Eliza Reis
Acordei e sentei na cama, lembrando do dia anterior.
E se o que o Matteo falou foi verdade.
Mas mesmo assim ele ainda apostou aquilo.
Só aí já tá errado.
Tá mas e aí?
Eu gosto dele, e ele disse que gostava de mim né?
Aí que droga, eu não tenho ideia do que fazer.
De qualquer forma é melhor eu conversar com ele.
Sem ele tá caindo de tão bêbado.
Tá, é isso.
Amanhã eu vou falar com ele.
O Gabriel entrou no quarto abrindo a porta.
- Bate antes de entrar né peste. - reclamei olhando pra ele.
- tá tá, eu vim te chamar pra sair
- pra onde e com quem? - perguntei confusa.
- com o Matteo e a Kaite, um 4 é par. Vocês não tão tendo algo?
Ele não sabia o que tinha acontecido com o Matteo.
Nem sabia que a gente tinha terminado o que nem começou.
Nem que eu tinha algo com o Matteo.
Mas o boca grande do Matteo deve ter comentado.
- tá, pode ser, agora SAÍ.- terminei de falar e ele saiu.
Tá mas e agora?
Como que eu vou olhar pro Matteo?
E até fingir tá tudo certo?
Porque que eu fui dizer que eu ia em?
Mas também se eu falasse que não, o Gabriel ia estranhar.
Tá, agora eu vou ter que ir né.
Que merda.
Pera...
E se eu fingir desmaio???
Mas aí me levariam pro hospital.
Aff, melhor eu ir mesmo.
Eu tento falar com ele lá mesmo.
[...]
O garçom chegou com os pratos, os colocando sobre a mesa do restaurante.
O Matteo tava do meu lado e na frente do Gabriel.
E eu tava na frente da Kaite.
Dês que chegamos eu mal falei.
Eu não falei nada na verdade.
Eu só não sabia o que falar mesmo.
E ficar do lado do Matteo...
Eu tô mal com tudo que aconteceu.
Eu tô tensa dês que cheguei, melhor eu ir no banheiro pra pensar em algo pra fazer.
- vou no banheiro. - falei rapidamente me levantando.
Quando eu ia andar até o banheiro eu esbarro com uma moça que tava com um copo de suco aparentemente de morango.
ERA SÓ O QUE ME FALTAVA.
Que ódio.
Eu amo essa roupa.
Amava né porque agora ela tava com uma mancha vermelha e enorme.
- ah sua...- antes que eu pudesse terminar eu senti o Matteo me puxar impedindo de eu xingar até a quarta geração da rapari- quer dizer...da mulher.
- bora limpar isso aqui, vem.- falou me levando até o banheiro enquanto eu encarava a mulher com uma cara de fugitiva do hospício.
Ela manchou minha roupa ué.
Chegamos no banheiro e o Matteo fechou a porta atrás de mim e trancando.
- porque caralhos você não deixou eu xingar a vagabunda que manchou minha roupa? - perguntei me virando com ódio.
- porque eu não quero ser expulso do restaurante junto com você, fora que foi um acidente. - deu uma pausa- e é só uma blusa.
- tá, tanto faz- terminei de falar pegando um monte de papel higiênico e passando agressivamente na mancha.
O que não adiantou muito...
Não adiantou nada falando bem a verdade.
- pera aí Eliza, isso só vai piorar. - falou parando a minha mão.
Ele pegou o papel que eu tava segurando e jogou fora. Eu só cruzei os braços.
- tá eai? Eu não vou sair assim não.- falei
- eu vou te dar meu moletom e você troca por essa blusa.- terminou de falar e tirou o moletom preto que ele vestia me entregando, e ficando só de blusa.
- valeu. - dei uma pausa- você vai ficar aí?
- como se eu nunca tivesse visto. - falou como se fosse óbvio.
Já que ele queria né...
Porque não provocar um pouquinho...
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Amor no ódio.
FanfictionEliza Reis, uma adolescente de 16 anos, que entrou em uma escola nova. E ia ficar tudo bem...mas ela conheceu Matteo.