Em meio à intensidade da Fórmula 1, Max e Charles, rivais desde a infância, se aproximam como amigos e descobrem um amor proibido. Enquanto enfrentam pressões externas e conflitos familiares, sua relação secreta os leva a uma jornada de autoaceitaçã...
Um mês inteiro se passou desde que Max terminou com Charles do pior jeito possível, mas de alguma forma motivou o monegasco a conseguir vitórias que nem imaginava um dia conseguir. Ele estava indo bem, usou toda a dor para treinar a estava extremamente veloz no carro, mesmo que deixasse a desejar em alguns momentos.
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02:50 AM
Era madrugada no Qatar, e por mais que a corrida fosse pela noite, era quente pra caramba. De qualquer maneira, era terça-feira e todos os pilotos já estavam na cidade da corrida, alguns decidiram festejar antes de qualquer coisa, aproveitar as maravilhas que tudo aquilo poderia proporcionar.
Não era o caso de Charles.
O monegasco decidiu ficar no hotel e descansar, era bom demais relaxar antes de uma corrida que possivelmente poderia ser estressante, então ele estava tranquilo no seu quarto de hotel, a televisão ligada em Modern Family e ainda com um pote inteiro de sorvete, que ele tinha certeza de que seria eliminado no dia seguinte.
Estava quase pegando no sono quando alguém bateu na porta. Revirou os olhos e levantou.
— Espero que seja a pizza que eu pedi... — abriu a porta e se deparou com Max. —, que saco, vai embora! — começou a fechar a porta, mas então...
— Por favor, eu preciso falar com você.
— Um mês sem você foi o suficiente para entender que você realmente não me amava — forçou a porta. —, veio despejar mais lixo em mim?
— Não, por favor... deixa eu entrar, ninguém pode me ver aqui.
Charles respirou fundo e mandou Max entrar. O loiro entrou e sentou no sofá, porém Leclerc continuou em pé andando de um lado para o outro, indignado com a pachorra de Verstappen de aparecer assim na sua porta depois de um mês.
— Você tem noção do que fez comigo? — Charles parou na frente de Max. — Você tem noção do quão quebrado eu fiquei? Das vezes que precisei de um abraço e eu não tinha ninguém? Ou então de todas as vezes que eu ouvi um "eu avisei" do Carlos? Eu deixei bem claro que não queria mais te ver! — disse nervoso.
— Você tem todo direito de estar bravo, mas eu... eu preciso te falar o que realmente aconteceu. Se você quiser acreditar, aí é com você.
— Estou ouvindo — disse sentando na poltrona do outro lado da sala.
— Quando estávamos na comemoração de Monza, eu recebi aquela ligação do meu pai... eu achei realmente que ele estava passando mal, a voz dele era de quem estava sofrendo, então eu fui até ele... — Max contou detalhe por detalhe, não se esquecendo de nada. —, então minha única saída para te proteger e me proteger foi te afastando desse jeito. Desde então eu venho esperando a hora certa, eu precisava esperar o meu pai acreditar que eu realmente tinha parado de gostar de você... eu não podia arriscar deixar você perto demais. Você não sabe quanto me doeu dizer aquelas palavras, aquelas mentiras... ainda mais enquanto você falava para mim que eu estava mentindo! Porra, você me conhece tão bem.
