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                                      PABLO GAVI

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                                      PABLO GAVI






Dias atrás...

Eu e Ana estávamos no Shopping mais uma vez, dessa vez ela implorou para vir aqui para tomar o sorvete, que ela alegou que não tinha nenhum que fosse melhor em toda cidade.

— Olha, muuiitooo bom, quer provar? — a morena me questionou com a boca suja me oferecendo um pouco do sorvete e eu neguei sorrindo.

Nos últimos dias havíamos passado muito tempo juntos, e por mais que isso fosse pelo meu filho ou filha, Ana não estava dificultando tanto a nossa convivência. Ela falava que entendia que o meu relacionamento com Clara era algo que me fazia bem e que se fizesse bem para eu ela iria respeitar.

— Gavi! — ela gritou arregalando os olhos e eu me levantei desesperado pensando que pudesse ser algo com o bebê. — Ele mexeu! O nosso filho se mexeu.

Ana estava grávida de um pouco mais de três meses, mas quando coloquei a mão sobre sua barriga não senti mais nenhum chute. Ela ficou frustrada porque gostaria que eu sentisse o mesmo que ela, mas dias depois ela novamente sentia a criança lhe chutando e eu também senti.

Foi indescritível passar minha mão em sua barriga e sentir pela primeira vez o seu chute, e a cada dia que se passava eu ficava mais fascinado com a ideia de ter um filho.

Os pensamentos de choque, ou de indecisão que eu seria um péssimo pai, haviam ido embora desde que me apeguei a criança que nunca tinha sequer visto. O carinho estava ali, amor, afeto e a alegria de ter um filho que era meu...

Ana perdeu o bebê. A escada que dava acesso a minha casa não era tão alta, mas foi o suficiente para ela cair com a barriga sobre o chão e perder o nosso filho. A caminho do hospital mesmo, Sira me ligou dizendo que ela tinha perdido a criança e que não gostaria de ver ninguém porque se sentia inútil.

Eu resolvi respeitar a sua decisão. Não era fácil para mim que me apeguei de uma forma tão intensa em poucos dias, imagina para a mãe que estava presente com ele desde que descobriu que teria o filho? E se eu estava arrasado derramando lágrimas e mais lágrimas, imagina como ela não estava?

Adentrei a porta de casa cabisbaixo, observando a sala vazia, já que todos foram cedo pra casa devido o que ocorreu. Meus pais provavelmente estavam descansando e Aurora deveria estar triste por ter tido um noivado arruinado e ainda perdido o futuro sobrinho.

Friends To Lovers - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora