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As horas da tarde se arrastavam enquanto eu tentava passar o tempo em casa. Não tinha feito nada hoje pois não acordei com disposição. Só entreguei algumas publicidades que estavam para entregar.Theo estava na escola e quem iria buscar ele hoje era o Brennuz
Decido tomar um banho para relaxar um pouco. Aqui em São Paulo esta um calor que ninguém fica bem sem um banho relaxante.termino meu banho e saio para ir atrás de uma roupa para vestir
Ao abaixar para pegar minha roupa na gaveta de baixo,sinto uma dor aguda atravessesando minha barriga, e me encolhi, surpresa e preocupada. Contrações prematuras? Não podia ser. Ainda faltavam semanas para o parto.
Meu coração acelerou quando as dores se tornaram mais frequentes e intensas. Eu estava sozinha em casa e não sabia o que fazer. O pânico começou a se instalar enquanto eu tentava lembrar das orientações que havia recebido sobre partos prematuros.
Sem pensar duas vezes, peguei meu celular e disquei o número da kakau já que eu estava falando com ela alguns minutos atrás, chama várias vezes e nada então decido ligar para o Dopre já que era a minha única esperança
O telefone tocou várias vezes antes que ele finalmente atendesse.
-"Alô?"- A voz de Pedro soou preocupado do outro lado da linha.
-Pedro, sou eu, Mariana. Estou com contrações e acho que é cedo demais. Estou com medo- digo lutando para manter a calma.
-"'mariana, respire fundo. Estou indo para aí agora mesmo. Mantenha a calma e tente controlar as contrações"-respondeu com firmeza.
Enquanto esperava por Pedro tentei seguir suas instruções, mas a ansiedade e a dor tornavam difícil manter a compostura. Cada contração parecia mais intensa que a anterior, e eu me sentia cada vez mais assustada.
Finalmente, ouvi batidas na porta e um suspiro de alívio escapou dos meus lábios. Dopre estava ali para me ajudar.
Ele entrou apressadamente e imediatamente assumiu o controle da situação. Com sua ajuda, consegui me acalmar enquanto ele ligava para uma ambulância.
- Pedro acho que não vou conseguir esperar- digo quando as dores começam a ficar mais forte- estão aumentando
- eu não sei o que fazer - ele diz e pega seu celular novamente e começa a digital
Sinto as dores mais fortes ao ponto de eu trocar várias vezes de posições. Assim que me viro novamente pra trocar de posição sinto um líquido sair fazendo um barulho
- a dor está tão forte ao ponto de fazer xixi Mari?- dopre pergunta assim que vê o líquido no chão
- não é xixi Pedro- digo tentando não rir pra não piorar a situação- a minha bolsa estourou
- Aí Meu Deus , a criança vai nascer em casa- se desespera
- calma meu filho, até parece que é tu que vai parir pega as coisas dela lá no quartinho dela e vamos para o hospital- digo enquanto vou me trocar porque eu não ia com essa roupa suja- Avisa para o pessoal que estamos indo, Pega o presente que compramos para o Théo
Fomos no shopping esses dias para comprar o presente dele, para que quando a Íris nascesse falar que ela trouxe para ele que seria irmão mais velho dela.
Pela a minha sorte eu tinha feito a minha mala e a dela algumas semanas atrás. Troco de roupa e vou pra sala esperar o querido
- Vamos?- ele aparece com as coisas na mão
- Sim,vamos- afirmo
No caminho as dores ficaram piores, pra mim já estava ruim agora parece que piorou
No hospital, os médicos conseguiram controlar as contrações e me tranquilizaram sobre o estado da bebê. Pedro permaneceu ao meu lado durante todo o tempo, oferecendo apoio incondicional.
- Dona Mariana a senhora está se sentindo melhor?- a enfermeira pergunta
- Ainda estou sentindo dor, mas já estou conseguindo lidar melhor - respondo e ela concorda
- Vou precisar fazer o exame de toque para saber a posição do bebê- ela diz e eu concordo- O pai vai ficar na sala ?
Olho para o Pedro e ele olha para mim esperando a resposta, na hora nem liguei por ela ter chamado ele de pai, estava mais preocupada com as dores
- Vai, mas ele vai virar de costas- digo é o Doprê faz na mesma hora
Ela começa a fazer o exame e eu começo a sentir mais dores ainda, era horrível a sensação de ter algo entrando em mim ainda mais sentido dores como as da contrações
- eai como está ?- Pergunta ainda de Costa e a enfermeira olha para mim
- Vamos ter que fazer o parto já, a senhora está de 9 centímetros de dilatação, não tem como adiar isso- ela respondo eu fico olhando atentamente ao que ela ia me dizendo
- Posso virar?- ele pergunta e eu afirmo
Eu não consigo explicar o que estou sentindo agora, uma mistura de medo e ansiedade nervosismo tudo junto
- E agora o que faço?- pergunto
- Fica calma Mari, tenho certeza que você vai da conta de da trazer a nossa Irís - ao ouvir sua fala dou um sorriso
Naquele momento de angústia, percebi como era importante ter alguém em quem confiar nos momentos mais difíceis.
Logo depois a enfermeira retornar a sala e me entrega uma roupa para vestir, e dopois me leva para sala onde acontecia o parto.
- vai dar tudo certo- dopre diz enquanto segurava a minha mão- te espero aqui
- Você não vem comigo?- pergunto já que não queria ficar sozinha e ele seria a pessoa ideal . Ele apenas concorda com a cabeça com um sorriso
Pedro tinha se torna pessoa mais especial para mim. Esse garoto parecia um anjo na minha vida e agora na da Irís
- só fazer força quanto sentir a contração- a enfermeira dizia eu apenas concordava com a cabeça
Eu fazia força toda vez que vinha as dores, mas parecia que as dores so aumentavam..
- já estou vendo ela aqui, só fazer mais força- a enfermeira informou, e eu continuei
Após horas de trabalho de parto, finalmente chegou o momento tão esperado. De segurar minha filha nos braços pela primeira vez e senti uma emoção indescritível tomar conta de mim. A bebê era perfeita, pequena e frágil, mas ao mesmo tempo forte e cheia de vida.
- ela é muito linda,é a sua cara- Pedro disse assim que me entregaram a bebê
- eu estou apaixonada- digo-Théo vai amar te conhecer filha
Ao olhar para o rostinho dela, Eu soube que aquele era o começo de uma jornada incrível. E eu estava pronta para viver todas as emoções e desafios que a maternidade traria, sabendo que sempre teria o apoio dos meus amigos dele e do Theo
