BELLE

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O doce alívio da dor que eu havia enfrentado nos últimos dias atingiu
meu corpo e um soluço escapou de meus lábios.
Grayson passou os braços firmemente em volta da minha cintura e,
em seguida, moveu-os para debaixo da minha bunda para que ele
pudesse me levantar.
Envolvi minhas pernas em volta de sua cintura e me agarrei a ele
como se minha vida dependesse disso.
— Eu sinto muito, — ele sussurrou em meu cabelo. — Deus, eu sinto
muito.
Eu balancei a cabeça para mostrar que entendia e o puxei para mais
perto.
— Eu também sinto muito, — eu sussurrei em seu pescoço.
Ele me apertou suavemente. Palavras não eram mais necessárias.
Ficamos assim por alguns minutos, apenas nos abraçando e
inspirando um ao outro.
Foi felicidade pura, e eu queria que nunca acabasse.
Mas então Grayson se moveu. Eu entrei em pânico. Ele iria me
colocar no chão? Ele iria me deixar de novo?
Grayson deve ter percebido meu pânico porque acariciou suavemente
minhas costas enquanto caminhava.
— Shh..., — disse ele. — Estou aqui.
Ele me carregou passando pelo quarto em que passei os últimos dias e
para o cômodo ao lado dele.
Sem me soltar, ele fechou a porta e nos levou até a cama.
Ele nos deitou de modo que ficássemos de lado, um de frente para o
outro, nossos corpos entrelaçados.
Nossas testas se tocaram e, por um tempo, apenas nos olhamos.
Nossa respiração entrou em sincronia e tudo parecia tão... correto.Depois de algum tempo, levantei minha mão para tocar as manchas
escuras sob seus olhos.
— Quando foi a última vez que você dormiu? — Eu perguntei a ele.
Ele encolheu um pouco os ombros.
— Provavelmente na última vez que você dormiu.
Eu franzi minha sobrancelha.
— Eu dormi muito nos últimos dias.
Ele me puxou para mais perto, estreitando seu aperto em mim.
— Não, você desmaiou. E nunca foi por apenas alguns minutos. Há
uma diferença entre desmaiar e dormir.
— Como você sabia que eu desmaiei?
— Porque eu senti. Eu senti tudo o que você passou.
— Sentiu? — Eu perguntei, surpresa.
Ele balançou a cabeça lentamente e passou o polegar pela minha
bochecha.
— Nosso vínculo é mais intenso do que o comum para um casal de
lobisomem. Não tenho certeza do motivo. Eu posso sentir suas emoções
com mais intensidade. Normalmente, isso não acontece até que você
tenha concluído o processo de união.
Estremeci quando ele colocou a mão sob a minha camisa e fez
carinho nas minhas costas.
— Será que eu quero saber qual é o processo de união?
Ele sorriu ligeiramente.
— Eu provavelmente não sou a melhor pessoa para te dizer. Mas eu
prometo que você vai aproveitar cada segundo. Você vai me implorar
para continuar.
Seus olhos vagaram entre nós, passeando pelo meu corpo. Ele lambeu
os lábios, faminto.
Eu zombei e empurrei seu ombro levemente. Ele rosnou de
brincadeira e me segurou com mais força contra ele. Seus dentes
morderam minha orelha.
— E-então, hum, — eu gaguejei quando ele se inclinou para trás para olhar para mim. — O processo de união. Isso, uh, tem a ver com, hum —
eu limpei minha garganta um pouco — isso?
Os olhos de Grayson brilharam com diversão.
— Você quer dizer sexo, cara? — Minhas bochechas coraram em um
vermelho escuro. Eu acenei com a cabeça.
Grayson lambeu os lábios e sorriu.
— Sim. Tem a ver com muito e muito sexo.
Sua voz estava mais grave do que o normal, e percebi que seus olhos
estavam lentamente ficando mais escuros quanto mais falávamos sobre o
assunto.
Eu me mexi, desconfortável com o pensamento de Grayson e eu
fazendo sexo.
Ele percebeu que eu estava me afastando dele e imediatamente me
puxou para mais perto.
— Nuh-uh, você não vai fugir de mim. Eu não me importo o quão
nervosa o sexo te deixa.
Eu olhei para todo o lugar, menos seus olhos. Ele não sabia, mas eu
nunca tinha feito sexo antes. Só não tive tempo para namoro quando
meu pai adoeceu.
