Love Blind - Adaptação Karlena

Capítulo 12 - Encontro

Lena Luthor | Point Of View 

Ao fechar a porta da sala de aula, sinto o último resquício da agitação do dia se dissipar. Os passos dos meus alunos ecoam pelo corredor, sinalizando o fim de mais um dia letivo. Porém, para mim, esse não é apenas o término de mais um dia de trabalho. Meu coração palpita com uma antecipação incomum, meus passos se aceleram, quase correndo pelos corredores. Não consigo evitar o sorriso que se forma em meus lábios. Estou apaixonada.

Apaixonada por Kara, e cada momento ao seu lado transforma meu mundo em um lugar repleto de cores vibrantes e sensações intensas.

Assim que chego à porta da sala dos professores, respiro fundo, tentando acalmar o frenesi que tomou conta de mim. Abro a porta e lá está ela, Kara, sentada, com uma expressão de desconforto enquanto segura a mão.

— Kara! O que aconteceu? – Pergunto, aproximando-me rapidamente, minha preocupação ofuscando a felicidade de vê-la.

Ela vira o rosto em minha direção, um sorriso suave tocando seus lábios, apesar da dor evidente.

— Oh, Lee, é você. Não é nada demais, só me machuquei um pouquinho no estacionamento do hotel hoje de manhã. Um homem acabou trombando em mim e caí, machucando a mão.

Observo a palma de sua mão, arranhada e avermelhada, e sinto uma onda de irritação.

— Como alguém pode ser tão desatento a ponto de machucar você? – Minha voz sai mais aguda do que pretendia, a preocupação e o amor se misturando.

Kara, no entanto, aperta minha mão com sua outra mão, a não machucada, tentando me tranquilizar.

— Foi um acidente, Lee. E não se preocupe, Oliver, os seguranças e o gerente do hotel cuidaram de tudo. Estou bem, de verdade. – Sua voz é calma, serena, uma calmaria para minha crescente irritação.

— Kah, promete que vai me dizer se precisar de alguma coisa? Se sentir mais dor ou... – Começo, mas ela me interrompe com um beijo suave nos lábios.

— Eu prometo, Lee. E obrigada por se preocupar. Mas agora que você está aqui, já me sinto muito melhor. – Kara sorri, e eu sinto meu coração se aquecer.

A preocupação dá lugar a um amor profundo e a gratidão por tê-la em minha vida. Kara, com sua resiliência e força, sempre encontra uma maneira de iluminar os dias mais sombrios. E eu, por minha vez, prometo estar sempre ao seu lado, apoiando-a e amando-a, não importa o que aconteça.

— Vamos cuidar dessa mão, ok? Depois, podemos ir jantar fora, só nós duas. O que acha? – Sugiro, ansiando por passar cada momento ao lado dela.

— Parece perfeito, Lee. Com você, tudo é perfeito. – Kara responde, e juntas, enfrentamos o que quer que a vida nos reserve, com amor e cuidado mútuo como nosso maior escudo.

Com delicadeza, aplico o antisséptico na palma da mão de Kara, atenta a qualquer sinal de desconforto em seu rosto. Apesar de sua cegueira, Kara acompanha meus movimentos com uma precisão que sempre me surpreende, seus olhos seguindo a direção de minhas mãos com uma espécie de intuição visual.

— Isso está doendo? – Pergunto, preocupada.

— Não, está tudo bem. Você está sendo muito cuidadosa, Lee. – Kara responde, seu tom tranquilo me tranquiliza.

Sorrio, continuando meu cuidado. O silêncio confortável entre nós é interrompido quando decido compartilhar algo que estava guardando.

— Sabe, Alex, Sam e Nia ficaram realmente felizes quando contei sobre nós. Finalmente nos declarando uma para a outra. – Digo, sentindo o calor da felicidade de nossas amigas.