A parede

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Stela

Eu olhava a cidade iluminada pela janela do carro, quando uma notificação apareceu em meu celular, Piastri havia me seguido.

- Gostou do jantar filha? - Meu pai quebrou o silêncio.

- Você se refere a comida ou ao evento? - Dei uma pequena risada.

- Não seja boba Lela...- Minha mãe balançou a cabeça.

- Gostei sim, foi especial, sempre é...

- Fez amigos hoje. - Meu pai jogou verde.

- É, de certa forma... os garotos são legais, provavelmente iremos acabar nos esbarrando por Interlagos em novembro.

- Ou aqui mesmo, se você for fazer o mural. - Minha mãe me lembrou.

- Acho difícil, amanhã eu irei ver tudo, tirar medidas, mas vou voltar pro Brasil até que eles aprovem um desenho... Até voltar eles provavelmente já tenham iniciado a temporada, provavelmente não irei vê-los.

- Pensei que você funcionasse melhor trabalhando em ideias no lugar da obra... Não? - Meu pai questionou.

- Talvez no Brasil funcione assim, mas aqui eu vou estar muito longe de casa, é diferente.

Eu estava decidida, eu faria toda a parte inicial no Brasil, só voltaria para a Inglaterra para por em prática.

No outro dia fui até a McLaren novamente, era domingo, mas como voltaria para casa na mesma noite eles me receberam.

Fizemos a cotação da parede e discutimos algumas ideias e exigências da equipe.

Na mesma noite eu e meus pais  voltamos ao Brasil.

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Fazia uma semana que havia voltado da Inglaterra, e eu não tinha absolutamente nada. Nenhuma ideia se quer. Nada se encaixava na minha cabeça.

Então após uma conversa com meus pais, e uma pequena reunião com Beatrice, decidi voltar para a woking. Na minha cabeça não era o ideal, mas eu tinha um prazo a cumprir. Era a única opção, voltar ou passar para outro artista, algo que eu não queria.

Não sabia exatamente quanto tempo eu ficaria lá, e se em algum intervalo de tempo eu voltaria para ao Brasil. Então tentei me preparar para qualquer situação.

Eu e minhas malas gigantescas voamos para a Inglaterra.

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Cheguei em uma manhã fria mas ensolarada de terça-feira.
Fui recebida no aeroporto por Beatrice.

- Voce não reservou hotel né? - Perguntou.

- Meu deus, não, esqueci Completamente... - Fique chocada com minha própria falta de noção. - Você tem algum para me indicar, que seja mais perto da sede do que o que fiquei com meus pais?

- Não, não se preocupe. Você vai ficar em uma loft perto da empresa, já está tudo certo. Alguns de nossos funcionários moram no mesmo prédio, então vai ser melhor.

- Nossa, eu agradeço a gentileza...

- Tudo bem, além de fazer a arte toda sozinha você insistiu em não ser paga, é o mínimo que podemos fazer.

Continuamos conversando no carro. Chegamos a um edifício que só de olhar parecia ter uma vista linda das janelas.

Subimos até o nono dos dez andares, e Beatrice me ajudou com minhas malas.

A Arte De Pilotar - Oscar Piastri Onde histórias criam vida. Descubra agora