01 - A TAL DA SEGUNDA CHANCE

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Dia 43 após a queda

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Dia 43 após a queda.

•●• Shay Walsh •●•

Atlanta havia sido bombardeada, destruída, dizimada

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Atlanta havia sido bombardeada, destruída, dizimada... a esperança devia ser a última a morrer, mas nesse caso... no meu caso, eu acho que ela foi uma das primeiras coisas a ir embora.

"Quando você olhar para trás, vai perceber que os dias mais lindos foram os de luta..."

Essa frase um dia até fez sentido para mim, era legal você lutar por algo, sofrer, batalhar, estudar, correr atrás e então... Conseguir! A sensação de vitória, de missão cumprida, de êxito, era inexplicável. Inesquecível.

Mas diante do que estávamos vivendo, não tinha mais esse efeito. Os dias de luta estavam sendo uma grande merda.

Você não sabe se iria viver mais um dia, quer dizer... a gente nunca soube, a morte sempre foi incerta, e de certa forma a única certeza de todos nessa vida. Mas ai do nada os mortos voltavam, se levantavam e vinham nos devorar, era como se ela própria viesse zombar da nossa cara todos os dias, tentando escolher qual seria a próxima senha, a próxima chamada, o próximo nome.

Nem nos meus piores pesadelos imaginei algo assim, e olha que já tive vários, deveria ser bom por um lado, afinal, quem nunca desejou que aquele ente querido voltasse. Mas ali, naquela situação em questão... eles voltam pra nós comer, comer suas tripas e seu cérebro.

As coisas nunca foram tão fáceis para mim, havia perdido meus pais cedo, eu mal lembrava das suas vozes, e os rostos só os recordava por conta das fotos, fui criada pelo meu irmão Shane, que quase nunca estava em casa, sempre precisando fazer turno dobrado na delegacia pra conseguir dar conta de todos os boletos. Era a figura mais próxima de um pai que eu tinha, e eu o amava com todas as forças do meu coração, era grata por tudo que sempre fez por mim, pelas coisas que abdicou da sua vida me criar em segurança.

Quando cheguei na idade para trabalhar, fui garçonete em uma lanchonete perto de casa, Shane não gostou muito de início, mas quando viu que a grana era boa e eu o ajudava nas despesas ele desencanou da minha. Shane sempre teve aquela cara e jeito de durão, mas era um bom homem, sempre se preocupando comigo, era um dos meus melhores amigos. Estudar e trabalhar era difícil pra caralho, mas eu nunca fui uma criança comum, a responsabilidade chegou cedo para mim, então eu meio que consegui conciliar todas as coisas da minha vida, e bom... ter Meredith como amiga fazia tudo ficar mais leve, a garota era maluca, doidinha da cabeça... falava alto, ria de forma escandalosa, onde Meredith chegava tudo ficava colorido, com seu conversível rosa e suas pulseiras coloridas que pegavam quase todo seu pulso. Se ela estivesse aqui, garanto que seria mais fácil tambem, mas eu não sabia onde Mer estava, acredito que como os demais... morta.

CONECTADOS - RICK GRIMES & DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora