💙Charlie💙
Já fazia um mês que eu estava trabalhando na Bunny House. Eu consegui pagar minha faculdade com o dinheiro que estava ganhando,mas claro que não contei pra Becky da onde eu tinha tirado o dinheiro. Só contei que arrumei um emprego. Embora eu quisesse,o pai da Becky não quis aceitar que eu pagasse aluguel. Ele tava me deixando morar lá de favor. Me sentia meio mal por morar de favor,mas ele realmente não aceitava meu dinheiro.
Trabalhar na Bunny House não era tão ruim. Eu tinha amigos lá,minha chefe era uma pessoa legal,e eu conseguia bastante dinheiro até. Eu dançava as vezes,era garçom,e me deitava com alguns caras. Molly sempre me dizia que eu não precisava me deitar com quem eu não queria,não importava o quanto quisessem me pagar. Mas eu não tava ligando muito,só queria meu dinheiro. E até que alguns caras não eram tão ruins assim pra transar.
Era uma sexta a feira a noite, eu não estava dançando aquela noite,tava só com a parte do bar. Ainda não tinha tido nenhum cliente. Tava só conversando com a Selena e com o Kim. Ela estava arrumando uns drinks,e ele tava lá só pra fofocar mesmo. Linn estava dançando e o Ben... Tava "trabalhando" nos fundos.
- Mas e a sua faculdade,garotinho bonito?
Kim me chamou. Sim,o apelido que a Molly me deu acabou pegando. Ainda não entendia por que esse era meu apelido! Era ridículo poxa!
- Ah,anda tudo normal. Meu ex não ta mais enchendo tanto meu saco.
- Que bom então! Agora,chega de moleza! Toma,leva essa bandeja pra mim. O gin é na mesa sete,a cerveja na mesa três e os copos de whisky são na mesa onze!
Selena me passou a bandeja e eu fui entregar as bebidas. Eu sempre tinha que ir com cuidado,tinha medo de acabar derrubando os copos. Primeiro fui na mesa sete, entregar o gin. Reconheci o cara,já tinha sido um cliente meu.
Depois,fui na mesa sete pra entregar a cerveja,também já conhecia,cliente frequente da Linn. Depois,fui indo pra mesa onze. Na mesa onze tinha gente nova. Quer dizer,só um cara novo.
Os dois caras mais velhos que tavam lá eu já conhecia,já tinha visto eles por lá. Nenhum deles era meu cliente,pra minha sorte. Mas o terceiro cara era novo lá,nunca tinha visto ele por lá. Ele parecia ser mais novo,mas não tanto. Ele usava um terno bonito até,ficava bom nele. Ele até que era bonitinho,eu me deitaria com ele.
Fui até a mesa e coloquei os copos nela.
- Mais algum pedido?
- Não, gracinha!
Detesto receber elogios de velhos asquerosos. Eu me virei e ia voltar pro balcão,pra ver se a Selena tinha mais algo pra mim entregar. Senti um puxão no meu pulso. Torci pra não ser um daqueles velhos asquerosos.
E não era. Era o cara bonito que tava com eles.
- Quanto você cobra?
Ok,ele foi muito direto.
- D-Duzentos...
Ele puxou uma carteira do bolso do casaco e pegou duas notas de cem e me deu. Eu peguei e chequei se eram verdadeiras.
- M-Me acompanhe por favor.
Ele se levantou e ajeitou o casaco. Ele se despediu dos outros dois homens na mesa e me acompanhou até um dos quartos.
Tem três quartos na boate. Só tem três,por que não pode todo mundo ir "trabalhar" e deixar a boate sozinha. Lá tem cama de casal grande,um armário com alguns brinquedos,camisinhas e lubrificantes. Depois de cada trabalho,caso usássemos,tínhamos que limpar e esterelizar o que usássemos.
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Doença Maldita
RomansaCharlie tem dezenove anos,faz faculdade de artes e é ninfomaníaco. Pra ele,sua doença sempre foi um fardo terrível, uma coisa horrível. Mal sabia ele que sua doença poderia lhe fazer conhecer Jack,um homem de vinte e três anos que acaba se interessa...