💙Charlie💙
Meu nome é Charlie. Tenho dezenove anos,faço faculdade de artes,sou gay. No momento meu cabelo é azul,como meus olhos,mas naturalmente ele é loiro. E eu tenho um problema,um enorme problema. Sou ninfomaníaco.
Caso não saiba,ninfomania é o vício em sexo. Eu tinha um namorado,e ele me ajudava com isso. Mas mesmo tendo ele,isso não é fácil por que... Eu não sinto atração só por ele. Minha ninfomania me faz ficar excitado com qualquer cara.
Qualquer homem que fique muito próximo de mim é um problema,por que fico interessado. Pior ainda era quando eu tinha que acompanhar o meu namorado pra academia. Ter que ver todos aqueles caras fortes,suados... Era muito difícil pra mim.
Só que eu não quero trair meu namorado,então corro atrás dele pra me ajudar. Só que isso acaba acontecendo em momentos inconvenientes,como no meio da aula. Essa doença é um saco, é inconveniente.
Mas eu tinha um namorado! E homens gostam de transar sempre,não gostam? Pelo menos era o que eu achava... Até o pior dia da minha vida.
Kevin quis terminar comigo na frente da escola inteira,na hora da saída.
(Autor: imagem do Kevin(menos a luva))
- Não dá mais Charlie! Porra,você parece que só me usa! Só quer saber de transar!
- Não é verdade! Sabe que você é importante pra mim! Eu te amo!
- Cala a boca! Você só precisa é de uma piroca pra se satisfazer! Não importa de quem,só precisa foder! Não é?!
- Não fala assim... Você sabe o que eu tenho...
- É,tem a sua "doença"! Sinceramente,acho que essa merda de doença nem é de verdade! Aposto que é tudo invenção,só uma desculpa pra você ser pervertido!
- Ela é real sim! Você sabe que tenho até diagnóstico!
- Eu duvido que ela faça você querer foder no meio da aula! Sabe quanta matéria importante perdi por tua causa?!
- É que... Eu...
Contei pra ele. Contei que chamava ele por que não queria acabar traindo ele com outros. Eu achei que ele tinha entendido isso,que eu só precisava dele por que não queria trair ele. Isso me tornava um pervertido?
- Você é uma puta mesmo Charlie. Terminamos aqui. Vai caçar outro cara,por que eu não encosto mais um dedo em você!
Ele foi embora. Eu tava muito chateado,e só podia contar com uma pessoa. Minha melhor amiga,Becky. Ela era um ano mais nova que eu,então ficávamos em turmas diferentes. Só nos víamos no intervalo e na hora da saída. Fui atrás dela,e a achei ainda na sala dela.
(Autor: aq uma imagem da Becky)
Ficamos lá mesmo pra conversar. Contei tudo que aconteceu pra ela.
- Nossa! Mas que babaca!
- Eu não o culpo. Culpo essa minha doença! Doença maldita...
- Calma amigo. Um dia vai achar um cara legal que saiba cuidar de você!
- Assim espero.
Fomos indo embora. Ela foi me acompanhando um pouco,mas depois foi pra casa dela.
Quando entrei na minha casa,encontrei Kevin na sala com minha mãe. Ele tinha contado tudo pra ela. Mas,pelo ponto de vista dele,óbvio.
- O que você tá fazendo aqui?
- Só contando pra sua mamãezinha a puta que você é!
- O que ele diz é verdade?! Eu criei uma vadia?!
- Mãe,eu posso explicar! Essa doença é real!
- Não me toque! Não quero pegar essa doença nojenta!
- Ninfomania não funciona assim! Não é contagiosa!
- Você me dá nojo... Saia da minha casa! Saia agora e não quero que volte mais!
- M-Mas eu...
- Saia já daqui seu nojento! Nunca mais me chame de mãe!
