002

604 51 19
                                    


Estava guardando meus livros para sair do colégio, quando Billie para na minha mesa com mais duas garotas da nossa turma.

Era a Nica e a Miki, ela havia me apresentado mais cedo, mas não falei com elas. Nica era irmã adotiva do Rigel, e diferente dele, parecia ser bem mais legal já que ele ficou me provocando a aula inteira.

—— Eu e as meninas estávamos pensando em ir ao parque, você quer vim? —— ela me olhou sorrindo como Nica, e Miki fez uma cara de "Tanto faz".

—— Claro! —— respondi.

—— Eu chamei os garotos também. —— Miki olhou para ela com uma cara incrédula.

—— Eu não acredito, Billie! Se você chamou o idiota do Phelps pode desistir que eu vou ir pra casa.

Depois das garotas terminarem a pequena discussão fomos ao parque mesmo assim e já chegamos lá nos encontrando com os garotos, Phelps e Lionel, achei que o irmão da Nica viria, mas pelo que ela falou ele não vai com a cara de nenhum dos dois.

—— Vamos dar uma volta? —— Lionel perguntou pra Nica e ela aceitou, deixando Billie contente.

—— Posso roubar a [Nome] de vocês um minuto? —— olhei para as garotas pedindo que negassem, mas Billie deu de ombros e saiu de lá com a morena. —— Quer sorvete?

Eu mereço?

—— Claro! —— aceitei e fomos até a máquina, pegamos o sorvete e o Phelps pediu para que sentássemos em um banco.

—— Incrível como você é brasileira e consegue falar perfeitamente a nossa língua.

—— Fui obrigada a estudar anos e anos por causa dos meus pais. O sonho deles sempre foi morar na Itália.

—— Legal. Seus pais trabalham com que?

—— São jornalistas. —— ele sorriu.—— Que foi?

—— Você é linda. —— agora foi a minha vez de sorrir. Idiota. —— Pena que eu acho que vai ser difícil de conquistar seu coração.

Fiquei meio sem graça não sabia o que responder. Não quero cair na lábia do Phelps porque eu sei que tipo de cara ele é. E não estou tão bem psicologicamente para ficar com alguém agora já que cheguei aqui recentemente e tive que terminar com meu namorado mesmo ainda gostando dele.

—— Ei. —— ele me tirou dos meus pensamentos.

—— Desculpa Phelps, acho que vou procurar as meninas está escurecendo e parece que vai chover. —— me levantei.

—— [Nome]! —— ele segurou meu braço. —— As garotas estão bem, deixa eu te levar pra casa.

—— Não, Phelps. Por favor.

Sai de lá andando rápido e não o vi me seguir. Quero ficar bem e não quero ser machucada, porque se eu for ingênua sei que o Phelps vai me usar.

Passou um tempo, procurei as meninas em todos os lugares, mas não encontrei e já estava começando a chover, tirei o guarda-chuva e resolvi ir para casa.
A chuva estava cada vez mais forte e os ventos também e ainda estava a uns vinte minutos de casa, sem bateria para pedir um táxi, e nem os meus pais não estavam na cidade para poder pedir para que me buscassem.

O universo me adora.

Um raio caiu bem próximo iluminando o parque, quando vi Rigel sentado num banco deixando a chuva o molhar inteiro.

—— Rigel! —— chamei me aproximando. —— O que você tá fazendo aqui?! Tá chovendo bastante.

Ele não respondeu.

—— Rigel?

—— Vai embora... —— sua voz estava trêmula.

—— Você vai ficar doente.

—— Me deixa em paz! —— gritou, mas logo caiu se sentando novamente no banco, colocando as mãos na cabeça.

—— Você não tá bem. —— coloquei a mão na cabeça dele e estava com febre o corpo estava todo quente e por esse motivo ele estava tremendo. —— Vou te levar pra casa. O que aconteceu com você?

Não obtive resposta.

Alguns minutos depois com muito esforço empurrei a porta de casa e levei o Rigel para o quarto. Ele ainda estava tremendo e a temperatura do seu corpo estava muito alta.

Retirei as roupas dele o deixando apenas com a peça íntima, peguei o termômetro e medi. Quase quarenta graus.

Depois de ter dado alguns remédios para ele, procurei meu celular para ligar para a Billie já que ela provavelmente teria o número da Nica e para meu azar ela não atendeu.

—— Rigel. —— chamei.—— Cadê seu celular? Me empresta pra ligar para os seus pais?

—— Não... —— segurou meu pulso. —— Eu quero ir embora. Preciso dos meus remédios.

—— Remédios? Temos que ligar para os seus pais ou a Nica. —— ele apertou meu braço com força.

—— Eu consigo ir sozinho. —— ele tentou se levantar.

—— Tá caindo um dilúvio lá fora, se você ir não vai chegar em casa.

—— Fica comigo. —— não entendi. —— Só preciso que você fique aqui comigo. Não me deixa sozinho, eu não aguento mais.

Não entendi ao certo o que estava acontecendo, mas não questionei apenas deitei ao seu lado. Rigel me abraçou, colocando sua cabeça em meu peito, senti meu coração acelerar quando ele colocou sua mão pesada por cima de um dos meus seios.

—— Rigel...

—— Por favor. —— murmurei um " tudo bem".

Ficamos ali, naquela situação, nem ao menos nos conhecemos. Mas o deixei, talvez estivesse fora de si. Rigel passava suas mãos por todo meu corpo, enquanto beijava cada parte minha como se me conhecesse. Senti meu coração acelerar cada vez que eu sentia sua respiração próxima ao meus pescoço.

Talvez fosse o calor do momento e amanhã ele não lembraria disso, pelo menos é o que eu espero.

Estão gostando? Estou bem insegura, ainda mais com esse capítulo. :/

 𝘄𝗵𝗮𝘁 𝗮𝗺 𝗶 𝘁𝗼 𝗱𝗼 | rigel wilde. Onde histórias criam vida. Descubra agora