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Termino de resolver alguns negócios envolvendo o transporte de cocaina que temos que enviar para Europa até essa semana e deixo tudo nas mãos de Apolo, braço direito do meu pai. Nem eu ou Isabella assumimos a máfia siciliana, pois isso só vai acontecer quando nosso pai, Pietro Mancini, morrer.
Vejo Zara discutir alguma coisa com Colin e reviro os olhos. Esses dois nunca se cansam?
Zara tentou roubar meu primo quando ele estava em Nova York, mas ao invés dele matá-la, acabou se apaixonando perdidamente pela minha atual melhor amiga. Obviamente ele fez a coisa mais normal do mundo: a sequestrou e a trouxe para Itália. Colin tem um temperamento forte e Zara mais ainda, então não poderiam ser mais perfeitos um para o outro.
Zara caminha até mim enquanto Colin grita nas suas costas, mas ela apenas o ignora e aponta para o jardim.
– O que foi dessa fez? – pergunto, no entanto, não estou realmente muito interessada em saber.
– Colin cortou o pau de um homem só porque ele olhou para mim e ficou com raiva quando espanquei a vadia que estava secando ele ontem. – ela revira os olhos.
Zara cresceu nas ruas de Nova York e até eu confesso que ela é bem durona. Sua mãe morreu quando ela tinha seis anos e foi criada pelo pai até os dez anos, quando decidiu sair de casa que compartilhava com o desgraçado abusivo. Ela tem exatamente o perfil que alguém que está na máfia precisa ter.
– Espancar foi pouco, deveria ter matado ela. – dou de ombros quando Zara me olha. – O que foi?
– Soube que foi ontem para a casa da sua irmã. Como foi?
Ignoro sua pergunta e volto a caminhar para dentro de uma das casas que usamos para resolver nossos negócios. Zara me segue, ainda esperando que eu responda.
– Ela está grávida. – conto ao caminhar até o bar. – De novo.
– Porra. – Zara nega com a cabeça. – Espero que dessa vez ela consiga ter esse bebê.
Olho para ela sem nenhuma simpatia.
– Vai ser melhor, Cat. Eles terão a família que sempre sonharam.
Pego o copo que estava na minha mão e jogo na parede ao seu lado. Zara não se assusta.
– Você acha que vou deixá-los serem felizes depois de tudo o que fizeram? Não, eles precisam aprender! – altero o tom de voz.
– Você matou quanto bebês que sua irmã tentou ter? Cinco? Acho melhor você seguir em frente. Kaden ama sua irmã e isso não vai mudar.
Aparentemente Zara é a única pessoa que não tem medo de falar o que bem entende para mim.
– Ele é meu. Eu farei o que for preciso para tê-lo só para mim.
Nem que para isso eu precise tirar Isabella do caminho.
Encontro Kaden conversando com meu pai assim que entro na mansão da família. Ele não percebe minha presença e cruzo os braços esperando eles terminarem.
– Então tudo certo para a viagem que faremos para Polônia? Nada pode sair errado com aquele homem. – meu pai pergunta a Kaden, que afirma seriamente. – Então nos encontramos daqui a dois dias.
Pietro bate em seu ombro de forma amigável antes de caminhar até as escadas. Kaden se vira pronta para ir embora quando finalmente me ver.
Tudo o que vejo em seus olhos são desprezo. Tão diferente da forma como costumava me olhar...
– Deixou sua ratinha em casa? – pergunto, mas ele apenas me ignora e segue até a porta.
Entro no seu caminho.
– Saia da frente. – ele rosna, achando que vou me assustar. Mas eu o conheço melhor do que ninguém. – Você não se cansa, Caterine? Anos estando no meu caminho e de Isabella. É difícil entender que não te quero? Nem hoje e nem nunca.
Ignoro suas palavras ao levo minha mão até seu rosto, acariciando a pele quente com carinho. Kaden olha diretamente nos meus olhos, e tento decifrar o que eles querem dizer.
– Você dizia outra coisa quando estava trepando comigo. O que mudou? Gosta mais de mulheres sem graça como a minha irmãzinha? Me diz... – aproximo meu rosto do seu ouvido. – Ela fica quietinha como costuma ser quando você fode ela? Aposto que ela não sabe como te dar prazer.
Sinto a mão de Kaden segurar o meu pescoço com força e me arrastar até a parede mais próxima. Minha cabeça bate contra a cerâmica e abro um sorriso.
– Amo quando você é agressivo assim. Me lembra dos velhos tempos.
Passo a língua pela sua bochecha assim que seu rosto se aproxima ainda mais do meu. Kaden segura meu maxilar com agressividade e faz questão de arranhar minha pele com sua unha. Desfiro um tapa contra seu rosto, fazendo seu lábio inferior sangrar por causa do meu anel.
– Se faz tanta questão de me agarrar pode me foder agora mesmo.
Kaden continua com sangue nos olhos, entretanto, algo muda no seu olhar quando ele olha para minha boca.
– Vadia!
Ele bate mais uma vez minha cabeça contra a cerâmica, agora com força suficiente para sair um filete de sangue.
– Se você se aproximar de novo de mim ou da minha família, eu juro que...
– Que o que? Vai me matar? Gostaria de ver você tentar.
Kaden se afasta com um rosnado, passando a mão pelo cabelo já bagunçado.
– Kaden.
Chamo por ele, que não se vira para mim, mas sei que está me ouvindo.
– Você ainda vai ser meu.
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DONT BLAME ME
Storie d'amoreQuando o herdeiro da máfia escandinava e a princesinha da máfia siciliana finalmente se conhecem nada seria capaz de separa-los. Caterina foi prometida a Kaden antes mesmo de nascer, mas isso não foi nenhum problema para os dois que se apaixonaram a...