'Comflexidade' :)

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Extra, extra, cena bônus.

Extra, extra, cena bônus

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O vasto lugar coberto por lírios cheirosos era a localidade favorita do gato dourado. Além de cheirar bem, passava uma tranquilidade pacífica e inata, distanciada do barulho selvagem da floresta.

O caminho até ali era longo, mas o pantera dourada sempre era gracioso em correr até o lugar pouco frequentado pelos animais ferozes, exceto os rastejantes, insetos ou anfíbios.

Aquele era seu domínio de tranquilidade, o mato mediano ajudava-o a se camuflar, escondido entre diversas flores, em sua maioria brancas e a sua favorita: os lírios.

Ao colocar suas suaves e ligeiras patas na terra fofa que mantinha as flores vivíssimamente belas, seu focinho mexeu-se em empolgação cheirando o aroma único do campo grácil. Andando lentamente, cheirou cada uma das plantas pelas quais passou, enfiando-se mais entre o mato que crescia à medida que se infiltrou no campo.

Conforme andava seu rabo balançava lentamente em satisfação, seguindo a passos leves até uma pequena área com o mato baixo, onde havia vestígios seus da sua última visita ali, de quando se esfregou e rolou para impregnar a fragrância da planta em seu pelo brilhante e sedoso.

Adorava como aquele cheiro bom adornava firme em seu corpo.

E exatamente como naquele dia, ao se aproximar o suficiente, jogou-se no gramado alto, esfregando-se pertinho dos lírios mais cheirosos que imediatamente mesclaram-se em seu ser todo.

Entre uma cochiladinha e alguns rolamentos para firmar bem o cheiro docemente limpo em si, concluiu sua visita quando sentiu-se cheiroso o suficiente para ir presenciar a exuberância do seu tritão no lago e mostrar suas facetas serenas enquanto descansava embaixo da costumeira árvore de galhos longos que ficava próxima do seu alvo de sedução.

Obviamente o tritão.

Desde que se mudou para aquela parte da floresta e encontrou um bom entretenimento, seja de observar ou ser admirado, para passar o tempo do seu descanso de beleza, passou a visitar o campo e deixar-se ser admirado pelo peixe com frequência. Atiçando-o silenciosamente com sua tranquilidade pertinente.

O Sereiano nunca desaprovaria tal atitude silenciosa. Afinal, seres complexos falavam com orgulho de maneira muda através dos sinais e constantes movimentos graciosos e plenamente brilhosos.

Apenas a comflexidade mútua e entendível como a dos dois se encaixava e funcionava bem ao se entrelaçar.

Somente eles entendiam essa maneira complexa de ser.

E claro, no dia que o tritão descobriu o refúgio selênico do seu gatinho, não perdeu a oportunidade de explorar com ele a fragrância de calmaria do campo de lírios, perfumando-se juntos por horas de diversão despreocupadas.

Ou até mais que isso, envolvendo-se na conexão ininteligível de que somente ambos compreendiam.

Chan inspirava com leveza o perfume na pele do híbrido, este deitado no mato baixo em sua frente, completamente exposto para ser admirado.

O mais velho sabia que ele adorava quando olhasse-o desse modo único.

ーVocê sempre vem aqui para cheirar bem e me atrair para degustar do seu aroma doce pelas flores? − Os olhos felinos observaram-o com falso desinteresse, esperando a continuação daquela menção óbvia.

Não pretendia mostrar aquele refúgio para o híbrido de peixe, mas como foi seguido pelo homem adestradinho e descoberto seu passatempo, resolveu deixá-lo infiltrar-se consigo para impregnar a fragrância no corpo robusto, pra no fim ele mesmo desfrutar da fragrância no tritão.

ーO que acha de fazermos algo interessante aqui, huh? Se é pra impregnar o aroma da flor em nosso corpo, nada melhor nos esfregarmos juntos congra o chão.

ーVocê quer... − Os olhos cristalinos do mais velho assistiu cada pedacinho de pele exposta do gato se arrepiar com a intensidade de como era observado. − ~rolar comigo, aqui?

ーClaro. − Sem hesitar o pantera se aproximou do maior e sentou-se sobre ele. Eliminando qualquer vestígio de vergonha que nunca teve, arrastou seu corpo contra o do maior, e ao mesmo tempo manteve os olhos fixados no companheiro.

Chan se jogou com Seungmin numa moita de lírios novos e bem frescos, esfregando-se contra o gatuno manhoso que arfava contra seu pescoço.

ーVocê deve... acariciar minha caudinha. − O gato danado sussurrou arrastado, recebendo bem os estímulos do maior.

ーMuito bem, Panterinha. Vire-se. − Mandou deleitoso e logo suspirou de encanto com a obediência do felino.

Christopher nunca se arrependeria de ter caído nos encantos silenciosos daquela pantera e muito menos de ter seguido-o até seu doce refúgio de delírios de fragrâncias.

Aquele gatuno único era seu.

E isso bastava.




·‥ᴅᴇꜰɪɴɪᴛɪᴠᴇ ᴇɴᴅ―🍃💮·°.

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