Como muitas coisas que acontecerão em seguida, tudo começa com os Kamados.
Começa relativamente mal.
A neve gruda em seus sapatos e calças, e ele sabe, apesar de sua velocidade, que não será rápido o suficiente.
Que ele não foi rápido o suficiente.
A imagem dos corpos, afogados em seu próprio sangue, nesta pequena casa tranquila no topo da montanha não sai de sua mente. Porque ele chegou muito tarde, muito tarde, muito tarde...
Começa mal, porque há um demônio e um humano. E porque o humano protege o demônio. Ele consegue manter a criatura longe da criança - porque deuses, é uma criança, apenas uma criança, ele quase consegue sentir os vestígios de leite em seus feromônios - mas o cheiro de puro desespero que emana dele quase faz Giyuu soltar sua presa.
"Ela é minha irmã", ele grita, seus olhos cheios de temor. "Ela é minha irmãzinha, por favor não machuque minha irmã". E ele pode ver, a semelhança apesar das feições distorcidas do demônio. Ele também pode sentir, como seus perfumes se entrelaçam, se complementando.
A criança implora, ajoelhada na neve. Seu cheiro está por toda parte, pesado e incontrolável, cheio de horror e tristeza enquanto ele suplica para Giyuu por favor não matar sua irmã.
Algo se retorce em seu estômago, escuro e sujo. Em relação a si mesmo? Em relação a este pedido inútil? Ele se engasga com o sentimento, até se ver gritando como não fazia há anos.
"Não se humilhe assim e dê aos seus inimigos uma chance de matá-lo!"
Começa mal, porque após esta exclamação a criança decide lutar. Contra ele. Ele não pode ter mais do que 14 anos, ainda um Juvenil, ainda uma criança.
Ele está desesperado e ao mesmo tempo pensativo, o machado vibrando no tronco ao lado de sua cabeça como prova suficiente de que Giyuu nunca deveria ter baixado a guarda, mesmo diante de uma criança.
Especialmente quando o demônio aproveita a oportunidade para chutá-lo para longe e avançar em direção ao corpo caído e ele rosna, grita internamente porque foi estúpido, ele foi...
Isso é...
" Ela nunca comeria um humano! "
O demônio... É... Ela... Ela está protegendo ele
Começa mal porque Giyuu tem que questionar toda a sua visão de mundo enquanto observa um demônio defender um humano. Enquanto ele olha, estupefato, para tudo o que ele sabia estar virado de cabeça para baixo.
Suas mãos tremem enquanto ele enfia um focinho de bambu na boca da garota demônio e olha para a criança deitada na neve. Agora que eles não tentam mais se matar e que ele pode finalmente respirar fundo, ele sente uma estranha vontade de chorar.
Eles são, de fato, juvenis. Eles certamente tiveram sua primeira apresentação recentemente, um leve cheiro de Alfa ainda flutuando ao redor da garota enquanto seu irmão cheira fortemente a Omega. É um cheiro doce e açucarado, não muito diferente de um favo de mel recém-saído da colméia, do sol na grama espessa e do calor de uma lareira.
Cheira a amor, cuidado e lar.
...Eles não têm mais casa.
Bem, sim, eles têm uma casa, mas está cheia de cadáveres e manchada de sangue. Além disso, eles não podem ficar sozinhos, não é mesmo? Eles ao menos sabem se defender sozinhos? Com certeza sim, afinal eles moram nas montanhas e esse tipo de lugar ensina você a ser engenhoso. Mas eles tinham a mãe antes, mas agora estão sozinhos e a culpa é do Giyuu por não ser mais rápido...
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What You're Thinking Of ? [You've Seen Me Bare] (tradução)
FanfictionSe existe uma regra absoluta ao lidar com um Ômega, é nunca, nunca ameaçar seus filhotes. As pessoas podem falar o quanto quiserem sobre a ferocidade dos Alfas, mas diante da crueldade de um progenitor protetor Ômega, elas não ficarão orgulhosas por...