❝𝐇an Jisung é um psiquiatra de 22 anos que batalha pelo bem estar mental de seus clientes e das pessoas que o envolvem. Em um dia comum de trabalho, Jisung é mandado para o manicômio mais conhecido da Coreia do Sul, Casa Westreet, onde vivem os pio...
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Han Jisung
𝐏assaram-se duas semanas. Duas semanas que Lee Know fugiu do manicômio e não dava notícias. Desde aquele nosso "encontro" na janela de minha casa, não obtive mais informações de onde ele têm estado. Na verdade, nenhum de nós que estamos à procura dele.
Não disse a ninguém sobre o ocorrido, nem mesmo a Joon. Pergunto-me o que deu em mim para tomar essa decisão de guardar esse "segredo" somente para nós dois. Realmente estou tomando decisões imprecisas em minha vida. Como posso guardar uma coisa dessas? Mas também mão é pra tanto. Não é como se depois que eu contasse, nós conseguiríamos encontrá-lo. Lee pode estar em qualquer lugar.
── Jisung? — Me desperto de meus pensamentos ao notar minha mãe, Kyungmin, parada à minha frente com o semblante preocupado enquanto eu estava com cara de paisagem, sentado no sofá da sala, pensando sobre certo paciente.
Há exata uma semana fui visitar meus pais, como Hyunjin me aconselhou, pois segundo ele, o trabalho estava sugando minhas energias e um bom dia perto de meus pais, faria com que tudo de ruim evaporasse. Acabou que eu fiquei mais do que um dia aqui e me sinto totalmente leve de toda tensão que estava controlando meu corpo, posso dizer assim.
── Você está bem filho? Eu sei muito bem que quando fica assim é porque está pensando muito e fica angustiado. — Mamãe senta ao meu lado e acaricia meus cabelos.
── Sim Dona Han, eu estou mesmo pensativo, mas não fique tão preocupada. Estou apenas pensando nele. — Disse por fim. Ela sabia de quem eu me referia.
Nós dois sempre fomos muito unidos e eu nunca fui tão grato por ter uma mãe como ela. Falávamos sobre todos assuntos possíveis. Ela era minha confiante. Mas tem vezes em que eu me fechava e queria ficar rodeado somente com meus pensamentos. Isso acontecia à maioria das vezes em que ficava chateado.
── Está realmente pensando naquele maníaco? — Ela me perguntou, talvez indignada com minha resposta.
── Mãe, por favor, não vamos discutir sobre esse assunto. A senhora sabe que eu estou sim preocupado com ele. Pode ter acontecido alguma coisa com o Lee e eu não sei como ajudá-lo. — Disse desapotado comigo mesmo.
── Hannie, olhe para mim. — Assim eu fiz, e então ela segurou minhas mãos. — Haverá muitas ocasiões que você tentará ajudar alguém, mas nem sempre irá conseguir porque essa pessoa não deixará. — Deu uma pausa e continuou. — Você ainda é jovem e ainda entenderá. Esse seu paciente. — Franziu o cenho tentando se lembrar de alguma coisa. — Lee Know, talvez não tenha aparecido porque ele não quer ajuda, nem a sua e nem a de ninguém. Isso não quer dizer que você tenha que desistir. Faça-o querer sua ajuda, faça-o ver o lado bom da vida e ser uma pessoa melhor. — Ri fraco da sua última fala. Não consigo ver Lee Know tentando ser uma pessoa melhor.
