X | Encontro surpresa

52 10 55
                                    

Winter

Alexander rompeu o contrato, e eu ainda não sei os motivos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Alexander rompeu o contrato, e eu ainda não sei os motivos. Confesso que isso abalou meu orgulho.

Tenho tentado entrar em contato com a secretária dele para avisar que, se ele aparecer na minha casa e repetir as ações da última vez, não hesitarei em denunciá-lo por assédio.

E, com isso, ela claramente preocupada, aconselhou-me a manter distância dele - um conselho sábio, que pretendo seguir à risca.

Ele nem sequer tentou esconder a placa do carro das câmeras de segurança. Pois, não se importa de ser identificado. Tenho certeza de que foi isso que ele queria mostrar.

Que não teme ninguém e faz o que quer, quando bem entende.

Agora, enquanto empurro o carrinho de compras pelo mercado, tento afastar esses pensamentos da mente. Me encontro na seção de bebidas, admirando uma caixa de vinho. Após hesitar por um instante, decido colocá-la no carrinho. Continuo pelos corredores repletos de produtos e alimentos, escolhendo os itens que estão em falta em casa.

Paro diante das prateleiras de macarrão, e algo curioso prende minha atenção: as embalagens aqui são tão diferentes das do Brasil. Escolho uma caixa e a coloco no carrinho. Em seguida, dirijo-me ao refrigerador de bebidas e pego uma garrafa de leite. Também escolho algumas caixas de suco e leite de nozes, indispensáveis para Amber, que simplesmente não vive sem.

Apesar das tarefas cotidianas, a memória dos eventos recentes paira no fundo da minha mente. Não importa o quanto eu tente, ainda me sinto desconfortável com tudo isso.

Com as compras finalizadas, viro-me em direção ao caixa. É então que, em um dos setores de alimentos, noto um homem segurando algo em suas mãos. Por um breve momento, nossos olhares se cruzam. Ele sorri.

Ele é estranhamente parecido com Belchior.

Devo estar vendo coisas. Afinal, o que ele faria em um super mercado contendo todo aquele dinheiro. Pelo
que analisei em seu comportamento, ele não viria aqui. Preferiria mandar um funcionário para tais tarefas.

Tento me convencer de que era apenas minha imaginação pregando peças, mas a dúvida persiste enquanto sigo para o caixa.

Após finalizar as compras, caminho em direção ao carro que me espera no estacionamento. Sinto um alívio ao avistar os seguranças próximos à entrada principal. A presença deles me traz uma sensação de segurança, mesmo que discreta.

- Sacolas pesadas? - Perguntou um dos seguranças, com um tom descontraído. Respondi com um sorriso sem graça, apressando-me em direção ao carro.

𝑽𝒐𝒔𝒔𝒂 𝒆𝒍𝒆𝒈𝒂̂𝒏𝒄𝒊𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora