Giralua

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Havia um sol muito belo
em um reino que possuía um só castelo.
E lá haviam flores como girassóis,
que viravam à majestade sol.

E no lado oposto daquele lugar,
havia um só solitário luar.
Que alumiava em meio ao breu,
buscando saídas em meio ao céu.

Passara um tempo e sempre questionava-se
o porquê de sua solidão e queixava-se.
Até que certo dia apareceu uma giralua,
uma flor rara, nunca vista, pela rua.

Maltrapilha, singela e discreta.
Pendendo ao chão, sem pétalas.
Aquilo era um grito desesperado,
algo inventado de um jeito inesperado.

Quando amanhecia o sol reinava,
quando anoitecia a lua iluminava.
A melancolia e a tristeza invadia as calçadas,
os mares, rios e lagoas pareciam cansadas.

Agora já tarde, o mistério se instalava,
mesmo sem querer, se infiltrava.
Até que certo dia, ocorreu um eclipse,
como existe na gramática a elipse.

E a lua ali ficou, com o sol, disfarçada. 
Todos correram para ver o espetáculo na madrugada.
E mais um dia, tudo voltaria como antes:
O sol sempre brilhante e a lua distante.

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