Sunnor- Correndo conta o tempo

Capitulo 12

2 dias de pois

P.O.V Félix

     Eu estava sozinho, cansado, e até o que o vince fez pra gente foi uma coisa que realmente veio a calhar. Eu estava me sentindo um péssimo líder, um líder que não sabia liderar um "pequeno" número de pessoas. As vezes um ponto que o Pierre dominava muito bem, faltava em mim... a liderança, aquela que qual, quando era necessária eu não sabia usar. Eu só sei né estressar, ficar bolado e então assim, eu não consigo me concentrar em mais nada, e foi isso que aconteceu, eu acho que eu perdi o controle de tudo.

- Félix? Cadê você! - Escuto a voz de vince me procurando por toda a casa que ele nos cedeu como abrigo temporário.

           Eu estava na parte de trás da casa, onde tinha uma pequena despensa onde guardava ferramentas e outras coisas de jardinagem. Eu não estava afim de falar com ninguém, as pessoas já estavam instaladas em quartos, dois em cada quarto, e cada um que escolheu seus pares, então não tinha mais o que eu resolver por que ele estava me procurando.

- Ah você esta aí, desculpa ficar te caçando toda hora... - O vince logo abre a porta, que acaba fazendo um barulho de ranho por esta  um pouco inferrujada. Olho para ele e o mesmo estava tão bem, sorridente, não entendia como ele conseguia se manter positivo com tudo isso acontecendo.

- Pode falar vince. - Odiava ter que ser mal educado com o menino que basicamente salvou as nossas vidas, as vezes eu odeio o Félix que eu me tornei no decorrer desses cinco anos.

- Bom aqui na minha casa, tinha bastante comida, mas está acabando, temos mais gente que o esperado na casa então precisamos ir no mercado conseguir mais comida para deixar todos saciados, e tava pensando em fazer algo para todos aqui, acho que eles merecem depois de tudo isso, a gente compra algumas bebidas e faz uma festa aqui em casa para destrair um pouco essas pessoas. - Ele falava, e fazia um tempo que eu não sabia o que era ser uma pessoa normal, viver na floresta por uns anos, me fez esquecer o que eram coisas básicas como, comer em uma mesa, ir em festas e muito menos ir ao mercado junto com meu pai ou essas coisas básicas da vida.

- Bom vou com você no mercado, vou chamar mais algumas pessoas para ir com a gente para ajudar a escolher as coisas, nem na época da escola eu era muito de festas, então vou levar alguns especialistas do meu grupo de amigos. - Falava como menino que estava sentado em uma lata de tinta vermelha, olhando para mim, e rindo um pouco.

           Meu humor tinha melhorado um pouco, ele de alguma forma conseguiu me fazer me sentir bem, sabe uma luz, ele me deu esperança. E eu como líder de todos aqueles antigos internos da D'vur eu precisava passar a mesma energia para os outros internos e amigos próximos.

- Bom vamos então? - Ele fala e levanta e eu logo levanto junto com ele fazendo alguns barulhos ao tocar em algumas ferramentas de carro, e ele me faz lembrar de uma coisa...

- Vince? Aqui tem carro? - Olho para ele pegando uma das ferramentas e olhando para ele e ele dá uma risada para mim.

- Vem comigo, eu te mostro.

      Saímos daquele pequeno cubículo, e fomos andando para ir em direção a entrada de trás da casa que era protegida por um cercado de madeira branco, era uma casa realmente bem pensada estruturalmente falando, por que tinha uma piscina bem grande no fundo que tinha ladrilhos intercalados de azul e branco, com uma escada lateral. Um jardim com vários arbustos, e um deles era um bonsai lindo que fazia uma linda sombra em cima de uma mesa de chá. Era tudo perfeito nessa casa, mas sabe aquela sensação de que existia algo a esconder naquele ambiente? Eu sentia isso ao andar por toda aquela extensão.

- Vince, meu Deus você anda muito rápido! Eu tava atrás de você um minuto e por ficar olhando admirado com sua casa, eu quase me perdi de você. - Falo ao olhar para frente e ver que o menino de cabelos ruivos é cicatriz na boca, já estava preste a entrar em um cômodo que era todo branco e tinha apenas um elevador no fundo que não fazia ideia de onde era aquilo.