Laços de Amizade e Novos Inícios

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*Jisoo POV

No intervalo, eu caminhava pelo pátio da escola, procurando por minhas amigas. De longe, avistei Rosé, que já estava completamente integrada ao grupo, sorridente e conversando animadamente com Nayeon, Lisa, Yeri e Seulgi. A visão me fez sorrir, sentindo uma onda de alívio e alegria ao ver que minha amiga de infância estava se adaptando tão bem.

"Jisoo, até que enfim você chegou, minha princesa!" disse Nayeon, brincando.

"Obrigada pela gentileza, Nayeon. Assim eu me apaixono," respondi, com uma piscadela, embora esse não seja exatamente meu forte.

"Assim eu vou me iludir," retrucou Nayeon, com um toque de sarcasmo.

"Chega desse papo de gay," interrompeu Seulgi, rindo.

"Eu amo a sua paciência, Seulgi," digo provocando risadas.

"E eu amo ouvir vocês," replicou Seulgi. "Rosé, deixa eu te avisar: esse grupo aqui não tem ninguém normal. Só eu me salvo."

"Engraçado, Seulgi," disse Lisa. "De nós todas, você é a mais doida!"

"Que piadista você é, Lisa! Você deveria abrir um show de stand-up," brincou Seulgi.

"Pois é, e você será a primeira a se apresentar!" respondeu Lisa, entrando na brincadeira.

Observei a interação entre as amigas, sorrindo com as provocações mútuas. Elas podiam ser exageradas às vezes, mas era parte do charme do grupo. No entanto, notei que Rosé parecia um pouco desconfortável com a brincadeira.

"Chega, pessoal. Vocês estão assustando a Rosé," tentei mudar o tom.

"Tá tudo bem, Jisoo, eu tô gostando," disse Rosé, tranquilizando-me com um sorriso.

"Tá vendo, chuchu? A gente não está assustando a Rosé," comentou Lisa, piscando para mim.

"Eu já disse para não me chamar de chuchu, Manoban," digo, rindo. "Agora chega desse papo, vamos comer!"

"Vamos, meu chuchu," respondeu Lisa, com um ar de desafio.

"O amor e ódio entre essas duas é tão fofo," comentou Nayeon, provocando uma risada geral.

"Jesus Cristo, essas duas são demais!" exclamou Yeri, como se estivesse exasperada.

"Desculpa por assustar, Rosé," disse Yeri, com um sorriso genuíno.

"Tranquilo, Yeri. Eu acho fofo o jeito delas," respondeu Rosé, sentindo-se cada vez mais à vontade.

Enquanto o grupo seguia para a cantina, entre risadas e provocações, senti uma sensação de paz. A presença de Rosé completava o grupo, trazendo um equilíbrio suave ao caos animado das amigas. A cada momento com elas, percebia que, apesar das brincadeiras, havia uma forte conexão que nos unia. E enquanto nos dirigíamos à cantina, sabia que aquele seria um ano cheio de momentos inesquecíveis ao lado dessas pessoas especiais.

Com as bandejas na mão, seguimos para a mesa mais ao fundo da cantina, onde as conversas podiam acontecer sem ser interrompidas pelo burburinho geral. Escolhi um lugar perto da janela, onde a luz suave da tarde iluminava o ambiente com um toque dourado. O sol entrava de mansinho, criando sombras delicadas que dançavam sobre a mesa.

Rosé sentou-se ao meu lado, enquanto Lisa ocupou o assento à sua frente. Seulgi e Yeri se acomodaram do outro lado da mesa, com Nayeon no centro, sempre pronta para começar uma discussão animada. A sensação de camaradagem era palpável, e as risadas eram contagiantes.

"Vocês ouviram falar da nova aluna ricaça que vai entrar para a turma?" perguntou Seulgi, enquanto mexia no celular.

"Ouvi sim, dizem que ela é super exigente," respondeu Nayeon, levantando uma sobrancelha. "Mas eu gosto disso. Se eu fosse rica, seria nesse nível."

"Eu não sei... Gente rica e exigente me dá um pouco de medo," comentei, sorrindo timidamente.

"Ah, você é tão fofa, chuchu," disse Lisa. "Eu, por outro lado, estou ansiosa para conhecê-la. Nosso grupo só tem gente pobre e, com essa nova aluna, vamos ter uma ricaça no grupo."

As meninas trocaram olhares incrédulos, e Lisa continuou com seu argumento.

"Eu tô falando sério! Ter uma amiga rica seria ótimo. Imagina as festas, os presentes... seria o máximo!"

As meninas ergueram as sobrancelhas, fingindo ofensa. "Sério, Lisa, você só pensa em dinheiro, menina," comentou Yeri, provocando uma risada geral.

Todos riram, e eu acrescentei: "Lisa, desde que o ano começou, você só pensa em fazer amizade com gente rica."

"É sério, meninas. Vai ser incrível ter uma amiga rica," insistiu Lisa, com um brilho nos olhos.

Enquanto a conversa fluía, olhei ao redor da cantina. Era reconfortante estar ali, entre amigos, compartilhando piadas e histórias. Havia algo especial na simplicidade desses momentos, como se cada palavra, cada risada, fosse um fio que entrelaçava nossas vidas.

"Então, quais são os planos para o fim de semana?" perguntou Lisa, mudando de assunto. "Alguém tem alguma ideia de algo divertido para fazermos?"

"Podemos ir ao cinema," sugeriu Rosé. "Ou talvez fazer um piquenique no parque. O tempo está ótimo."

"Eu gosto da ideia do piquenique," digo sorrindo. "Afinal, precisamos aproveitar o bom tempo enquanto ele dura."

Nayeon concordou, animada com a sugestão. "Piquenique soa perfeito. Podemos levar música, comida e talvez jogar alguns jogos."

O grupo começou a fazer planos, cada um sugerindo algo diferente para o piquenique. As ideias iam e vinham, enquanto as bandejas de comida iam ficando vazias. Eu me sentia feliz ao ver a empolgação de todos, sabendo que, independentemente do que acontecesse, teríamos um fim de semana memorável juntos.

À medida que o intervalo chegava ao fim e a cantina começava a esvaziar, olhei para minhas amigas, sentindo-me grata por tê-las em minha vida. Cada uma delas trazia algo único para o grupo, e juntas, formávamos uma conexão mais forte do que qualquer dificuldade que pudéssemos enfrentar. Acompanhada de minhas amigas, eu sabia que o último ano do ensino médio seria especial, um capítulo repleto de momentos inesquecíveis que guardaria para sempre no coração.

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