Amor

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obs: tentativa de hot
boa leitura

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O primeiro beijo. A primeira vez. Tudo foi estupidamente perfeito. Alastor não sabia que sua noite seria tão boa.

Nunca se imaginou em atos carnais, sequer sentia desejos por alguém - fora as ânsias canibais, é claro. Apreciar Lúcifer começou como uma atração genuína, inicialmente pela carne, após um tempo, pela bela aparência e, no fim, pela personalidade cativante. Sexo não era uma prioridade para o vermelho, quem dirá um relacionamento.

Todas as pessoas são igualmente insignificantes e odiáveis. Não havia ninguém que o faria mudar de pensamento.

Exceto um baixinho loiro com problemas familiares.

Alastor adorava baixinhos loiros com problemas familiares.

Depois do beijo na torre de rádio, encontrou-se em um dilema. Ele havia gostado. Ele havia tocado nos cabelos macios daquele anjo, mordido seus lábios e experimentado o sangue. Lúcifer era viciante. O perfume do menor o deixava hipnotizado, uma mistura de maçã e canela. Arranhar aquele pescoço, agarrar a cintura. Ele nunca pensou que teria tais vontades e as realizaria.

Lúcifer Morningstar fora o primeiro que o trouxe algo diferente de ódio.

Nem faria questão de esconder. Não importa o resto. Ele teria aquele angelical.

E, por sorte, o loiro o queria de volta.

A cada beijo, observava a pele de Morningstar arrepiar. Ele se esbaldava naqueles beiços com sabor de canela e descia para o pescoço. Mordia. Luci estremecia. Apertava com força o braço do cervo. Alastor esfregou seu joelho na ereção do pequeno, que se derretia. Pôde sentir as pernas dele tremerem embaixo de si.

Um fio de sangue escorreu pela clavícula. Al o lambeu.

Era delicioso.

Desabotoou os primeiros botões da camisa do governante, expondo seu peito alvo, intocado. As áreas de circulação ao redor das auréolas atraíram sua boca, que logo as chupou. Os pés de Lúcifer tremiam. Ele ficou sem ar. Enfiou as mãos nos cabelos de Al e os puxou para si, que, em protesto, mordeu a região.

Outro ponto de sangue.

Esse anjo era fodidamente saboroso.

Tirou o fino tecido por completo. E ali estava seu rei, com o tórax desnudo e dois machucados abertos. Precisou parar um pouco para admirar o estado caótico do amante.

Profanou o celestial.

Quando o loiro começou a curar as próprias feridas, Al interviu. Avançou na garganta dele e o jogou contra a cama.

"Nem pensar." Sussurrou no ouvido de Luci enquanto o enforcava.

"Então volte a fazer seu trabalho, garçom." Respondeu em um tom aveludado.

Seguindo as ordens, retornou. Virou o companheiro de costas e admirou as marcas das asas. Em um ato incalculado, beijou a área. O menor agarrou-se aos lençóis.

"Não faça isso."

"Por que?" Questiona e passa a língua lentamente, o que provoca um repuxo maior nas cobertas. Luci cerra os dentes. O rubor nas orelhas anuncia que Al encontrou um ponto fraco. "Não ouvi o motivo." Dedilha.

"Foda-se." O volume esfrega contra a cama. "Faça o que quiser."

Morde. Lúcifer abafa seu gemido na manta. Xinga o radialista de algo e volta a - tentar - manter sua voz baixa.

Não funciona, obviamente.

Dessa forma, eles encontram o conforto um no outro, a ânsia por mais, o ímpeto prazer. O demônio odeia que Lúcifer chore pela ex-esposa. Odeia a estúpida aliança. Odeia tudo. Em meio ao momento, não viu mais o anel irritante. Quase sorriu pela constatação.

Desliza dois dedos pela região do anjo, que dobra a coluna ao sentir o gélido entrar em si. Começa a prepará-lo e se delicia com as feições desesperadas do loiro. Quer que ele implore por mais, deseje mais. Ao atingir o ponto, Luci fincou as unhas no seu braço, rasgando-o. Uma quantidade de sangue cai na cama. Ele continua. Três dedos. Beija o ombro dele. Beija outra vez. Acaricia seu órgão enquanto o explora. Circula a cabeça e depois inicia para cima e baixo.

Lúcifer lacrimeja.

"Acaba logo isso, arrombado do caralho." Implora, cobrindo os olhos com o antebraço.

"Se é o que vossa majestade quer." Tira os dedos. Se prepara por cima do celestial e enfia devagar. Quando a glande entra, ele enrola as pernas na cintura do vermelho. Dói um pouco, faz tempo que ele não faz isso. Coloca metade. Sente que vai desmaiar. Abraça as costas do amante para encontrar apoio, Alastor gosta desse contato. Enfia tudo.

O peito sobe e desce profundamente. A respiração pesada anuncia que está completamente preenchido. Lúcifer é apertado. O cervo derrete.

Eles se beijam. Um beijo lento e molhado, com mãos nos cabelos e costelas. Beijam-se como se nada importasse, como se a vida tivesse acabado e recomeçado.

O pecador se mexe. Inicia sem pressa, notando o que poderia fazer. Puxa a cintura do alado para si, adentrando mais fundo. Um gemido. Ele gostou disso. Outra vez. A cada movimento, Alastor se entregava mais, perdia-se. Enrola os dedos no ereto de Luci e o masturba enquanto o enfia.

Era para ser apenas um plano. Uma traição estúpida.

Odeia isso.

E adora.

Chegam ao êxtase juntos. O líquido do anjo cobre a mão do radialista. Al tira seu membro de dentro. Escorre um pouco nos lençóis - precisariam trocar em breve. Ele se deita ao lado do loiro. Entreolham-se, vermelhos, ofegantes e mortos.

"Puta que pariu." Disse Lúcifer com um braço na testa. Os fios de cabelo estão grudados no suor nas bochechas.

"Melhore seu vocabulário, pombinho." Retira as fibras grudadas.

Luci se vira de bruços.

"Tô falando sério."

"Não está falando nada."

O celestial se calou, irritado. Com as sobrancelhas unidas, arrastou-se até o peito do amante, deitando no local.

"Me deixe tirar um cochilo." Resmugou. Abraça o maior.

"Tenho escolha?"

"Não."

"Vá em frente."

Assim, Morningstar adormeceu no peitoral de Alastor.

De fato, o angelical estava certo

Puta que pariu, pensou o demônio.

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⏰ Última atualização: Apr 13 ⏰

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