Herdeira Rebelde - Destino de Honra

Princípio

Adorada Senhorita Luz,

Apesar dessa ser apenas a terceira carta, sinto que não tenho mais nenhum honorífico pra me dirigir a senhorita. Aliás, fiquei sabendo, por fofocas de tavernas, que vai se casar na Primavera, a estação favorita de sua mãe. Isso deixa uma sensação confortável em meu coração!  Então, por essa ocasião especial, já dou meus comprimentos e solicito perdão antecipado, já não comparecerei ao vosso matrimônio nessa ocasião tão alegre. O ministro é realmente um excelente par para Vossa Graça. Certamente, os delírios infundados sobre seu noivo devem ser fuxicos mal contados, ele parece ser um homem bom e agradável. Contudo, ainda acredito que um gentil príncipe pode ser mais compatível para o porte de uma mulher como senhorita.

Entretanto, não é uma mera governanta que decide sobre essas questões de sua vida, faça como achar mais seguro. O único conselho que posso oferecer-lhe é que pense com cuidado, minha cara, nem sempre as aparências tende a ser tão honestas.

Olha isso! Preciso me apressar é terminar isso o quanto ainda posso escrever. Agora, vou contar como cheguei na sua terra natal.

Era uma estação fria quando comecei minha jornada. A neve caia rigorosamente, após um tempo viajando, principalmente no Sul. Era quase invisível a vista de pessoas pelas estradas coberta de neves, poucos conseguiam se manter nessas situações sem preparo. Mas, como já mencionei, cresci em um ambiente pouco estável. Isso me preparou para muitas corridas de vida. Naquele época, depois de andar por alguns meses, passar entre carroças, tentando não morrer ou ser almejada para um assalto, finalmente havia chegado ao meu destino. Ao alcance do meu sonho.

A Capital do país. 

Se me permite descrever, a sensação de cansado nem mesmo começou a me fadigar quando finalmente vi as belezas da cidade grande. Eram tantas tipos de coisas que me deslumbrei no mesmo instante.

O luxo aparecia sempre na parte mais alto. As lojas enfeitado com placas decoradas com ouro e bronze, as passarelas próximo as mansões eram repletas de flores com tons agradáveis e ótimo cheiros. As palacianas eram tão formosas. Assim como as moças que passavam por mim lotadas de joias e tecidos caros. Tudo parecia tão irreal que momento me questionei se não estava sonhando. Um sonho tão bonito e ganancioso, certamente haveria estrelas cintilado em meus olhos para cada que olhava. Porém, a sensação seguinte que tive depois do esplendor foi, logicamente, a severa realidade.

Pense comigo, eu havia juntando uma pequena quantia em dinheiro, vestia roupas gastas e acessórios de segunda mão, comprados em camelos de feiras, praticamente anunciava a chegada de uma mulher, indiscutivelmente, pobre. Os pequenos gestos de nojo e desagrado das pessoas que tinham aparência de nobres, envergonhou à mim mesma, uma caipira sem classe, e trouxe uma perspectiva bem clara de como as coisas fluíam entre esses muros.

Então, procurei um estalaria próximo as periféricas da cidade, afinal, todo rato sabe onde fica o ninho da mesma espécie, sem muito esforço. A pousada mais próxima que encontrei para me instalar foi próximos margem, quase na entrada. Não era grande coisa, deve ser menor que sua Sala de Jantar central. As cores das paredes rachadas da pousada eram de um marrom escuro e descascado, as plantas pareciam murchas e sem vida, nada de belas flores que vi no começo do caminho. Mas a surpresa ao olhar em volta era a pior sensação.

 Deixe- me te dar um adendo sobre as favelas, acredito que nunca pisou em um local imundo, nunca precisou e rezo para que nunca precise.

A vertigem vinha do cheiro de putrefação da carne morta, complementava se enchiam as vielas de moscas e baratas como parte central. As pessoas ali eram mais desgraçadas que o habitat em que viviam, pareciam se banhar em urina e fezes para obter aquele fedor em seus corpos, impregnado com um odor repulsivo, se chegassem perto poderia pegar em você como uma doença infecciosa. Após alguns anos morando ao lado, nos acostumamos ao ver, mesmo que eu não tenha permanecido ali por um longo tempo. Era pavoroso o quão nojento estava o lugar e era pior por ter que imaginar que poderia ficar naquelas situação. Por isso, apressei-me em arranjar um emprego o quanto antes, assim que me acomodasse.