Cap 17. 4 é par.

46 4 1
                                    

Eliza Reis

Acordei e sentei na cama, lembrando do dia anterior.

E se o que o Matteo falou foi verdade.

Mas mesmo assim ele ainda apostou aquilo.

Só aí já tá errado.

Tá mas e aí?

Eu gosto dele, e ele disse que gostava de mim né?

Aí que droga, eu não tenho ideia do que fazer.

De qualquer forma é melhor eu conversar com ele.

Sem ele tá caindo de tão bêbado.

Tá, é isso.

Amanhã eu vou falar com ele.

O Gabriel entrou no quarto abrindo a porta.

- Bate antes de entrar né peste. - reclamei olhando pra ele.

- tá tá, eu vim te chamar pra sair

- pra onde e com quem? - perguntei confusa.

- com o Matteo e a Kaite, um 4 é par. Vocês não tão tendo algo?

Ele não sabia o que tinha acontecido com o Matteo.

Nem sabia que a gente tinha terminado o que nem começou.

Nem que eu tinha algo com o Matteo.

Mas o boca grande do Matteo deve ter comentado.

- tá, pode ser, agora SAÍ.- terminei de falar e ele saiu.

Tá mas e agora?

Como que eu vou olhar pro Matteo?

E até fingir tá tudo certo?

Porque que eu fui dizer que eu ia em?

Mas também se eu falasse que não, o Gabriel ia estranhar.

Tá, agora eu vou ter que ir né.

Que merda.

Pera...

E se eu fingir desmaio???

Mas aí me levariam pro hospital.

Aff, melhor eu ir mesmo.

Eu tento falar com ele lá mesmo.

[...]

O garçom chegou com os pratos, os colocando sobre a mesa do restaurante.

O Matteo tava do meu lado e na frente do Gabriel.

E eu tava na frente da Kaite.

Dês que chegamos eu mal falei.

Eu não falei nada na verdade.

Eu só não sabia o que falar mesmo.

E ficar do lado do Matteo...

Eu tô mal com tudo que aconteceu.

Eu tô tensa dês que cheguei, melhor eu ir no banheiro pra pensar em algo pra fazer.

- vou no banheiro. - falei rapidamente me levantando.

Quando eu ia andar até o banheiro eu esbarro com uma moça que tava com um copo de suco aparentemente de morango.

ERA SÓ O QUE ME FALTAVA.

Que ódio.

Eu amo essa roupa.

Amava né porque agora ela tava com uma mancha vermelha e enorme.

- ah sua...- antes que eu pudesse terminar eu senti o Matteo me puxar impedindo de eu xingar até a quarta geração da rapari- quer dizer...da mulher.

- bora limpar isso aqui, vem.- falou me levando até o banheiro enquanto eu encarava a mulher com uma cara de fugitiva do hospício.

Ela manchou minha roupa ué.

Chegamos no banheiro e o Matteo fechou a porta atrás de mim e trancando.

- porque caralhos você não deixou eu xingar a vagabunda que manchou minha roupa? - perguntei me virando com ódio.

- porque eu não quero ser expulso do restaurante junto com você, fora que foi um acidente. - deu uma pausa- e é só uma blusa.

- tá, tanto faz- terminei de falar pegando um monte de papel higiênico e passando agressivamente na mancha.

O que não adiantou muito...

Não adiantou nada falando bem a verdade.

- pera aí Eliza, isso só vai piorar. - falou parando a minha mão.

Ele pegou o papel que eu tava segurando e jogou fora. Eu só cruzei os braços.

- tá eai? Eu não vou sair assim não.- falei

- eu vou te dar meu moletom e você troca por essa blusa.- terminou de falar e tirou o moletom preto que ele vestia me entregando, e ficando só de blusa.

- valeu. - dei uma pausa- você vai ficar aí?

- como se eu nunca tivesse visto. - falou como se fosse óbvio.

Já que ele queria né...

Porque não provocar um pouquinho...

 Amor no ódio.Onde histórias criam vida. Descubra agora