𝑻𝒓𝒆𝒎 𝒅𝒂𝒔 𝒐𝒏𝒛𝒆 ★

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Jisung povs:

O som dos copos brindando e o samba de fundo eram os sons mais presentes juntamente com o barulho das conversas alheias, era noite de sexta lua cheia e estava cerca de 29 graus na capital de São Paulo e eu estava sentado no balcão do bar perto da roda de samba enquanto admirava o ambiente, eu amo isso, a beleza brasileira me enche o coração e a forma como as músicas me fazem se entregar a dança é incrível, pedi mais uma ice e continuei a admirar a beleza daquela noite.

Sabe aquilo não durou muito, lá estava eu entregue a grande emoção da dança e levemente alcoolizado mas aquilo era só um detalhe já que eu estava aproveitando o momento para esquecer dos desprazeres da minha querida faculdade, o som de tiro ao Álvaro da Elis Regina tocava e meu corpo se mexia com grande animação, meus fios loiros se balançavam a brisa da noite de uma forma esplêndida, eu cheguei a questionar se realmente fazia 29 graus e não 35 já que eu estava soando e o calor parecia insuportável porém bom, eu estava gostando disso como gosto em todas as noites que me faço presente nas rodas de samba, toques singelos e rodopios eram os que mais se faziam presentes e de certa forma ninguém se importava com quem era seu parceiro já que trocamos muito rapidamente.

Quando o som de trem das onze começou a tocar eu me perdi e me rendi totalmente de corpo e alma a melodia, sinceramente uma das minhas favoritas não poderia negar, a emoção da letra o realismo usado por Adoniran na hora de compor essa obra prima foi indescritível, jisung nunca conseguiria ter um feito tão indescritível quanto aquele, ele apenas dançava lindamente com o coração e alma aquela melodia, até que se depara com belos lábios rosados a sua frente e aparentemente o dono deles não o deixou trocar os parceiros já que o apertou fortemente sua cintura mas jisung não ligou muito e se deixou levar, conforme a música continuava a conexão era estranhamente aparente mas era algo que eles não ligavam já que não se veriam outra vez, eles continuam com o corpo ligados, jisung mantinha os olhos nos lábios rosados e de vez em quando alternava para os cabelos negros e os olhos misterios do menino desconhecido, toques caloroso que tornavam o calor ainda pior e olhadas que pareciam gasolina juntamente com passos que faziam faíscas, aquilo era surreal, o fim da música se fazia presente mas jisung não se afastaria tão cedo visto que o garoto também tinha a mesma intenção já que o apertava mais a cada vez que o fim se mostrava presente, estavam prolongando a conexão improvável e boa que se fazia ali o horário não importava, mas todos aqueles olhares se foram quando jisung decidiu por um fim a pequena distância entre eles, o hálito de maçã verde não se fazia mais presente a única coisa que havia ali era o pequeno gosto da bebida do garoto desconhecido que se mantia ainda nos lábios e após alguns segundos o selinho demorado que veio após uma onda de coragem da parte de jisung, ele se desvinculou dos braços do garoto a sua frente já se virando pra se despedir.

- até nunca mais garoto dos lábios bonitos.- respostas não foram necessárias já após jisung se virar ouviu uma pequena risada gostosa do garoto mas logo se afastou e se misturou com a multidão que já estavam dançando ao som de Nem de graça e jisung corria aos sorrisos no meio do povo, ele ama essa emoção de beijar sobre o som de músicas nacionais muito julgadas como bregas e sem graça mas jisung encontra abrigo ali, foi criado em uma família nada tradicional a onde foi adotado por um casal gay em uma casa não muito grande em que se passava quase 24hrs tocando Gal costa e Luiz Gonzaga, a família é um tanto maluca mas muito acolhedora sempre estavam ali para jisung e lhe mostraram a beleza de sua cultura.

Enquanto jisung corria se deparou com seu amigo que lhe fez companhia na ideia de vir dançar freneticamente por horas ao som de samba, lá estava ele, no caso eles né jungwon e Félix que já topavam as maluquices de jisung desde o primeiro ano da faculdade a onde jisung estava chorando desesperado em um banheiro e os meninos o encontraram lá, jisung chorando por um amor não correspondido e dizendo que estava vivendo Flamingos do baco, ele estava uma bagunça mas os três acabaram rindo da situação e após isso foram para um barzinho a onde jisung era bem conhecido e após isso nunca mais se desgrudaram, foi bem louco mas era a melhor amizade já feita segundo ele.

𝐄𝐔𝐅𝐎𝐑𝐈𝐀 ★ | minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora