Capítulo 2

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Olá, pessoas! Mais um capítulo! Espero o feedback de vocês!

☀️🌊

Acordei às sete da manhã com a folia do carnaval na orla da cidade. Levantei-me com dificuldade, tanto por causa do sono que ainda sentia quanto pela ressaca. Olhei para o lado da cama e vi meu celular jogado ao lado. Peguei-o, mas estava sem bateria, então o coloquei para carregar e caminhei em direção ao banheiro para fazer minha higiene pessoal. Ao retornar ao quarto, notei que a tela do meu celular estava acessa e havia diversas mensagens. Peguei o aparelho para verificar e praguejei ao ver as mensagens da Daniela. Havia esquecido que tinha passado meu número para ela e que havíamos marcado de sair. Abri as mensagens rapidamente e respirei aliviada ao perceber que ela havia marcado para às três da tarde. Isso significava que eu tinha muitas horas para me arrumar. Menti para  minha mãe que eu havia encontrado algumas conhecidas e iria aproveitar o dia com elas.

Como estava fazendo um calor absurdo, optei por um short jeans e um cropped, eu estava levando em consideração de que se tratava de uma cidade litorânea e estávamos em época de carnaval. Daniela mandou a localização dela e eu fui ao encontro dela, a parte boa da cidade pequena é que você pode ir à pé.

- Boa tarde! - Ela disse com um sorriso largo no rosto assim que me aproximei dela. Ela estava muito linda, também trajava shorts jeans e uma regata.

- Boa tarde! - Falei um pouco tímida. Ela deu um passo para me abraçar e senti meu corpo reagindo, eu não sabia que precisava tanto daquele abraço. O perfume e o cheiro do cabelo dela era divino.

- Eu pensei em irmos assistir aos desfiles de blocos e depois irmos fazer um piquenique. - Daniela disse me fitando.

- Não vi esse detalhe na mensagem, não trouxe nada para o piquenique. - Falei.

- Eu não falei, mas se eu convidei você, então tenho tudo pronto, não se preocupe.  - Ela falou com tom animado. Sorri e deixei ela guiar a programação daquele dia.

Nós passamos o dia rindo e julgando os blocos que desfilaram pela orla. Bebemos caipirinha, tomamos sorvete e, aposto que quem nos via, achava que nós nos conhecíamos há décadas. Daniela se mostrou incrível, muito leve, e mesmo que nossa conversa naquele primeiro momento estivesse restrita aos blocos, eu percebia que ela era uma pessoa bastante divertida. Era como se houvesse uma sintonia natural entre nós, como se nossas energias se complementassem. A cada piada compartilhada, a cada olhar cúmplice, eu sentia que estava conhecendo uma pessoa especial, alguém com quem eu poderia passar horas a fio sem me cansar.

À medida que o sol começava a se pôr, Daniela sugeriu que fôssemos fazer o piquenique em um local mais afastado da praia, onde pudéssemos aproveitar a tranquilidade e a beleza do entardecer. Eu sorri concordando, e juntas nos dirigimos para o lado mais isolado da praia.

Enquanto preparávamos o piquenique, o clima ao nosso redor era de pura serenidade. O som das ondas, o suave sussurro do vento, traziam uma paz aconchegante. Enquanto estávamos sentadas, desfrutando do piquenique, o sol começou a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa.

- Olha só que vista maravilhosa. - Daniela comentou, olhando para o horizonte.

- É realmente lindo. - Respondi Daniela, com um sorriso nos lábios.

- Posso te perguntar algo? - Ela perguntou, meu coração acelerou. Maneei a cabeça em afirmação.

Mas ela não fez a pergunta, a olhei esperando a pergunta, mas ela permanecia parada olhando as ondas quebrarem próximas à nós duas. Mas no fundo eu sabia o que ela queria perguntar, pensei muito que o que ela queria era apenas amizade, mas aquele olhar que ela me lançava era longe de ser isso e eu só teria essa certeza se eu fosse ousada, então me aproximei lentamente e beijei a bochecha dela, ela virou o rosto e ficamos centímetros de distância, seu olhar fixo no meu, e antes que eu pudesse agir, seus lábios suaves encontraram os meus.

