Cap. 26

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- P.o.V Sam-

Estávamos olhando Larissa e Ohana fazia menos de um minuto, mas já sabíamos que as coisas iam esquentar, era impossível não acontecer. Ohana tinha acabado de ajoelhar pedindo para Larissa voltar pra ela. Mas, eu nem estava prestando tanta atenção nelas, porque nesse exato momento, a mão de Alex estava em minha cintura.

Era um toque gentil, mas me lembrava de quando estávamos em Paris e o quão firme ela poderia realmente ser.

Não tinha mais impedimento para ficar com ela, pelo menos não da minha parte. A questão é, como vou avisa-la sem parecer que estou me oferecendo desesperadamente pra ela. O que não seria mentira, porque é como uma angustia que não me deixa em paz, o pensamento de ter seus lábios nos meus.

Desde o dia em que quase nos beijamos que não consigo pensar em outra coisa. Me pego sonhando com seu sabor e maciez. E a verdade é que tenho tamanho arrependimento por tê-la impedido, apesar da minha consciência dizer que fiz o certo.

Não parecia ser certo. O certo é ela a centímetros de mim.

- Acho melhor irmos pra outro lugar. – A voz de Alex estava baixa e causou um pequeno arrepio em mim. – A coisa aqui vai esquentar!

Ela afastou seu braço da minha cintura e quase protestei. Minha vontade era de empurra-la contra a parede e pedir pra ela finalizar o que começamos no Iate. Mas, por falta de coragem apenas me levantei.

- Tenho as chaves do carro! – Tirei-as do bolso e mostrei para ela.

- Que carro? – Ela me perguntou.

- Larissa alugou um carro!

- Meu Deus, essa mulher não para de esbanjar dinheiro. – Alex riu. E a risada dela era linda.

Andamos até o carro, uma BMW 320i.

Quando Alex viu o automóvel, seus olhos brilharam. Tanto que tive que oferecer-lhe o volante.

- Você dirige na ida, eu na volta! Que tal?

- É disso que to falando! – Alex praticamente tomou as chaves da minha mão, enquanto mordia seu lábio inferior em animação.

E então fomos para o destino que ela ditaria, até porque não conheço nada dessa cidade. Passamos por várias ruas movimentadas e ela fez questão de deixar as janelas no carro aberta, se amostrava dirigindo e por vezes cumprimentava uma ou outra pessoa. Mas, nunca deixando de me olhar.

Conversamos sobre o pai dela e quando me falou sobre alguns planos que estava combinando com Ohana, logo me animei. Por fim ela não falou realmente o que era, mas por um momento pensei ter lido seu olhar, que me fez relembrar de quando conversamos sobre ela se mudar para Nova York. Posso estar muito enganada, mas foi o que pensei na hora.

Paramos em uma lanchonete, não era muito movimentada, tendo apenas duas pessoas fora nós. Alex cumprimentou a garçonete e pude ver que eram conhecidas de muito tempo, me apresentou a ela e então começamos a olhar o cardápio.

Pedi um hamburguer com batata frita e refrigerante, Alex pediu o mesmo, porém o dela era um com muito bacon.

- Já tinha vindo aqui em Frankenmuth alguma vez? – Alex me perguntou.

- Não, essa é a primeira vez!

- Vocês vão passar quantos dias? Apesar de ter que ficar com meu pai, nós temos muitas ajudas da vizinhança, então da pra mostrar um pouco da cidade pra vocês!

- Vamos ficar três dias! Eu adoraria conhecer aqui, é uma cidade muito bonita pelo que eu já pude ver!

Alex sorriu. Aquele sorriso lindo e encantador, então me peguei sorrindo também.

Inexplicável - Ohanitta -Onde histórias criam vida. Descubra agora