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Ana

Estava no quarto com a Sofia e começamos a ouvir passos e ouvi a voz do meu pai, mas não deve ser ele, não é possível.

A porta do quarto foi aberta e junto com a porta, entra meu pai. Não acredito que ele está envolvido nisso, ele só pode estar me zoando.

Olhei na cara dele, com um ódio tão grande, como ele consegue ser capaz disso.

Marcos: Oi filha, que saudade.

Ele veio para perto de mim, tentando me dar um abraço mais me afastei.

Ana: Fica longe de mim, eu te odeio, como você pode ser capaz de fazer isso comigo? Você é meu pai! - Já estava chorando, não de tristeza, mas de raiva.

Marcos: Por favor, me perdoe, eu não queria ter te jogado para fora de casa.

Ana: Mas me colocou, e eu não tinha ninguém para poder confiar, tive que confiar em estranhos, e você nem quis saber de mim. Você é um monstro, eu odeio você, quero que você vá se fuder. - Senti uma ardência no rosto e tinha sido ele, ele tinha me batido.

Marcos: Mas respeito comigo, ainda sou seu pai.

Ana: Que grande merda em, veio aqui pedir desculpas, mas está me batendo - soltei uma risada de deboche e olhei na cara dela - Eu quero que você morra, e você vai morrer, meu namorado está vindo me buscar, e você vai pagar caro por isso.

Marcos: Sua mãe deve estar morrendo de vergonha de você, virou uma prostituta mesmo, uma vagabunda que namora um bandidinho de merda. Eu tenho nojo de você, quero mais é que você morra mesmo.

Aquelas palavras foram como uma faca no meu peito, mas não me importei com isso, para mim, ele já era um homem morto, eu mesma vou querer ver ele morrer.

Ele ficou me encarando e logo entrou o Vitor, que me levou a força para um galpão todo sujo, e ainda me ameaçou, se eu não vinhesse a Sofia iria pagar no meu lugar.

Vitor: Preparada?

Ele me olhava com um olhar matador, com sangue nos olhos. Mas não vou abaixar a cabeça, sou forte, sou capaz de tudo, sei que se eu for fraca, Sofia vai pagar por isso, preciso me manter forte para proteger ela.

Ele vem na minha direção e me dá um tapa tão forte, que cheguei ficar tonta. De longe, um pouco atrás do Vitor, eu conseguia ver meu pai.

Encarei o Vitor e fixei meus olhos nos dele.

Vitor: Hoje vai ser seu fim, preciso que você sofra, pois hoje vamos ligar para o seu amorzinho.

O que, ele vai ligar para o Pedro, que merda. Se o Pedro me ver assim, vai dar merda.

[...]

Eu não estava aguentando mais, ela já tinha me batido tanto, não só ele, mais dois meninos que estão aqui também. Ele queria me deixar bem machucada para afetar o Pedro. É, ele conseguir.

Ele vai até a mesa e pega o celular e liga para o Pedro por chamada de vídeo.

Pedro- Cadê ela Vitor, você vai me pagar caro.

Calma, eu liguei especificamente para você falar com ela, olha como ela está.

Ele vira a câmera para mim e eu consigo ver o semblante do Pedro de preocupado indo para um semblante de raiva.

Pedro- EU VOU TE MATAR VITOR, NÃO TOCA  NELA NOVAMENTE.

Vitor entrega o celular para um dos meninos filmarem o que estava acontecendo. Ele pega uma faca e um álcool e vem na minha direção.

Tá vendo? espero  que sim, pois esse show é para você.

Pedro- Não toca nela, não faz nada com ela Vitor, você vai se arrepender de ter nascido. - Vitor chega do meu lado e a faca que ele estava na mão, faz um corte na minha perna e eu começa a gritar e me debater de dor, e ele não satisfeito jogou o álcool, eu me contorcia de dor, não aguentei e desmaiei. - NÃOOOOOO. VOCÊ VAI MORRER SEU MERDA. - Essas foram as últimas palavras que escutei do Pedro.

Estão gostando?
Como eu sofri para pensar em fazer esse capítulo, não queria que a nossa morena sofresse, mas foi o que tinha que acontecer, espero que estejam prontos para o próximo capítulo.

No morro da Rocinha (pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora