Capítulo 04

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Olhava para o teste com dois tracinhos, engoli o choro e a surpresa ao saber que minha vida está por um fio

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Olhava para o teste com dois tracinhos, engoli o choro e a surpresa ao saber que minha vida está por um fio. Quer dizer, minha vida acabou.

"E aí? O que deu?” Porsche perguntou através da porta.

As últimas semanas que se passou me senti muito enjoado e outros variados sintomas no qual Porsche exigiu que eu fizesse um teste para tirar a dúvida. Claro que bati o pé várias vezes para fazer, então a coragem me tomou nesta manhã de terça feira em plena mansão de Kinn e Porsche.

Destranquei a porta olhando para Porsche com as lágrimas descendo do rosto. Ele olhou-me, levantou seus braços para cima, um gesto que sempre fazia quando estava nervoso.

“Porra, Pete. Que merda que você fez? Não usou proteção? E os seus anticoncepcionais?” perguntou andando de um lado para o outro no quarto.

Não pensei em nenhum momento nos métodos contraceptivos, aliás, achei que Vegas iria se tornar meu alfa.

“Eu não sei o que fazer...” sussurrei abraçando meu próprio corpo.

“Precisamos encontrá-lo e fazê-lo assumir essa criança.” Porsche olhou-me bravo.

“Não posso Che, ele é casado e provavelmente já deve ter filhos. Céus, onde eu me meti?”

Ficamos em silêncio por um bom momento, ouvindo o silêncio e nossas mentes saindo fumaça de tanto trabalhar.

Ultimamente apenas lágrimas saiam do meu corpo, estava tão sensível e doloroso. Um ômega com o coração partido e no fim grávido de um homem casado que não sabia nada de sua vida. Porsche não iria me julgar, e era um momento que não gostaria de ter críticas.

“O bom disso tudo é que engravidamos juntos.” ele falou abrindo um sorriso. “Vou te ajudar nas consultas e nas roupinhas. Ou...”

“Ou?”

“Temos a forma de aborto.”

Abri a boca para falar algo, mas meu cérebro não deixou concordar com tal ato. Era um bebê inocente, eu era o culpado e não o deixaria sofrer as consequências da culpa de dois irresponsáveis.

“Não! Eu irei assumir toda a responsabilidade, sem o alfa.” disse com a voz firme.

“Pete, você não tem noção de como um ômega solteiro grávido sofre nessa sociedade de mente fechada. Você sofrerá horrores.” Porsche olhou-me preocupado. Sim, a sociedade é preconceituosa com ômegas solteiros, para eles são prostitutas que alfas provavelmente casados ou militares descartaram sem índice de um vínculo. O que era meu caso.

“É o meu bebê, querendo ou não irei tê-lo.”

“Okay, sempre estarei aqui para você.”

Depois da nossa longa conversa sobre a gravidez, eu e Porsche decidimos contar a Kinn que surtou por horas, não iria aceitar seu secretário grávido, pai solteiro e sozinho sem nenhum alfa para proteger. Tentamos encontrar alguma coisa sobre Vegas na internet, Kinn contratou detetives e até mesmo um Hacker que pudesse invadir o banco de dados das indentidades, e o resultado era nada. Querendo ou não ele seria o pai e precisava saber que esperava um filho dele, se iria assumir ou não pouco me importava. Ele havia mentido e me enganado, fui trouxa por acreditar em estar apaixonado.

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