A ideia de fazer sexo pela primeira vez com alguém que parecia tão
experiente quanto Grayson fez meu estômago embrulhar.
A mão de Grayson encontrou meu queixo e ele levantou minha
cabeça até meus olhos encontrarem os dele.
— Você não tem nada com o que se preocupar, linda. Nada vai
acontecer até que você esteja cem por cento pronta e confortável. E ainda
assim, vou cuidar de você. Eu sempre vou cuidar de você.
Eu relaxei um pouco, embora a ideia ainda me deixasse nervosa.
Ouvindo suas palavras, eu queria derreter em uma poça.
Ele pressionou sua testa contra a minha novamente, e ficamos assim
por um tempo. Foi interessante olhar em seus olhos negros. Era como se
eles estivessem me sugando.
Eu me encontrei estendendo a mão e segurando seu rosto. Corri o
polegar sob seus olhos.— Esse é o seu lobo? — Eu perguntei baixinho.
Grayson colocou a mão sobre a minha e virou a cabeça para beijar
minha palma suavemente.
— Sim.
— Você vai se transformar em um lobo agora?
— Não, não se preocupe com isso. Ele está apenas observando você.
Quer dizer, ele está sempre olhando através dos meus olhos. Ele está
mais presente agora porque você está tão perto.
Eu continuei a olhar em seus olhos enquanto o preto girava ao redor
de sua íris como uma névoa.
Era hipnotizante.
— O que ele está fazendo agora?
— Ele está se preocupando com você. Ele não gosta de ver você tão
triste. Ele também continua me lembrado do fato de que você não come
ou dorme há dias. Ele está com raiva de mim por não cuidar de você.
— Ele pode falar com você?
Grayson balançou a cabeça.
— Não. Ele não fala. Afinal, ele é um lobo. Mas, de alguma forma, nos
entendemos. Nós somos o mesmo ser. Meu lobo sou eu tanto quanto eu
sou ele.
— Huh, — eu suspirei, intrigada com tudo o que Grayson estava
dizendo. Era tudo muito interessante.
— Ele gosta que você esteja curiosa sobre ele. Ele gosta de cativar a
sua atenção.
— Sério?
— Sim, você o deixa muito feliz. — Ele colocou uma mecha de cabelo
atrás da minha orelha. — Você nos deixa muito felizes.
Eu não tinha certeza de como responder, então apenas fiquei quieta.
— Belle — Grayson disse, — preciso que você saiba o quanto lamento
por tudo o que você passou desde que me conheceu. Eu sei o quão
assustador e angustiante tudo isso tem sido para você.
Ele apertou minha cintura.— E o que é ainda pior é que eu sou a causa de toda a sua angústia.
Me mata ver você tão chateada. Eu gostaria de ter feito tudo isso de
maneira diferente.
— Foram apenas as circunstâncias em que nos conhecemos que
tornaram tudo isso tão difícil. Apenas saiba que nunca deveria ser assim.
Eu sinto muito mesmo.
Ele parecia carregar tanta dor — como se ele fosse desabar a qualquer
momento.
Eu me inclinei mais para ele. Então eu parei por um momento.
O que estou fazendo?
Percebi que queria consolá-lo.
Quanto mais tempo eu passava com Grayson, menos medo eu sentia.
Na verdade, eu estava começando a confiar nele.
Por mais estranho que parecesse, confiar nele parecia natural. Parecia
fácil.
É como estar em seus braços.
E deitada ali, tão perto de Grayson, não havia nada que eu quisesse
mais do que apenas estar com ele.
— Eu também sinto muito, — eu sussurrei.
Ele franziu as sobrancelhas.
— Por que você está pedindo desculpas?
Suspirei.
— Eu nunca te dei uma chance. Eu estava com medo e me recusei a
ouvir. Mesmo depois de você ser tão doce comigo, eu me recusei a ouvir.
Grayson sorriu ligeiramente.
— Por mais feliz que eu esteja ouvindo isso, você tinha todo o direito
de estar com medo. Eu não conseguiria imaginar estar no seu lugar.
Seu polegar começou a traçar círculos ao redor do osso do meu
quadril enquanto ele me segurava pela cintura. Aproximei-me mais dele.
— Você estava certo, — eu disse.
Ele ergueu uma sobrancelha.
— Sobre o que? — Eu olhei profundamente em seus olhos.— Eu encontrei o caminho de volta para você.
