Capitulo 4

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P.O.V Kalle

      Era tão inconveniente ele ali parado me olhando, com suas partes humanas e um misto de metais em seu rosto. Aquele número 666 era um verdadeiro cyborg, seu rosto dava medo por conta do olhar mecanizado. E justo naquele momento que eu estava querendo ir embora, aparece essa praga pra me assombrar e lembrar de coisas que eu com certeza hoje em dia depois desses anos eu não faria com o Félix.
      Eu já estava um pouco longe do acampamento para minha sorte, pois se qualquer um dos que estavam ali dentro daquele acampamento me visse conversando com um dos números. Seria com certeza meu fim, era o fim da minha amizade, o fim da minha estadia do acampamento que o Félix criou, era acho que até o fim da minha amizade com o Julian. Meu primeiro e único amigo, aquele que eu tinha que defender por que sempre foi um grande gay fraco, desde criança.

- Então Kalle, como vai ser? Você vai cumprir sua parte do trato? - Aquele número falava comigo tentando chegar mais próximo de mim, mas a cada passo que ele dava eu me dirigia mais ainda para trás.

- Não chegue mais perto! Por favor... - Falo com o mesmo tentando fazer com que ele desista de se aproximar mais.

- Você não entendeu né... eu quero o Félix, ou melhor nós queremos ele. - Ele falava andando lentamente em passos curtos, e meus batimentos a cada passo aumentavam com medo do que ele poderia fazer comigo.

         Eu consegui ver um pouco dos poderes do menino que era o 333, ele morreu até que rápido para o Félix que como eles falam é um deles. Mas e eu que sou uma mera humana, como eu enfrentaria um que tinha rosto de demônio. Sendo que o Félix enfrentou um que tinha cara de anjo e era extremamente poderoso.

- Eu não posso entregar ele pra você, ele é meu amigo! - Falava com ele vendo que eu não tinha mais para onde correr, meus passos me levaram até uma grande árvore. Uma árvore que me impossibilitava de sair de perto dele, ele já estava muito próximo.

- Então vejo que vou ter que fazer tudo sozinho, precisosa Kalle! - Ele fala dando um passo para trás e olhando para mim com seus olhos que eram de dar medo, e sua cara mais metálica do que humana.

- O que você vai fazer? - Falo olhando para o 666 que estava prestes a fazer algo, mas eu não sabia o que eu eu precisava dar um jeito de avisar o Félix. Mas sem super poderes e tão distante do acampamento era quase impossível.

- O que eu vou fazer? Você lembra de quando você estava presa junto com seu amiguinho de cabelos loiros e olhos azuis? Eu estava encarregado especificamente pra olhar vocês, e vê comos vocês agiam perto de tudo aquilo que você e aqueles prisioneiros viam. - Ele falava parando de estender sua mão para frente e logo começa a falar do nosso antigo lugar de terror, depois de cinco anos ele quer voltar realmente a esse assunto.

- Eu me lembro, o que tem as portas? - Falo ainda parada na árvore sem saber o que fazer.

- Querida Kalle, eu sou um dos líderes do projeto, matar Lesnores. Eu sei o que eles são capazes quando ganham suas formas animalesca, eles fizeram isso comigo. E quando eu era um humano igual a você, eu era um dos mais lindos dos setes.

Flashback on

   Eu estava sempre sorrindo, estava bem. Na época, muitos anos antes de você chegar. A senhora D'vur ainda era a gestora daquela instituição para jovens dotados e eu era um dos números que chegou primeiro naquele lugar. Eu e a 444 éramos os primeiros a estarem naquele lugar, existiam poucos internos que faziam se quer ideia da quantidade de poderes que eles tinham. E até eu mesmo, 666 não fazia ideia do por que eu era assim, tão diferente dos outros, mas meu poder sempre chamou atenção.

Sunnor- Correndo conta o tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora