Meio Homem

O Mestre da Morte? Me chame de Harry.

Notas do autor: Este capítulo abre com um flashback (em itálico). Ou é...?

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Harry está nervoso enquanto anda na ponta dos pés por um beco escuro e deserto. Ele não se lembra de como chegou aqui ou do que está fazendo em um lugar tão sombrio. Um olhar calculado em qualquer direção não revela nenhuma ameaça imediata, mas como dono de uma Capa de Invisibilidade ele sabe o que é melhor. Além disso, existem muitos feitiços que podem obscurecer alguém de vista com a mesma facilidade.

Suas vestes farfalham suavemente enquanto ele brande sua varinha - a nova que ele usa - de um coldre em seu quadril. De onde veio isso? Como ele sabia que estava lá? E por que ele está usando essas vestes fortemente protetoras? Os pensamentos estranhos fazem com que ele dê um passo em falso, afundando a ponta de suas botas de couro de dragão em uma poça enganosamente profunda. Ele xinga baixinho antes que possa se conter e isso é o suficiente para alertar alguém sobre sua presença.

"Auror Potter," um homem diz e sai das sombras.

"Auror?" Harry repete, confuso.

O homem pisca, aparentemente igualmente perplexo. Mas ele rapidamente recupera a compostura e franze a testa mais uma vez. "Você é um ator pior que seu parceiro", ele rosna.

"Parceiro?"

"Merlin, talvez você seja tão estúpido." Ele alcança uma porta e puxa outro homem pelo braço.

Harry não sabe quem é, mas seus braços estão amarrados atrás das costas e há uma mordaça amarrada em sua boca. São as vestes de auror que chamam sua atenção. São os mesmos que ele está usando. Seu parceiro... espere um minuto. É difícil dizer por trás do sangue e da sujeira em seu rosto, mas Harry acha que reconhece William Bellows de quando o visitou no St. Mungus.

St. Mungus. O acidente. A perna dele. Harry olha para baixo e percebe pela primeira vez que tem duas pernas intactas. Ele mexe os dedos do pé direito só para saborear a sensação mais uma vez. Quase traz um sorriso ao seu rosto, se não fosse pelo absurdo da situação. Onde ele está? Quando ele está?

"Ei, Potter! Você está ouvindo ou o quê? Você me dá os ovos de dragão e eu devolvo seu parceiro inteiro."

Os olhos de Will se arregalam e Harry percebe que ele está com medo. Talvez se ele conseguir distrair o homem, ele possa se aproximar de Will e desaparatar os dois para fora deste lugar. Então Harry faz o que sempre foi capaz de fazer: fazer o bandido fazer um monólogo.

"O que você quer com ovos de dragão, Rowatt?" ele pergunta, embora não saiba de onde veio esse nome. Ele acabou de inventar isso?

Ele deve estar certo porque o homem não dá nenhuma indicação do contrário. Apenas uma risada áspera ecoa nas paredes de tijolos ao redor deles. "O que você acha? Quero criá-los e ter um exército inteiro de dragões."

"Como você vai controlá-los? São animais selvagens com temperamento extremamente ruim." Ele dá dois pequenos passos enquanto fala, que parecem passar despercebidos.

"Estarei lá quando eles nascerem. Eles vão imprimir em mim."

"Como você sabe que isso vai funcionar?" Mais alguns passos.

"Eu vi isso na televisão com patinhos."

"Não posso argumentar contra essa lógica." Will está quase ao seu alcance. "Mas por que você acha que posso ajudá-lo a conseguir esses ovos de dragão?" Ele só tem que se esticar