'Too bright, i'm so flashy'

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‘Muito brilhante, sou tão chamativo. ]

E novamente no dia seguinte, o tritão se encontrava observando os arredores do seu rio, logo de manhãzinha se aproximou da borda da água, sem sair dela e colocou seus olhos a trabalho de procurar o felino.

Poderia ter chegado cedo, mas queria vê-lo chegar.

Nas últimas vezes apenas o viu de repente deitado no mesmo lugar, curtindo o silêncio da manhã antes dos outros animais da floresta despertarem. Pois quando isso acontecia, muitos animais perambulavam perto do rio para matarem a sede logo no início do dia ou, alguns poucos mas longe de serem raros, admirar e desejar (este segundo mais as fêmeas solteiras) o tritão que vivia por ali.

Com razão já que o esbelto ser era o motivo de grande admiração de vários seres por lá, desde os animais normais, e exóticos até os místicos que frequentavam o lugar como turistas.

As vezes ele caçava alguns peixes para animais de pequeno porte, ou orientava alguns jovens gerinos em processo de transformação á conseguir sair da água no fim do processo, e outra mais tarefas diárias que envolviam, em sua maioria, obviamente, água.

Nesta manhã, Chan estava sentado nas pedras perto de uma pequena corrilheira, admirando distraidamente a água cristalina escorrer sobre sua cauda azulada estonteante, quando o ser que mais lhe intrigava apareceu repentinamente do seu lado, - quando que se aproximou sem fazer barulho? Chamaria-o de pata mansa - bebericando da água com leveza na ponta da língua áspera.

Os olhos verdes levemente fechados, degustando do que lhe hidratava e aquele cheiro estupendo de flores que sempre cativavam o peixe.

Quem podia usar a hipnose era o tritão mas nesse momento de apreciação ele se via fissurado na imagem do gato se refrescando pela manhã, exatamente ao seu ladinho, quase grudadinhos, de pé em cima de uma grande pedra, evitando molhar suas patinhas macias e certamente ligeiras.

Abobado de pensamentos bobos, deixou de respirar quando aqueles intensos olhos feito esmeraldas lhe olharam fixamente e sem mover os lábios, afinal Chris podia ouvir o que os animais queriam dizer, uma breve e simples apresentação foi entendida pelo tritão.

Sou Seungmin! − Aqueles olhos tão naturalmente hipnotizantes, permaneceram por mais de segundos fixados no rosto alheio, gravando o quando podia naquele pequeno tempo de coragem, demonstrando que esse tempo todo que fingia não ouvir, captava cada mínimo movimento e hábito do sereio, com seu sentidos.

Christopher não conteve o sorriso ao ouví-lo soar tão docemente em sua mente. Podia até jurar que o viu retribuir o sorriso quando este Seungmin virou o rosto e passou a caminhar até seu cantinho embaixo da sombra da árvore e sem desleixo, deitar-se, voltando ao costume claro de ignorar, com os olhos, aquele ser da água.

Mas essa pequena atenção recebida, foi mais do que o suficiente para fazer aquele tritão sorrir o resto do dia todo, alegre com a migalha de zelo.

· 🍃 ·


O tritão poderia dizer que aquela tarde, admirando o bichano com tanta despreocupação perto de si, era a melhor que teve durante toda a sua vida.

Seungmin, - que nome adorável, pensou diversas vezes, este dormia com cautela sobre o olhar daquele ser insistente.

Depois de três dias já não se incomodava com ele o assistindo, ignorar ele não adiantava e rosnar muito menos, de todo modo ser o alvo de admiração dele não parecia mal.

Ele deve achar que sou brilhante, lindo. Uh, sou tão chamativo, olha mesmo! - Pensou o híbrido, sem intenção de dizer isso ao outro, orgulhoso de sua lindeza animal. Era bom ter alguém para admirá-lo e ser admirado era muito satisfatório.

Nada era dito a tarde toda que se passava, mas os suspiros contentes do felino que eram soltos baixinho, não passavam despercebidos pelo sereiano que ria com sua fofura a curta distância.

Ele nem percebe o quanto brilha sem sorrir.

O tritão e o gato curtiam da presença um do outro sem estarem realmente próximos o suficiente para isso, e sem demonstrarem com clareza nos atos. 

O momento compartilhado pela manhã era bem vívido na memória dos dois, o que fazia seus corações vibrarem discretamente de alegria.

Dois bobos um pelo outro.

E no final do dia, fingindo indiferença, Seungmin se levantou, espreguiçou-se, alongou suas pernas e observou o tritão brincar animadamente de pega-pega com alguns peixes azuis-esverdeados no meio do lago. Sobre um sorriso pequeno, deu-lhe as costas e saiu andando levianamente pelas árvores, sumindo no mato mais alto próximo das árvores perto da beira do rio. Levando consigo aquele brilho ofuscante do seu silêncio gritante, com sua tranquilidade pesarosa e chamativa que apenas o sereiano se interessava em notar.

Deixando um tritão com certa curiosidade para trás, afim de saber pra onde ele ia todas as noites.

Seria para comer lírios? Já que toda manhã ele chegava cheiroso para beber água do rio e cochilar a tarde toda sobre os olhos de zelo do sereiano.

Ou dormia entre essas flores, ou perto, também havia a alternativa do gato apenas passar por um caminho com aquela flores e por isso ficava cheirando a elas.

O peixe desejou um dia seguí-lo e descobrir a origem daquele aroma tão encantador.

ーAté amanhã, Seung. − Sozinho, com a recordação do pelo dourado brilhante e chamativo em mente, despediu-se do companheiros de nado e da lacuna silenciosa permanecida através da floresta após a ida da sua admiração visual.

~Quando o amanhã chegou, no entanto, o gato não apareceu.

Causando um certo descontentamento no ser da água, que viu-se guiando gerinos por boa parte do dia, enquanto seus olhos mantinham-se constantemente atraídos pelo caminho que viu o gato sumir da última vez, no dia anterior, causando-lhe um sentimento ansioso de espera.

O que ele estava fazendo? Pra onde foi? Iria voltar para ser seu divo de observação?

Aquele ser de pelagem brilhante havia desaparecido, sem deixar rastros, porém, Chan não se viu preocupado, estava mais com saudade de ser ignorado.

Estava gostando da personalidade indefinível daquele felino. Adorava coisas intrigantes e aquele bichano era muito mais do que questionável.

Embora, causasse-lhe emoções atordoantes e estranhas que sempre o traíam, fazendo-o de bobo pelo bichano aliciante.

[ Seres bobinhos ]
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