JOLINE

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Era meu primeiro dia de verdade aqui, e sinceramente o que eu vou comer? não sei onde tem lojas ou coisa do tipo.
Penso enquanto ainda estou deitada e olho Tamara Já acordada e com roupa de acadêmia o que me faz entrar em desespero. SERÁ QUE EU PERDI ALGO?

Me levanto e visto um moletom por cima do meu shortinho e minha blusa de dormir.

– Tamara, vai ter alguma coisa nas nossas programações e eu não fiquei sabendo, poderia me informar por favor? – Falo nervosa com medo de sei lá, ela me achar um pé no saco que não sabe de merda nenhuma.

– Ah, não! Como os alunos que vieram de outros países não se adaptaram ainda, então vão deixar hoje e amanhã livres para eles se organizarem, inclusive se você quiser os horários e programações de eventos tá aqui ó – Ela aponta para a parede com um papel escrito em russo, óbvio que tinha QUE SER EM RUSSO!

– Obrigada Tamara e mais uma dúvida. – Que vontade de me matar, ela deve me achar uma bosta que não sabe de nada, que vontade de gritar. – Sabe onde tem um super mercado?– pergunto envergonhada.

Ela começa a rir e me sinto ainda mais envergonhada.

– Claro, vai assim? se for eu te mostro, tem um na direção da minha acadêmia! – concordo com a cabeça e saímos do quarto.

Passo pelos corredores tentando dar um nó no meu cabelo que está todo bagunçado, mas o que importa é o meu café da manhã.
Saímos da Balé imperial de Petersburgo e que faixada enorme, não tinha reparado ontem, passamos por uns apartamentos e parques, até que avisto o mercado.
Ela para e aponta para ele.

– Acho que eles não falam em inglês, mas creio que entenda e fale um pouco de Russo né? – Ela me pergunta um pouco preocupada, acho que ela está com medo de eu pedir ajuda novamente.

– Pode deixar eu me viro, obrigada Tamara pela a sua ajuda.– me despeço dela e ela vai embora correndo na direção contrária.

O que me deixa seriamente intrigada, mas vou até o mercado pois a fome fala mais alto. O mercado é um mercado normal e eu até sei ler em Russo, mas estou rezando para que essa bebida que eu estou pegando não seja alcoólica.

Até que alguém grande aparece ao meu lado e eu me viro para olhar e era ele... Sim era o loiro alto do avião.
Ele me olha de volta e ops, acho que estava olhando de mais, sinceramente que vontade de gritar.

– Oi, você é a moça do nome Joline né? – ele fala com uma expressão confusa, sinceramente eu quero sumir, as duas míseras vezes que ele me viu eu estava nessa situação deplorável.

– Sou sim, você é o moço do avião né? – Falo um pouco nervosa – Não esperava revelo.

– Creio que eu também não, me desculpe a pergunta, mas você vai beber de manhã ou você só não viu que isto é álcool?– Ele pergunta com um expressão séria e se um momento vergonhoso matasse, seria esse com toda a certeza da minha vida.

– Obrigada por me avisar, eu ainda não tô tão ligada assim em russo. – Falo colocando na geladeira do mercado novamente e começo a estralar os dedos, COMO QUE EU VOU COMER, QUE MERDAAAA.

– Que situação complicada, quer tomar café comigo? eu pago e também, acho que precisa de uma ajudinha né? – Balanço a cabeça que sim.

– Preciso pegar mais experiência com o idioma Russo em prática mas minhas pronúncias são deploráveis! – Ele começa a andar para a saída do mercado e saio junto com ele, que coloca, aparentemente novamente a sua máscara.

– Vamos tem um restaurante ótimo aqui, e lá você pode treinar russo comigo. – Arregalo os olhos surpresa.

Bondade de mais até santo desconfia.

– por quê está me oferecendo tantas coisas e me ajudando? Você nem me conhece e eu nem conheço você. – Paro e fico olhando para ele.

– Bem, então vamos numa padaria, você diz o que quer, eu peço pra você e você vai embora. – Ele fala calmamente. – Achei que fossemos próximos, você me falou tantas coisas dormindo. – Ele dá uma risada depois dessa frase e meu Deus porquê eu? 

?

Aqui estava eu, numa padaria na Rússia com um loiro estranho que é famosinho, que delícia né AAAAAAA.

ele fala algo como "uma mesa reservada" para a moça do caixa em russo que olha pra gente com olhares suspeito e aparentemente fala onde teria uma mesa "reservada" provavelmente minha interpretação deve tá totalmente errada, mas ele se vira para mim.

– Nossa mesa é ali. – Ele aponta para uma mesa um pouco distante da entrada – E não se preocupa chorona, não vou te sequestrar eu só achei que você parecia uma pessoa legal.

Apenas faço uma careta e o sigo até nossa mesa que sentamos um em frente ao outro.

– Como está pelos arredores deve está participando da audição do Balé imperial de Petersburgo né? – ele pergunta mas sinto que foi mais uma pergunta retórica do quê realmente uma pergunta.

– ah, sim, estou participando da audição, que inclusive vai durar um mês. – Falo nervosa e percebo que não pedimos nada. – Nossa você foi tão apressado que nem pedimos a comida. – Falo percebendo que ele me secava com os olhos HAHAHA que descarado.

– É verdade, ninguém veio atender a gente ainda. – assim que ele termina de falar, chama um garçom que estava próximo.

Pedimos coisas simples, eu pedi um café preto com açúcar e uma fatia de bolo e ele apenas um latte.
não conseguia evitar de pensar nele falando que eu falei dormindo, que vergonhoso, mas eu quero saber o que eu disse.

– Sabe... eu fiquei bem curiosa para saber o que eu falei enquanto dormia – Percebo que ele tinha acabado de sair do mundo da lua.

– Falou coisas como, "eu te amo", o que mais... – ele faz uma pausa dramática e pensativa – "Louis..." e deu algumas arfadas suspeitas cheguei a pensar que estava tendo algum tipo de sonho erótico. – Ele fala tão sério que me faz ter mais vergonha do que já estava.

– Posso sumir já? – Falo rindo nervosa, que faz ele soltar um sorriso ladino.

Nossos pedidos chegam dps de algum minutos e comemos em silêncio, mas não um silêncio constrangedor apesar da situação, e sim um silêncio confortável.

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Oiê, infelizmente minha fic tá bem flopada
a coitchada dela, vou melhorar amores(o total de zero pessoas) , prometo!

IN INCORRECT LOVE Onde histórias criam vida. Descubra agora