Seu sorriso se alargou até tomar conta do rosto inteiro.
Ele não disse nada, apenas me puxou para mais perto, colocando sua
testa contra a minha.
Ele esfregou suavemente o meu nariz e cantarolou, contente.
Eu inspirei sua essência e me deliciei com a sensação de estar em seus
braços.
— Grayson? — Eu perguntei depois de alguns minutos.
Ele ergueu uma sobrancelha em resposta enquanto suas mãos
continuavam a dançar na minha pele.
— Podemos, hum, podemos tentar algo?
Ele parou por um momento.
— O que você quer tentar, baby?
Respirei fundo e olhei profundamente em seus olhos. Tão intensos
enquanto ele esperava que eu falasse.
— Hum... eu, um, bem, podemos...?
Ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos.
Ele deu um aperto suave, me dizendo para continuar.
— Deixa pra lá, — eu soltei.
— Bem, isso não vai funcionar, — disse Grayson. Ele se moveu, de
modo que seu rosto estava pairando apenas alguns centímetros acima do
meu.
Ele colocou a mão na minha cintura.
— Fale.
Eu balancei minha cabeça.
— Não. Não é importante.
Sua mão vagou sob minha camisa. Tentei impedi-lo, mas ele disse: —
Você sente cócegas, linda?
Eu fiquei boquiaberta com ele. Ele estava planejando fazer cócegas em
mim?
— Eu não sinto cócegas, — eu disse rapidamente.Ele se inclinou até que seus lábios roçassem minha orelha.
— Eu posso sentir quando mente, baby, — ele sussurrou. — Apenas
me diga o que você ia dizer e eu não farei nada.
— Sério, não importa! Eu prometo!
— Eu não acredito em você, — afirmou.
Ele moveu seus dedos contra minha pele de uma forma que me fez rir
histericamente. Eu me contorci e agarrei suas mãos, mas ele continuou
fazendo cócegas sem piedade.
— Pare! — Eu gritei entre risos. — Grayson, pare!
— Apenas me diga o que você ia dizer e eu paro!
— Não, não! — Eu ri. — Eu não vou te dizer! — Tentei empurrá-lo
para longe de mim, mas ele não se moveu.
Ele riu comigo.
— Apenas me diga! — Ele começou a me fazer cócegas com mais
força, e quase fiz xixi nas calças de tanto rir.
— Está bem, está bem! — Eu finalmente desisti. — Eu ia pedir para
você me beijar!
Grayson imediatamente parou e se recostou.
Eu coloquei a mão sobre minha boca. Eu não podia acreditar que
tinha acabado de dizer isso.
— O que? — Grayson perguntou em estado de choque.
Eu não conseguia nem olhar para ele. Eu estava mortificada.
— Bem, eu, um, eu não quis dizer que eu, você sabe, queria que você
me beijasse, eu só, um...
O rosto de Grayson estava de repente bem na minha frente.
— Graças a Deus, — ele sussurrou.
E aí ele me beijou.Os lábios de Grayson se moveram contra os meus, suaves como seda. Um
resmungo de satisfação escapou de sua garganta enquanto ele se movia
para ficar entre minhas pernas.
Ele passou as mãos para cima e para baixo em meus lados, acendendo
faíscas intensas que percorreram todo o meu corpo.
Passei meus braços em volta do seu pescoço, emaranhando meus
dedos em seu cabelo. Ele colocou as mãos sob a minha camisa e a
levantou.
Eu imediatamente me afastei e agarrei suas mãos para fazê-lo parar.
— Desculpe, — eu disse.
Ele também se afastou e olhou para mim. Ele sorriu levemente e
esfregou seu nariz contra o meu.
— Está tudo bem, linda. Não estou com pressa.
Soltei um suspiro de alívio e me recostei na cama.
— Obrigada, — eu sussurrei.
Grayson sorriu e se deitou ao meu lado. Ele me moveu para que
ficássemos de frente um para o outro novamente e passou os braços
firmemente em volta de mim. Ele esfregou o rosto no meu pescoço.
— Estou tão feliz que você esteja se sentindo melhor. Doeu aqui
dentro saber o quanto de dor você estava sentindo e saber que era tudo
minha culpa.
Eu concordei. Eu segurei sua mão e brinquei com seus dedos. Segui as
linhas de sua palma suavemente com minhas unhas e sorri quando ele
estremeceu e me puxou para mais perto.
