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Hoseok retirava a mesa de mais um casal, findando seu expediente. Colocou o avental na parede se despedindo dos seus colegas.

Ás seis da noite, seu tio o esperava.

ㅡ Está com fome? Sua tia preparou pizza.

ㅡ Estou. Não tem muita vantagem trabalhar em um restaurante. ㅡ Suspirou, enquanto o mais velho dirigia para longe dali.

Hoseok trancou a faculdade e deixou de viver em um apartamento. Ele sabia que os alfas o estavam procurando. Ele não tinha TOTAL certeza, mas sentia dentro de si.

ㅡ Tia, boa noite.ㅡ Cumprimentou a mais velha com um abraço.

ㅡ Meu menino. Sente-se, hoje é dia de festa! Consegui vender meu carro. ㅡ Animou-se ela, colocando uma fatia de pizza no prato do garoto.ㅡ Como foi no trabalho?

ㅡ Cansativo.

ㅡ Imagino. Você vai pra terapia de novo?

Terapia.

O ômega não podia negar que depois que foi embora, buscou imediatamente um psicólogo. Sua sorte era folga no sábado, onde ia e tentava esquecer tudo que havia acontecido em nove meses.

ㅡ Vou. É amanhã, graças á Deus.

Após jantar, Hoseok se despediu dos mais velhos indo tomar banho e dormir.

Recebeu uma mensagem de Jimin.

"Hobi-ssi, você não sabe o que aconteceu hoje."

O garoto ainda digitava, então várias mensagens iriam ser mandadas. O Jung então aproveitou para entrar no banheiro, se duchando para enfim se deitar e descansar a mente.

Assim que saiu, pegou o telefone lendo enfim as mensagens do outro ômega.

"Eu estava voltando para casa quando fui abordado. Sinceramente eu não sabia quem era, a pessoa estava de máscara e óculos, então achei que era um assalto."

Hoseok riu. O amigo sempre fora exagerado.

"Mas não era. Este homem me abordou e perguntou se podíamos conversar. Concordei, e então ele tirou todo aquele tipo de disfarce. Era Min Taehyung, que me encheu de perguntas a sua procura. Eu apenas disse que você tinha ido embora, e caso soubesse de algo iria avisá-lo."

O ômega petrificou.

"Fez bem, Jiminnie."

Foi a única coisa que conseguiu responder no momento antes de se jogar de uma vez na cama.

ㅡ Me deixem em paz, merda.

Murmurou se odiando por dentro.

(...)

Hoseok chorava baixo, enquanto falava com o psicólogo á sua frente. Limpou as lágrimas tentando dizer mais alguma coisa, mas soluçava, estava tendo uma crise forte de ansiedade.

ㅡ Respire fundo. Um, dois, três...ㅡ Namjoon repetia, tentando usar um método para que ele pudesse se acalmar. Queria tanto tocá-lo, mas tinha medo de ser invasivo.

ㅡ Eu sou um idiota... Tive um filho... O vendi. Eu sou um péssimo pai.ㅡ Murmurou, sentindo o peito arder como brasa.

ㅡ Não, você não é. Deu a chance á essa criança de viver num paraíso com pais com condições muito boas. Entende isso? Você fez bem. Você ajudou outras duas pessoas, você foi um bom pai, Hoseok. ㅡ Tocou a mão trêmula, que ao perceber o toque, foi se acalmando aos poucos. ㅡ Você não é um ser humano ruim.

ㅡ Sou sim.

ㅡ Não. Não é. Entenda isso, por favor.ㅡ O Kim dizia suavemente.

Metade das sessões eram assim, choros, crises, pânico, e dor. Namjoon nunca tinha conhecido uma história como aquela e sinceramente gostaria de acompanhar Hoseok até que ele se recuperasse.

THE BABY ㅡ TAEYOONSEOK (SHORTFIC)Onde histórias criam vida. Descubra agora