Affection

CAPÍTULO 13

Wednesday Addams

– Oi, filho. – Digo quando vejo meu gato entrar na cozinha miando. – O cheiro tá bom, né? – Continuo com a conversa unilateral com o gato, enquanto mexo a panela de molho à bolonhesa. – Sabia que a Enid vem aqui hoje? Espero que o gosto esteja tão bom quanto o cheiro. – O gato preto mia em resposta e eu sorrio quando escuto a campainha. – Falando nela! Seja educado, bebê. – Desligo o fogo e ando rápido para abrir a porta, deixei a entrada dela liberada e como moro em condomínio de casas ninguém interfonou.

– Oi. – Ela diz tímida e me deixa um beijinho leve na boca. – Trouxe brownie e sorvete para a sobremesa.

– Não precisava, eu ia pedir algo. – Digo pegando as coisas da mão dela. – Entra, fica à vontade.

– Claro que precisava, não se vai nos lugares com as mãos abanando, principalmente em almoço na casa da chefe. – Ela dá um passo para dentro e eu estreito os olhos para a piada.

– Boba. – Me inclino e deixo mais um beijo em seus lábios.

– Eu tiro o sapato?

– Eu gosto de andar descalça em casa, mas não precisa tirar se não quiser.

– Mas é claro que quero.

– Vem vamos guardar isso na cozinha, estou terminando a comida. – Pego em sua mão a levando até a cozinha. – Já coloquei a mesa, falta só finalizar.

– Hmm e o que fez para comer? O cheiro está ótimo.

– Macarrão à bolonhesa, gosta?

– Muito! – Enid olha em volta enquanto ando para a sala de jantar com o macarrão e o molho. – Onde está o outro morador da casa? – Seguro o riso quando meu gato passa por mim miando, como se soubesse que era a hora dele brilhar.

– Olha só se não é ele entrando na hora certa. – Me abaixo para pegar o gato preto manhoso. – Enid, esse é o meu bebê, Nero. Diga 'oi' para ela, filho. – Os olhos dela foram crescendo conforme fui falando e claro que suas bochechas ficaram rosadas.

– Meu Deus! Você é o Nero? – Ela se aproxima acariciando os pelos do meu gato e me olhando em choque. – Você me fez acreditar que era uma pessoa, Wed!

– Não fiz, não! Te falei que gostaria de te apresentar o Nero e você deduziu sozinha. – Disse rindo, enquanto Nero pulou do meu colo e a puxei para perto.

– Não acredito que fiquei com ciúme de um gato! – Ela resmungou enlaçando meu pescoço com os braços.

– Ah, estava com ciúmes? – Falei como provocação, é claro que estava.

– Você sabe que sim, que vergonha! – Ela diz com as bochechas ainda vermelhas e esconde o rosto em meu pescoço, me fazendo sentir o cheiro gostoso de seus cabelos e sua respiração batendo em minha pele. – Por que você não me falou?

– Porque queria ver sua reação. – Disse ainda rindo e acariciando os cabelos em sua nuca.

– Sem graça. – Ela balbucia como uma verdadeira criança e eu rio mais ainda.

– Muita graça, principalmente sua bochecha vermelhinha. – Disse beijando seu pescoço e levantando sua cabeça do meu pescoço para beijar suas duas bochechas e finalmente sua boca.

– Hm. – Ela resmungou e aprofundou o beijo, para um beijo calmo e gostoso. Sua mão encaixou na minha nuca puxando levemente os cabelos enquanto a puxei para mais perto com as mãos em sua cintura, deixando nossos corpos ainda mais colados, quando o ar começou a faltar nos afastamos com alguns selares leves. – Você tá toda engraçadinha.