Não houve pressa, o beijo foi lento, suave e me causou sensações que fez meu coração pulsar acelerado em meu peito. Ela abriu os lábios levemente, convidando-me a explorar mais profundamente. Nossas línguas se tocaram, dançando em um ritmo sincronizado. Agarrei-me mais ao corpo dela, eu precisava de mais contato, mas sabia que não era o momento ainda, então me conti. Quando finalmente nos separamos, nossos lábios ainda formigavam, deixando-nos ansiando por mais. Ela me olhou com um olhar de desejo que me fez estremecer, colamos nossas testas e ficamos assim enquanto nos recuperávamos. Pausamos os amassos para comermos um pouco.

- O garotinho da noite anterior é seu filho? - Questionei.

- Não, ele é meu sobrinho. - Ela respondeu enquanto saboreava uma pêra. - Mas tenho uma filha, ela se chama Diana, fruto de um relacionamento que tive na faculdade. Não tive filhos no meu relacionamento mais recente.

- E há quanto tempo você se separou? - Perguntei, tentando não criar expectativas, considerando a distância entre nós, sua idade mais avançada e a possibilidade remota de querer outro relacionamento.

- Uns três anos. - Respondeu, parecendo à vontade com o tema. - E você, já teve algum relacionamento longo? Você parece bem jovem. - Olhou para mim.

- Bom, já tive alguns ficantes, mas nada sério. - Respondi.

- Qual sua idade? - Indagou.

- Tenho 22 anos. - Respondi.

- 22? Meu Deus! - Exclamou, sua expressão denotando total surpresa.

E antes que pudéssemos continuar a conversa, o celular dela tocou. Ela virou a bolsa, e o aparelho caiu de dentro. De relance, vi que era uma garota de cabelos vermelhos. Ao atender, deu a entender que a garota estava preocupada com ela. Olhei para o lado e vi que a identidade de Daniela havia caído perto de mim. Peguei-a e notei que ela havia nascido em 1974, ou seja, tinha 48 anos. Daniela aparentava ser bem mais jovem, com certeza parecia ter pelo menos dez anos a menos. Assim que desligou a chamada, ela se levantou e deixou o celular sobre a toalha onde estávamos sentadas. Ela começou a tirar a blusa e, em seguida, retirou o short, ficando apenas de biquíni, o que me deu uma visão privilegiada do seu corpo. 

- Vem! - Ela me chamou indo em direção ao mar. Sorri e relutei um pouco, eu tinha medo do mar quando o sol começava a se pôr. Mas retirei meu cropped e meu short e fui em direção a ela, agradeci mentalmente por ter pensado em colocar um biquíni por baixo.

Segurei sua mão e juntas avançamos na água. O calor do sol já não era tão intenso, mas a temperatura da água ainda era agradável.

Finalmente, quando estávamos o suficientemente fundo, Daniela parou e me olhou nos olhos, seu olhar cheio de ternura e desejo fez meu corpo estremecer mais uma vez. Sem dizer uma palavra, ela aproximou-se lentamente, seus lábios quase roçando os meus. O beijo começou, mas dessa vez com rapidez, como se necessitamos daquilo. Nossos lábios se moviam em perfeita sincronia, explorando e saboreando uma a outra. Cada toque, cada movimento, era carregado de uma tesão fervilhante.

- Eu preciso ir embora, mas vou ficar feliz se tivermos outro encontro. - A loira sussurrou com dificuldade após o nosso beijo.

- Pode ser amanhã? - Perguntei avançando novamente os lábios dela.

- Combinado. - Ela confirmou e finalizou nosso beijo com uma mordida nos meus lábios.

Assisti ela sair do mar e soltei um sorrisinho, parecia até que eu estava sonhando, aquela mulher era absurdamente linda e também inteligente. Juntamos as coisas e caminhamos de volta para a orla. Daniela insistiu em me dar carona e acabei aceitando, já que eu estava completamente torrada e meu corpo começava a dar indícios disso.

- Bom, até amanhã. - Disse ao chegarmos perto da casa onde eu estava hospeda e inclinou-se para beijar meus lábios.

- Até amanhã.

Bajo el solOnde histórias criam vida. Descubra agora