— Não foi tudo culpa sua. — Pressionei meu rosto em seu peito,
sentindo minhas bochechas esquentarem com minhas palavras. Eu não
conseguia acreditar no que estava dizendo. — Eu estava sendo teimosa.
Eu só estava com medo. Mas...Ele segurou meu rosto com as mãos, me virando para olhar para ele.
— Mas...? — Ele me incentivou a continuar.
Suspirei enquanto olhava em seus lindos olhos verdes. Eu me
contorci nervosamente.
— Mas... eu meio que gosto de você?
Seus olhos brilharam negros por um segundo quando um enorme
sorriso apareceu em seu rosto.
— Você gosta?
Essa não era a resposta que eu queria. Eu esperava que ele retribuísse
meus sentimentos, não zombasse deles. Enterrei meu rosto em seu
pescoço e gemi.
— Ei, ei, ei, — ele riu, esfregando minhas costas. — Belle, olhe para
mim. — Eu balancei minha cabeça. — Belle, baby, olhe para mim. — Ele
apertou meu lado ligeiramente.
Eu lentamente levantei minha cabeça de seu pescoço e olhei para ele.
Ele sorriu e colocou a mão sob meu queixo, então levantou meu rosto e
depositou os lábios sobre os meus.
Ele moveu sua boca lenta e suavemente, deixando suas ações falarem.
Eu podia sentir sua paixão no beijo... luxúria e... amor? Eu gemi baixinho.
Ele se afastou e olhou para mim mais uma vez.
— Estou tão feliz em ouvir você dizer isso, Belle. E acredite em mim, o
sentimento é mais do que mútuo.
Respirei fundo e balancei a cabeça nervosamente.
— Ok, — eu me ouvi dizer.
Ok? OK? Foi assim mesmo que você respondeu, Belle? Ugh.
Grayson deu uma risadinha.
— OK.
Antes que eu pudesse dar uma resposta melhor, ele colocou seu rosto
no meu pescoço, arrastando beijos de boca aberta para cima e para baixo.
E quero dizer beijos de boca aberta com a língua. Eu estremeci e
engasguei.
Lambi meus lábios.— Grayson? — perguntei trêmula.
— Mmm? — ele murmurou, nunca tirando os lábios do meu pescoço.
— Hum... — Limpei minha garganta. Ele estava sendo uma enorme
distração. — Posso te perguntar uma coisa?
— Mmm..., — ele repetiu. Seus lábios estavam agora na minha
mandíbula.
Eu sorri um pouco.
— Você vai parar de me beijar para que eu possa falar? — Eu empurrei
seus ombros ligeiramente.
Ele sorriu contra minha pele e beijou todo o caminho até minha
orelha. Ele deixou um beijo lá e então sussurrou: — Gata, se dependesse
de mim, eu nunca iria parar de te beijar.
Algo em meu estômago apertou. Eu me contorci em seus braços.
Ele gemeu alto.
— Deus, eu posso sentir seu perfume e você cheira tão...
Ele fez uma pausa. Ele colocou sua testa contra a minha e eu percebi
que seus olhos estavam pretos novamente.
— Tão bem, — ele terminou.
Ele me beijou mais uma vez, desta vez com mais força. Eu suspirei
contente e pressionei meu corpo contra o dele.
Ele se ergueu para ficar acima de mim e entre as minhas pernas.
Ele agarrou as laterais das minhas coxas e as moveu até que minhas
pernas estivessem enroscadas em sua cintura.
Nossos corpos se moviam em sincronia, como se fôssemos ímãs, nos
aproximando e nos repelindo. Grayson fez minha cabeça girar e todo o
meu ser começou a arder como nunca antes.
E então, de repente, seus lábios não estavam mais nos meus.
Eu choraminguei e tentei segurar seu corpo e trazê-lo para perto para
o meu, mas ele se sentou e passou a mão pelo cabelo enquanto mantinha
os olhos em mim.
Eu lancei a ele um olhar questionador.
Tenho certeza de que estava uma completa bagunça — meu cabelo oleoso e emaranhado por não lavar ou escovar há dias, olheiras, meu
peito arfando.
Ele praguejou baixinho, olhando para mim com seus intensos olhos
negros.
— Isso está ficando difícil.
Eu me encolhi com seu comentário.
