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                                   CLARA GARCIA

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                                   CLARA GARCIA





A saudade que eu estava sentindo da minha família nos últimos dias era insuportável. Confesso que sentia falta de Miguel me importunando dia e noite, sentia falta da minha mãe sempre entrando ao meu quarto pela noite e conversando comigo como uma ótima amiga e sentia falta também da super proteção do meu pai.

Mas agora eu também sabia que precisava continuar ao lado de Anny. Apesar de minha amiga com o passar dos dias ter se recuperado, e já estar voltando as atividades aos poucos, sei que tem algo muito estranho no seu dia a dia, a forma como ela estava escondendo algo de mim me deixa intrigada.

Sei que não sou nenhuma protetora ou salvadora da pátria, mas Anny já passou por tantas coisas e agora está voltando a passar, que temo se sentir só em meio isso tudo. A família de Pedri era incrível com minha amiga, mas eu a amo muito para não ficar ao seu lado nesse momento.

Parei de pensar tanto quando ouvi o barulho da campainha da mansão, e por estar só na sala, tinha que atender. Os pais de Pedri estavam no restaurante, Pedri devia estar no andar de cima, Fernando nunca ficava em casa pela manhã, Hugo estava na escola e Anny havia ido ao shopping, ou seja, só havia sobrado eu.

Me levantei caminhando em direção a porta e dei de cara com a pessoa que quis evitar todos esses dias. Gavi estava ali, tão lindo quanto sempre, com suas mãos no bolso da calça e seu olhar fixado ao meu.

— Podemos conversar? — Ele questiona e eu assinto sabendo que em algum momento isso seria necessário.

Dei espaço para que Gavi adentrasse e logo em seguida fechei a porta. Gavi se sentou sobre o sofá, parecendo bem confortável, e eu fiz o mesmo, obviamente me sentando um pouco mais afastada.

Esperei que ele falasse algo, mas provavelmente ele não tomaria a coragem. Nossos olhares se cruzaram por um momento mas fiz questão de os desviar e não me pegar encarando aquela cara bonita que só de ver já me dava vontade de a ter entre as minhas pernas. Que merda, eu estava no cio e não sabia?

— Bom, eu quero reforçar o meu pedido de desculpas mais uma vez. — Ele diz e eu suspiro por já estar cansada das suas óbvias desculpas. — E queria que ao menos tentasse me perdoar pelo que fiz. Fui um idiota por optar acreditar em quem sempre foi suja com você e me arrependo amargamente por ter feito isso. — Assinto e logo em seguida me levanto.

— Se era sobre isso que queria conversar, então está tudo certo. Eu te perdoo porque na realidade nunca te odiei, até tentei, mas falhei nesse quesito. — Sorri irônica sabendo que aquela era a mais pura verdade. — Se quiser, pode ficar a vontade, já que a casa é do Pedro e você está bem mais acostumado com ela do que eu. Agora irei subir.

Ele franziu o cenho e percebi que parecia confuso com o que escutou. Mas o que exatamente ele achou que iria acontecer? Que após mais um pedido de desculpas eu iria ceder? Que voltaria a ser aquela garota ingênua de sempre?

Friends To Lovers - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora