IMAGINES

YELENA BELOVA

Palavras: 622

– Yelena, posso entrar? – Você deu três batidas na porta, recebendo o silêncio em resposta, você suspirou angustiada. Natasha Romanoff morreu a cerca de dois dias e cinco horas, Yelena se mantinha trancada no quarto por todo esse tempo, deixando você preocupada com o estado emocional da loira. Sabia o quão importante a Romanoff era para ela, era sua irmã, era sua família. – Yelena...

Você não queria invadir a privacidade dela, ou entrar em seu espaço pessoal sabendo que Yelena prezava por seus momentos sozinha, mas você também sabia que ela precisava de alguém naquele momento. Girando a maçaneta em uma de suas várias tentativas, falhas anteriormente, a porta se abriu surpreendendo você. A poucas horas quando você tentou falar com Yelena a barreira de madeira mantinha-se trancada, a loira estava deixando você entrar, e não se referia ao quarto da Belova.

Ela estava sentada no chão, suas costas encostadas á cama, enquanto pressionava seus joelhos contra seu peito e uma garrafa de vodka intocada ao seu lado. Seu coração se apertou com aquela visão, a loira tinha marcas de lágrimas, e gotículas delas, ainda aparentes em seu rosto, seus cabelos estavam soltos e bagunçados, ela vestia o mesmo traje que usará no enterro de Natasha, uma calça e camiseta, ambos da cor preta.

Ela parecia tão frágil naquele momento, você só queria poder tirar a dor dela e tacar em qualquer buraco. Você se sentou ao lado dela no chão frio, hesitando, você pegou a mão dela na sua entrelaçando seus dedos, quando viu que ela não recusaria sua aproximação. Você manteve-se em silêncio sentindo a hesitação de Yelena ao seu lado, você apertou a mão dela, não era necessárias palavras, você estaria ali por ela.

– Ela se foi... – Você ouviu a voz sussurrada e rouca dela, ela mordeu o lábio, parecia querer continuar mas não conseguia. Você apertou a mão dela confortando-a, esperando o tempo dela. – Minha sistra, eu a perdi, de novo... – Yelena soluçou apertando sua mão.

Você puxou a loira para seus braços, sentindo ela tremer enquanto molhava sua camisa com as lágrimas despejadas incessantemente, você não ligou para aquilo. A única coisa que importava era Yelena.

– Pode chorar, Detka. Eu estou aqui, estou com você. – Você sussurrou próxima ao ouvido da Belova, deixando beijos carinhosos no topo de sua cabeça. Detka, Natasha havia ensinado aquela palavra a você logo depois de te ameaçar caso machucasse os sentimentos da loira.

– Por que dói tanto? – Yelena se encolheu em seus braços, a voz abafada dela contra seu peito despertando você de seus pensamentos.

– Porque você a amava, você a ama. Isso vai doer por um tempo mas você é forte para superar, é o que ela gostaria. – Você se acomodou com Yelena em cima de você ainda a abraçando, querendo protegê-la de toda a dor que estava sentindo.

– Por quanto tempo?

– Eu não sei, Detka... Cada um tem um tempo e um jeito de superar sua dor, alguns dizem que ela nunca vai embora mas que você aprende a viver com ela. – Você sussurrou, tendo a atenção dos olhos esverdeados em si. – O que eu posso garantir a você, Yelena, é que eu nunca sairei do seu lado.

– Promete? – A atenção dela estava focada em ti, você tocou as bochechas rosadas de sua namorada, depositando um carinho naquela região.

– É uma promessa, Detka.

Seus lábios formaram um meio sorriso, Yelena se acomodou em seu corpo, encostando o rosto em seu ombro. Você apertou o corpo da loira contra o seu, repousando sua cabeça contra a dela. Vocês ficaram no chão até Yelena pegar no sono em cima de você, com você zelando pelo sono dela, não querendo que nada incomodasse a ex viúva durante seus sonhos.