A Arte De Pilotar - Oscar Piastri

Interrompido

🎨

Stela

Eu olhava o avião se aproximando do solo inglês pela janela. Minha cabeça parecia uma grande casa bagunçada, e quem desarrumou tudo foi aquele peste do Piloto da McLaren, quando resolveu se tornar o dono de todos meus pensamentos.

O vôo da equipe só chegaria de madrugada na Inglaterra, eu teria metade de um dia até que meu vizinho chegasse.

Por incrível que pareça eu e Oscar nunca trocamos contato, afinal não precisávamos, nos encontrávamos todos os dias de manhã, e agora eu sabia que não era por coincidência. Então ele não receberia nenhuma notícia minha, e vice versa.

Cheguei no apartamento, joguei minhas malas para o canto e me espalhei no colchão.

Minha mãe tinha me pedido para avisar quando chegasse. Então liguei para ela.

- Oi! Como foi a viagem meu anjo? - Falou ao atender.

- Bem, acordei muito cedo, mas foi tudo tranquilo. Como estão as coisas ai?

- Estamos bem filha, apenas com saudades.

- Também estou... Comprei lembranças de Bahein pra vocês. Logo estarei aí para entregar.

- Que bom. Quando pensa em vir?

- Na verdade não sei, vou ver como as coisas vão andar essa semana, aí decido se emendo o trabalho ou faço uma pausa de uma semana para ver vocês.

- Faça a pausa filha! Venha nos ver. - Meu pai gritou de longe na ligação.

- Seu pai pediu que

- Eu escutei mamãe... - Dei risada.

- Bem, veja aí e nos avise.

- Tá Bem, agora vou dormir um pouco, passei a noite acordada. Amo vocês!

- Também te amamos amorzinho. Tchau.

Desliguei a ligação. Não estava com sono, na verdade estava, mas não ia conseguir dormir. Fui até a cozinha e abri a caixa de remédios, peguei o remédio mais forte para dormir e tomei.

Acordei assustada. Alguém batia forte na porta. Olhei o relógio e eram 3:45 da madrugada.

Fui correndo ver o que era, podia ser um incêndio ou algo assim. Não pensei duas vezes antes de abrir a porta.

Dei de cara com Oscar.

- Caralho peste! Quer me matar do coração?

- Estou batendo a minutos e você não atende. - Explicou.

- Tomei remédio e desmaiei de cansaço, estava dormindo, lógico que não ia escutar! - Falei em tom de repreensão. - São quase 4 da manhã, o que você está fazendo aqui?

- O que você acha Stela? Você não  deu notícias depois do elevador. Quando voltei ao andar você já tinha desaparecido, e de manhã já estava no meio do caminho para cá! - Disse meio sem paciência.

Eu não disse nada, apenas olhei ao redor pensando o que falaria.

Então sem aviso ele me agarrou pela cintura e me beijou, entrou no meu apartamento, me encostou na parede e fechou a porta.