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   Quando a saudade bate a minha porta eu a deixo atrás, pego a minha caneta algumas folhas em branco e a derramo sobre o papel e por um breve momento enquanto penso nos seus detalhes eu consigo os ver enquanto escrevo.
    Eu vejo suas pupilas diante, eu vejo os povos do teu rosto e as rachaduras dos teus lábios o seu cheiro invade minhas narinas. Um cheiro doce e suave de um tempo que insiste em morar no passado. Vejo suas curvas suas unhas que tatuavam minhas costas, mas não consigo ver seu sorriso, não mais!.
     Após te ver só o suficiente para continuar respirando. Eu rasgo o papel e o jogo no lixo, me despeço da saudade e rezo para que ela não volte no outro dia. Mas ela sempre volta..

COISAS QUE EU GUARDEI PRA MIM!Onde histórias criam vida. Descubra agora