Ato II: A slow death... (2/2)

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“I close my eyes,
Only for a moment, and the moment’s gone.”
“Dust in the Wind, Kansas.”

— Não só isso, eu já vi a garota falando sozinha, senhor… — a madre superiora sussurra para o pároco responsável pelo orfanato e imediatamente os olhos dele vão para a garota do outro lado do vidro.

— Como assim sozinha? — ele pergunta como se aquilo fosse uma ofensa.

— Sozinha… Imagino que talvez ela esteja possuída, ou pior.

O padre então arregala os olhos como se considerasse aquela idéia. Era possível dentro do cristianismo, aquilo exigiria um padre específico e sessões de exorcismo, mas o homem de jaleco branco ao lado deles apenas revira os olhos com aquilo.

— Ah, vocês são malucos. — a voz do psiquiatra ao lado deles corta aquele assunto e pegando uma prancheta em cima da mesa atrás dele, ele se encaminha sem pensar até a porta que separava os três de Sophie ajeitando os seus óculos acima de seu nariz.

— Estou com sede.

É a primeira coisa que Sophie fala quando escuta a porta da sala ser aberta, sua garganta seca faz a frase sair arrastada, mas apesar de não conhecer o homem, ela sentia que não tinha nada a perder agora. A madre e o padre entram logo atrás de Sophie, mas balançam a cabeça em negativa para ela antes do psiquiatra se irritar e respirando fundo, sair da sala por um instante e voltar com um copo de água para a garota o deixando sobre a mesa a sua frente. Engolindo seco de sede, ela balança seus ombros mostrando que não conseguia se mover para beber, então, mesmo com relutância, ele solta suas mãos para que ela pudesse beber água.

Assim que Sophie está livre, o homem faz algumas perguntas básicas e de reconhecimento para ela e mesmo com dor, Sophie se permite sorrir quando o homem oferece um pirulito para ela. A lembrando que ela ainda era uma criança, a lembrando que ela não deveria estar passando por aquilo… Mesmo assim, após um tempo, Sophie já respondia tudo com naturalidade, ele havia ganhado a confiança dela, o quê fez novamente ele pensar que a garotinha era tão fácil de ser amigável que até o pouco a agradava.

— Então… Escuta vozes, Sophie? — ele pergunta de maneira cautelosa, mas os olhos de Sophie vão de relance para a madre e o padre, um de cada lado nas cadeiras ao lado do psiquiatra antes de acenar com certo receio que sim.

— O tempo todo.

— E foi elas quem te disseram para fazer aquilo com Victoria? — ele ainda pergunta tudo de maneira cautelosa como se não quisesse instigar algo na garotinha enquanto ela ainda mantinha o pirulito em sua boca.

— Não, elas não dizem isso.

Sophie responde de maneira genuína e sincera negando com a cabeça e baixando seus olhos agora cansados de tantas perguntas.

— E o quê elas dizem, Sophie?

— Vocês não entenderiam…

— Nos diga… Iremos te ajudar.

— Não… — ela fala agora negando mais forte com a cabeça enquanto mantém os olhos em seus pés não querendo falar sobre aquilo.

— Não… — ela fala agora negando mais forte com a cabeça enquanto mantém os olhos em seus pés não querendo falar sobre aquilo

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⏰ Última atualização: Apr 23 ⏰

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Burnt Soul: Sophie.Onde histórias criam vida. Descubra agora