Espada Legado - Serena

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— Esperem aí! — Andromeda gritou. — Vamos terminar as apresentações e aí partiremos ao duelo de vocês. Que tal?

— Por mim tudo bem — disse Hitomi, colocando seus óculos escuros enquanto seus olhos voltavam ao normal.

— Sem problemas! — ironizou Jack. — Posso esmurrar a ceguinha depois dessa baboseira aqui.

— Certo — A professora sentou na mesa para descansar. — Pode continuar então, Yugen. Cê ainda tem que falar do seu Artefato Espiritual.

— Ah, claro — disse Hitomi, coçando os olhos, que era uma consequência de ativar o seu poder. — Meu Artefato se chama Olhos Cruzados. Como eu tinha dito, eu posso enxergar o Éden do universo. Não é lá grandes coisas, já que eu só consigo enxergar formas e energia. E como é meio óbvio, sem eles eu sou cega.

— Entendi — Andromeda sorriu para a aluna —, parece que você subestima o próprio poder. Mas sem problemas! Eu estou aqui para ensiná-los a controlar seus Artefatos mesmo. Próximo! Você aí, garota de óculos!

— E-eu?! — perguntou Rise, levantando da cadeira rapidamente, tremendo de nervosismo por ser muito tímida. Ela tinha mais traços japoneses do que a maioria dos colegas, era baixa e sempre prendia o cabelo acinzentado em um rabo de cavalo. Juntando todas suas forças para superar o medo, ela continuou: — M-meu nome é Rise Ihito! Eu tenho 15 anos, e eu quero me tornar uma Caçadora pra ajudar as pessoas! O meu Artefato se chama Desintegrar, mas é bem ruinzinho. Ao destruir uma das minhas unhas, eu posso desmanchar pequenos objetos, atirando uma rajada de energia invisível como se fosse um projétil.

— Ao troco da unha? — Andromeda questionou, sempre com um sorriso no rosto, sem conseguir conter a empolgação de conhecer uma turma nova. — Uau. É um poder esquisito, pra falar a verdade. Mas com certeza tem um potencial escondido! Próximo!

— Opa, acho que sou eu — Raphael se levantou, desajeitado, como se estivesse com a cabeça em outro lugar. Ele era um jovem de pele parda e cabelo liso castanho, jogado para os dois lados —, então... tá, nome. Eu me chamo Raphael Santos, tenho 16 anos e vou me tornar um Caçador pra salvar o mundo ou coisa parecida.

— Tá, é um sonho normal...! — Andromeda interrompeu antes que outro aluno falasse alguma coisa, percebendo que o garoto não queria estar naquela escola. — Faltou o seu Artefato, Santos.

— Ah, droga... — Revirando os olhos, ficou ainda mais claro que Raphael queria ir embora. — Meu Artefato se chama EMP. Eu posso anular outros Artefatos Espirituais com o toque das mãos. Eu também posso liberar esse poder como um pulso de energia.

— Uau, parece ótimo! Próximo!

— Sou euzinho! — Zeca bradou, com um sorriso confiante no rosto, praticamente deitado na cadeira com os pés em cima da mesa. Ele era um garoto de pele clara, cabelo ondulado preto na altura dos ombros e barba por fazer. Diferente dos outros alunos, ele usava um chapéu há muitos anos fora de moda: um fedora preto.

— Tire os pés da mesa, maloqueiro! — Andromeda reclamou, mesmo que não ligasse para como os alunos se comportavam dentro da sala de aula.

— Ai, tá bom, tá bom... — Dando de ombros, Zeca levantou e encarou os outros colegas. Sendo um jovem alto, ele sentia-se superior aos colegas só de olhar para eles. — Meu nome é Zeca Abreu, tenho 16 anos e vou ser um Caçador para me divertir! Antes que o Jackinho fale alguma coisa, eu também quero salvar as pessoas, fechou? Eu não vou ter fãs se as pessoas não estiverem vivas! Meu Artefato se chama Notas Musicais. Eu posso aplicar buffs ou debuffs nas coisas dependendo da música que eu tocar. É tão versátil que nem eu sei os meus limites.

Olhos Cruzados e as Espadas LegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora