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Depois do sexo incrível que eu tive ontem, fizemos novamente e foi a noite toda assim praticamente. Eu me senti muito relaxada, todo momento ele ficava preocupado comigo, se estava machucando ou não, mas ao mesmo tempo sendo fofo e um puta safado.

Já está de manhã, Pedro já saiu para trabalhar e ainda deu tempo de tomarmos café juntos.

Hoje é dia vinte e três de Setembro, aniversário da minha mãe, e eu fico mais triste quando chega essa data, acabo lembrando dela, todas as lembranças as em minha mente, lembro de como ela era feliz e como ela amava comemorar aniversários, principalmente o meu e o dela.

Fui tomar um banho e tentar relaxar, estava sentindo um pouco de dor, mas era uma dor tranquila de suportar.

Entro dentro do chuveiro e sinto a água cair sobre minha cabeça e molhando todo o meu corpo e junto com a água que cai sobre o meu corpo, não consigo controlar minhas lágrimas, e começo a chorar. 

Ana: Desculpa mamãe, eu não consigo ser forte, não consigo sem você aqui comigo. Eu estou tentando seguir minha vida, mas muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. Como eu queria o seu abraço apertado de todos os dias, como eu queria o seu carinho, os seus conselhos. - Deixo o choro me tomar por completo e me encosto na parede do box e vou escorregando até sentar no chão e ficar ali. - Eu te amo mamãe, ainda vou te dar muito orgulho, eu prometo. Agora que estou trabalhando, mamãe, vou conseguir pagar mais um ano do seu túmulo, e eu vou sempre pagar.

Todo ano eu vou no cemitério para ver ela, hoje é um sábado e o dia está lindo, como ela gostava.

Já saí do banheiro e me troquei colocando uma calça e uma blusa vermelha, que era sua cor preferida. Peguei minha mochila e coloquei minha carteira.

E sai de casa trancando tudo.

Meno: Bom dia patroa.

Ana: Bom dia. - Dei um bom dia, mas dava para perceber minha voz de choro e a maquiagem que eu fiz não deu muito certo não.

Meno: Aconteceu alguma coisa?

Ana: Não, obrigada.

Fui descendo o morro olhando para baixo, não queria que ninguém percebesse minha cara de choro, até porque seria motivo de assunto.

Cheguei na entrada do morro e pedi um mototáxi para me levar até o cemitério, mas antes perguntei se ele poderia passar em uma floricultura. Ele me emprestou um capacete e fui o caminho todo admirando a paisagem e tudo me lembrava ela, o céu azul, as árvores, o vento, tudo me lembrava dela. 

Chegamos no cemitério, paguei ele e fui até a entrada e já vi vários túmulos, como é ruim perder alguém que amamos. Fui orando o pai nosso até chegar no túmulo da mamãe.

Já estava chorando horrores em ver o túmulo dela, bem aqui na minha frente.

Ana: Oi mamãe, feliz aniversário! Olha o que eu trouxe para a senhora, sua flor preferida, uma orquídea branca, ela era a última na floricultura, certeza que estava esperando por mim. Eu preciso te contar algo, a senhora sempre me falou para quando acontecesse, que a senhora gostaria de ser a primeira a saber, então mamãe, eu perdi a virgindade. - Respirei fundo e sequei as lágrimas que caiam. - Eu gosto dele, demorei muito para saber se ele seria a pessoa certa para esse momento importante da minha vida. Como eu queria ter você aqui mãe, sinto sua falta todos os dias. Mas sei que agora a senhora está em um lugar melhor, sei que lutou até onde deu, sua força me motiva todos os dias.

Fiquei ali por mais ou menos duas horas conversando com ela, contando como está minha vida e como tudo mudou depois que ela se foi. Eu sei que ela estivesse aqui, seria tudo melhor, mas também sei que talvez eu não estaria vivendo o que estou vivendo hoje.

Ana: Hoje eu vou fazer tudo o que a gente fazia juntas no seu aniversário, o que a senhora mais gosta de fazer. Vou almoçar no seu restaurante preferido e vou no mirante dona Marta. Quero que seu dia hoje seja incrível mamãe. Apenas eu e você.

Saí do cemitério e fui até o restaurante que ela gostava e comi tudo o que a gente sempre comia juntas, depois disso pedi um uber e fui até o mirante que a gente gostava de ver o nascer do sol, era lindo de se ver. Fiquei lá até o sol se pôr, depois disso voltei para a minha realidade que era o morro. Dentro do uber peguei o meu celular e vi que tinha várias mensagens do Pedro, então liguei de volta para ele.

Tava chamando, mas ele tava demorando um pouco para atender o celular.

Pedro - Oi preta, cadê tu, sumiu.

Oi lindo, hoje é aniversário da minha mãe, vim ver ela.

Pedro- Caramba, não sabia amor. Cê tá bem?

Agora já estou melhor. Queria falar alguma coisa comigo? Estou nu uber, indo para casa.

Pedro- Só queria saber onde você estava, fiquei preocupado. Beijinhos, vou voltar ao trabalho.

Fui o caminho vendo minhas fotos com minha mamãe, ela era linda.

Espero que estejam gostando!

Deixem a estrelinha para me ajudar.
⭐️

No morro da Rocinha (pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora