Estranhos

140 15 19
                                    

Lee Felix                               ~                       ( 2:56 da madrugada )




Acordei assustado e sentindo um cheiro forte de meu pai, ele parecia super irritado e com medo, deu pra escutar coisas quebrando e passos para todo lado, me levantei e fui em direção a porta para tentar escutar mas cai após algo bate tão forte na porta que pareceu que ela ia cair em cima de mim




Me levantei e peguei uma tesoura voltando para a porta em seguida, destranquei devagar e fui abrindo uma pequena greta a te conseguir enxergar algo




Não tinha nada lá, olhei mais um pouquinho pro lado e...tinha um cara com uma arma apontada para o meu pai, ele olho pra mim e mirou bem na porta puxando o gatilho e atirou, felizmente eu consegui fechar a porta e tranca-lá na hora.


- SAÍ DAI AGORA!- gritou, era uma voz grossa e fria.



- Filho vem cá!- meu pai disse com a voz trêmula.



- SE VOCÊ NÃO SAIR EU MATO ELE!- escutei ele puxar o gatilho.



- SEU INÚTIL! VAI DEIXAR O SEU PAI MO- antes que pudesse pensar escutei o barulho de um tiro.



Não.. não.. não pode ser! me levantei destrancando a porta, abri e o cara já havia ido embora só sobrou o corpo do meu pai no chão.



- Pai acordar.- uma poça de sangue começou a se formar, me ajoelhei ao seu lado. - Pai?- chacoalhei ele.- Acorda...PAI PAI!- eu o matei?





Eu estava sentado do lado de fora da casa chorando com apenas um cobertor que a polícia me entregou, minhas lágrimas eram de uma alma morta e que se perdeu, tudo isso em 3 dias eu fiquei "sem"  família.



- Ele era alto, vestia roupas pretas, sua voz era grossa mas firme e suave, seus cabelos eram pretos e é só isso que eu lembro.- eu não conseguia parar de chorar.


- Muito obrigado pelo seu depoimento, entraremos em contato com algum familiar seu você tera que passar a noite na delegacia até alguém te buscar.- disse o policial sério porém calmo.


- Jovem temos uma notícia para você.- olhei para cima enxergando so borrão com uma voz feminina.- Um tio seu entrou em contato e você poderá ir para a casa dele, mas primeiro ele tera que levar alguns documentos de comprovação e se ele realmente for um parente seu ele será "seu novo pai", qualquer problema você deve contatar a polícia e iremos nos responsabilizar por você.- reverênciou.



Eu entrei dentro da viatura ainda com a coberta que me deram, eles me levaram para delegacia e eu sentei em um banquinho de espera, logo vi uma policial chegando com um salgadinho e um suco de lata.



- Aqui querido, creio que ainda não comeu.- colocou o lanche em meu colo.



- Obri...obrigado.- assenti com a cabeça levemente.


- Denada!...Fe..lix? e Felix né?- se sentou ao meu lado.


- Sim.


- Seu nome e diferente do que eu costumo ver por ai, você veio de outro país não é?- apoiou sua mão em minha costas fazendo um carinho.



- Sim, sou australiano.


- Que legal! meus avós também eram australianos.- cruzou as pernas e coloco as mãos uma sobre a outra no joelho.



- Eles ainda estão na Austrália? ou moram aqui na Coreia?- olhei em seus olhos castanhos muito bonitos.


- Eles moram no céu!- deu um grande sorriso.


- Desculpa! eu falei errado.



- Não tem problema você não é adivinha, eu fico feliz em imagina que pessoas boas se tornam as estrelas mais brilhantes ja as mas se tornam as mais apagadas, cada um enxergar estrelas diferentes elas nunca são as mesmas e as afastadas estão esperando o momento para brilhar mais do que todas!- ajeitou meu cabelo.- Coma a vontade.- deu mais um sorriso antes de ir.



Se realmente fizer sentido eu não consigo enxergar nem o céu, eu fiquei um pouco mais calma mas ainda pensativo quem será que vai querer ficar comigo? será que eu vou para adoção se ninguém quiser ficar comigo?!


- Oi, tudo bem?- um rapaz alto de cabelos pretos me comprimentou.


- Oi.- olhei ele se afastar.



Esse cheiro e bem familiar, eu conheço de algum lugar mas eu devo está confundindo, parando para pensar quem fará o enterro do meu pai? eu não tenho dinheiro para plano funerário muito menos sei se esse "tio" terá condições.



O rapaz que tinha me cumprimentado chegou e se sentou ao meu lado, ficou um silêncio por um tempo até que esse homem resolveu quebrar esse silêncio puxando assunto comigo.




- Quantos aninhos você tem querido?- sentou de pernas e braços cruzados.




- Vou fazer 18 e vc senhor?- ele deu um sorriso lindo.




- Não me chame de senhor, eu me sinto muito velho mas eu tenho apenas 28 anos apenas.- deu uma risada.





- Com todo respeito você está chegando nós trinta e depois vem os quarentas e quarenta anos já e idoso então para mim 28 e muita coisa.- zoei.




- Meu esposo diz a mesma coisa - se levantou ao ver a policial. - Tchau, tchau Felix.- acenou.





- Me diga o seu nome ja que você ja sabe o meu?- segurei sua mão.





- Logo, logo você vai descobrir.- saiu da minha vista.




A polícia chegou até mim e pediu para mim acompanha-la, enquanto andávamos pelo corredor ela tentava me tranquilizar e dizer o quão era bom conviver com pessoas diferentes, as novas experiências e como seria divertido inventa um novo jeito de viver.


- Esse será o seu tio.- ela estendeu a mão apontando para um rapaz.

- ela estendeu a mão apontando para um rapaz

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- O senhor e o meu tio?- arregalei os olhos.


-  Eu espero que vocês se dêem bem, qualquer coisa e só você ligar para a polícia e dizer "posso falar com a Luna" que passaram para mim.- segurou em meus ombros.


- Luna?


- Sim! eu sei que e diferente e por que foi uma homenagem a minha avó, agora vai e aproveita.- ela deu um empurrãozinho fazendo eu dar dois passos para trás.



-  Oi novamente querido!- o homem me olhou com um sorriso.


- O senhor e meu tio?- desci alguns degraus.


- Por favor agora me chame de Papai Chan.



Adivinhe a música:

My only loveee
No a byle lalalala co ro rom mole tcha cu tcha cu

I Choose You  ( hyunlix )Onde histórias criam vida. Descubra agora