Eu sabia que ele achava que eu estava nojenta. Ele provavelmente
podia sentir o cheiro de todo o suor e vômito que saiu do meu corpo nos
últimos dias, especialmente com seu olfato aguçado de lobo.
— Oh, — eu sussurrei. Sentei-me e me movi até que minhas costas
estivessem contra a cabeceira da cama. — Desculpe, eu não tomo banho
há algum tempo.
Ele riu alto, algo que estava se tornando música para meus ouvidos.
Parecia que tudo estava em seu lugar no mundo, desde que Grayson
continuasse rindo.
Ele se moveu lentamente em minha direção e agarrou meus
tornozelos.
Ele puxou meu corpo em direção a ele com força suficiente para me
deitar na cama. Soltei um gritinho de surpresa.
Ele voltou para cima de mim e colocou as mãos em cada lado da
minha cabeça.
— Não foi isso o que eu quis dizer, minha doce, doce Belle. Você
nunca poderia cheirar mal para mim, mesmo se estivesse coberta de lixo,
— disse ele.
— O que eu quis dizer é que está se tornando difícil não devorar você
aqui, agora. Você está dificultando bastante as coisas.
Suas palavras eram tão intensas, combinando com o ardor de seus
olhos. Ele roçou o polegar nos meus lábios.
Espere, ele está falando sobre sexo? Ele quer fazer sexo comigo? Oh Deus,
acho que é o que ele quis dizer. Oh Deus. Oh Deus. Oh Deus.
— Oh, — eu disse. — Eu sinto muito.
Ele sorriu.
— Você não tem nada para se desculpar. Eu tenho autocontrole. Só preciso tomar alguns banhos gelados. Eu me viro.
Eu balancei a cabeça lentamente e engoli. Ele se sentou ao meu lado e
gemeu.
— Você vai ser a causa da minha morte, Belle. — Ele olhou para mim
e passou o braço em volta da minha cintura.
— Por que você não me diz o que queria perguntar?
— Oh, um, — eu ri um pouco, grata pela mudança de assunto. — Na
verdade, eu ia perguntar se poderia tomar um banho. Eu me sinto muito
nojenta.
Grayson fez uma careta.
— Mas então eu tenho que deixar você sair de meus braços, — ele
resmungou.
Eu ri.
— Sim. Sinto muito. — Tirei o braço dele da minha cintura.
— Mas, sério, preciso fazer isso. Não tomo banho desde antes de vir
para Paris.
Grayson gemeu
— Está bem, está bem. Mas, por favor, seja rápida. Não sei quanto
tempo vou aguentar antes de arrombar a porta. E meu lobo quer mesmo
que você durma.
— Eu prometo serei rápida, — concordei. Eu também não queria ficar
longe dele.
Eu fugi em direção ao pé da cama.
Eu parei por um momento antes de me levantar. Eu respirei fundo
para criar coragem e rapidamente fiz o caminho de volta para Grayson.
Dei um beijo rápido em sua bochecha e me afastei dele antes que ele
pudesse ver meu rosto ficar vermelho.
Grayson rosnou do fundo de seu peito.
— Você não está facilitando as coisas, Belle.
Eu sorri enquanto me levantava, orgulhosa do efeito que tinha sobre
ele. Eu me sentia muito realizado.
— Eu sei, — eu disse.Ele rosnou de novo e eu ri.
Eu caminhei até a porta do banheiro feliz. Mas logo antes de entrar,
olhei de volta para Grayson.
Ele ainda estava deitado na cama com um braço atrás da cabeça.
Ele me olhava com aquele olhar satisfeito e preguiçoso em seu rosto,
como se ele não tivesse nenhuma preocupação no mundo inteiro Ele
levantou uma sobrancelha quando eu não entrei no banheiro.
— O que é?
Mudei meu peso ligeiramente, brincando com a bainha da minha
camisa.
— Eu... — Devo dizer isso? Provavelmente não.
— Eu não acho que estou pronta para ficar longe de você.
Eu imediatamente encarei o chão, evitando seu olhar.
Eu ouvi ele se levantar e vir em minha direção. Quando ele parou na
minha frente, colocou os dedos embaixo do meu queixo e levantou
minha cabeça para que eu olhasse para ele.
Seus olhos eram os mais escuros que eu já tinha visto.
— Então vamos tomar um banho.

Sequestrada por um Alfa - Annie Whipple Onde histórias criam vida. Descubra agora