SUPERLIGA 5 (Lays Freitas) +18

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"Se você quer entretenimento, põe a queridíssima ali..." apontou para mim. "Entre a Daroit e a Lays, só pra gente ver."

"O ciúme ia comer solto." Karen riu alto.

"Gente, vocês não valem meio centavo." Kikinha negou com a cabeça. "A Lays vai expulsar a gente!"

"Fala mesmo, Kika!" a central se manifestou. "Eu não acredito que eu abro as portas da minha casa e ofereço o conforto dos meus sofás para ser difamada dessa maneira."

"Agora vai dizer que você não sente ciúme, Lala?" Amanda cruzou os braços, invocando o apelido que Lays apenas permitia que a loira usasse.

"Eu não sinto ciúme, Amandinha." respondeu de prontidão. "Eu só cuido muito bem do que é meu." eu não estava com a atenção virada exatamente para ela, mas senti quando seu olhar começou a queimar minha pele como se fosse a visão de calor do Super-Homem.

...


As duas semanas em Belo Horizonte haviam sido revigorantes e, mesmo assim, cansativas. O time da Rua da Bahia vivia intensamente todos os dias da semana e, cumprindo muito bem minha função, acompanhei cada segundo de suas rotinas. Fui acolhida com o máximo de amor do mundo e enchi alguns cartões de memória com uma tonelada de fotos lindas. Algumas, como as onde Celeste Plak - a nova ponteira da equipe mineira - e Daroit trocavam olhares talvez um pouco intensos demais, nunca veriam a luz do dia, contudo, estava feliz com a existência delas. Algumas imagens estavam apenas em meu computador, porém as que me traziam boas lembranças estavam em meu telefone. Uma das quais eu mais gostava era a foto que captava as expressões Jenna Gray logo após tomar um gole talvez grande demais de uma caipirinha de limão feita com a cachaça Velho Barreiro pela primeira vez. Mesmo depois de uma temporada inteira no Brasil, aquele era o primeiro contato da loira com aquela bebida em específico e sua careta foi um deleite para todas nós. Olhos bem fechados, lábios em um biquinho fofíssimo e um cenho franzido em absoluto arrependimento. Gray me proibiu de postar a fotografia, mas não de ficar admirando.

Entre reuniões com patrocinadores, noites em um bar qualquer e jantares variados em casas aleatórias, agora eu me via de volta a São Paulo, arrastando as rodinhas das minhas malas em busca da saída do andar de chegada do aeroporto de Congonhas. Kika, que estava indo me buscar, havia ficado presa no trânsito e pedido que eu a esperasse onde pudesse apenas me pegar e seguir em direção à casa de Lays porque estávamos atrasadas. Não sabia muito bem o que estavam aprontando, mas se envolvia aquele belo apartamento localizado na Vila Olímpia, eu tinha certeza que era uma ótima ideia. Nada de ruim acontecia entre aquelas paredes e eu não podia estar mais segura de que aquela não seria uma exceção.

Me encostei em uma das placas que indicavam ser proibido estacionar no local, a não ser em casos de embarque e desembarque, para esperar a líbero. Meu telefone estava explodindo com a quantidade de mensagens que haviam sido enviadas durante o voo que não tinha durado mais de uma hora e meia. Muito amor sendo transmitido pelas palavras das meninas minastenistas, principalmente de Kisy e Nyeme. Só de ver seus contatos brilhando na barra de notificações, meu estômago revirou levemente, mas de uma maneira boa. Existiam algumas coisas que eu levaria comigo para o túmulo, contudo, nunca que eu aguentaria esconder das jogadoras do time de São Paulo algumas das coisas que a casa de Daroit havia presenciado. Estava contando com a possibilidade da curiosidade de Lays ser maior que o possível ciúme que Bruna, oposta do Pinheiros, dizia existir.

Falando em Lays, em meio a tantos recados, tive medo que um seu pudesse ter se perdido, então digitei o nome de seu contato na barra de pesquisa e cliquei logo em sua conversa.

L7 💙: Boa viagem, vida!

L7 💙: Eu não achei que BH - SP demorava tanto.

L7 💙: Chega logo, por favor!

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