Kevin acabou com a minha vida. Peguei algumas coisas no meu quarto,coloquei em uma mochila e uma caixa e fui saindo. Aquele filho da mãe me olhava sorrindo enquanto eu era expulso de casa. E ele ainda ficou lá depois que eu saí,só pra contar mais mentiras pra minha mãe.
Eu não tinha pra onde ir,não tinha nenhum parente que poderia me acolher. Então,fui pra casa da única pessoa que sabia que iria me entender. Becky.
Bati na porta da casa dela,e o pai dela atendeu,o senhor Cris. A mãe da Becky e o pai dela eram separados,e ela quis ficar com o pai. O senhor Cris era alguém legal. Eu não pude escolher,meu pai morreu a uns três anos,fiquei apenas com minha mãe.
- Boa tarde senhor.
- Charlie? Ah! Becky! Seu amigo está aqui!
Ela desceu as escadas.
- Que bagagem toda é essa?
- Sei que não deveria pedir isso,sei que é falta de respeito,mas... Eu poderia ficar aqui por um tempo?
- Tipo,passar a tarde?
- Não... Quero saber se posso morar aqui.
- O que?!
- Minha mãe me expulsou de casa.
- Porque?
Subimos pro quarto dela e expliquei o que o Kevin tinha feito.
- Aquele filho da puta! Tomara que pegue uma doença naquele pau murcho dele e morra!
- Eu não quero mais falar dele se possível. Nem da minha mãe.
- Eu entendo amigo! Fica tranquilo! Pode ficar aqui em casa quanto tempo quiser,meu pai não vai ligar!
- Tem certeza? Você sabe,eu sou menino...
- Meu pai sabe que você é gay e que não corro risco.
- Não contou pra ele sobre minha doença né?!
- Não! Pode ficar tranquilo! Seu segredo está muito bem guardado comigo! Mas... Acho que não tá muito bem guardado com o Kevin,né?
- É...
O dia seguinte foi ainda mais infernal. Kevin espalhou pra todos da escola que eu era um pervertido,e todo mundo veio me encher. As meninas vieram me chamar de viadinho,e os meninos ficaram fazendo piadas do tipo "cê quer dar cê fala" o dia todo.
Becky tentava me ajudar,mas eles realmente não paravam. Sem contar que o Kevin também ficava me falando um monte de coisa. Até na hora da saída.
- Foi morar com a amiguinha,puta?!
- Escuta aqui! Eu vou enfiar meu sapato no seu rabo até ele sair pela sua boca!
Tive que ir puxando a Becky uma boa parte do caminho pra casa,se não ela ia acabar se metendo em briga. Ela já tinha feito isso uma vez,e o pai dela pediu pra ela não fazer de novo. Acho que ele esquece que a filha dele é extremamente teimosa.
Na casa dela,tentei ligar pra conversar com minha mãe,mas ela não quis me atender. Resolvi desistir...
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Já fazia uma semana que eu tava morando na casa da Becky. A semana toda ficaram enchendo meu saco no colégio,eu já não aguentava mais. Mas,esse ia ser o menor dos meus problemas. O maior agora era o dinheiro.No final do mês, eu tinha que pagar a faculdade. Minha mãe que pagava pra mim,mas descobri que ela iria parar e que eu ia ter que pagar a mensalidade sozinho agora. Além disso,eu não queria ter que ficar morando de favor pro senhor Cris pra sempre. Eu ajudava com algumas coisas da casa pra compensar,mas sei que não é muito. Eu queria ter dinheiro pra poder pagar um aluguel pra ele,ou achar um lugar pra mim poder ficar.
Foi aí que minha caçada por um emprego começou.
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Doença Maldita
RomanceCharlie tem dezenove anos,faz faculdade de artes e é ninfomaníaco. Pra ele,sua doença sempre foi um fardo terrível, uma coisa horrível. Mal sabia ele que sua doença poderia lhe fazer conhecer Jack,um homem de vinte e três anos que acaba se interessa...