu rosto cheio de lágrimas.

–Eu só...

–Pensou que me consolaria? - A interrompo sem mais nem menos, ela fica em silêncio, suspirando.

–Foi automático - Ela admite, murmuro um "hm" como resposta.

–Eu se fosse você não pensaria que está no direito de agir como se fosse alguém próximo a mim - Acho que fui meio grossa, mas que seja.