Quando Honorato lutou contra Caninana

Capítulo 1

Era uma lavoura, o senhor Mori trazia uma nova criança, de descedência indígena, Ougurai o nomeou Osamu Dazai.

Aquele garoto era submetido a todo tipo de trabalho e se não trabalhasse... nem queiram saber, não tinha como pedir socorro, por mais que soubesse português, ele era indígena, os brancos não ligam para os indígenas, com exceção de um homem.

Esse era Odasaku, quando Dazai chegou naquele lugar horrível, Oda cuidou de suas feridas, o alimentava escondido quando o garoto era punido, o ensinou a ler e escrever em português.

Nos tempos atuais, Dazai foi punido mais uma vez, por nada, apenas por prazer de Mori, estava machucado, fraco, o garoto ouve a porta destrancar, era Oda.

-Oh meu Deus, Dazai!

Osamu estava quieto enquanto Odasaku cuidava de seus machucados, Oda não ousava falar sobre o que aconteceu.

-Dazai.

-Sim?

-Eu preciso que você fique acordado até eu voltar.

-Como assim?

Oda olha para os lados e fica em silêncio para ver se alguém estava por perto.

-Eu quero que você vá embora daqui.

-Hã?

-Você foi tirado de sua família, obrigado a trabalhar, aprender uma língua completamente diferente, todos os dias sendo violentado, você precisa fugir!

-Mas e você?

-Eu me viro, apenas fique acordado até eu vir.

-Está bem...

Depois de longas horas, Odasaku destranca a porta da senzala do garoto, o plano era levar Dazai para a floresta, já que ele conhecia aquela região de cor, porém, o caseiro que estava armado os encontra, atirando em Odasaku, prejudicando a fuga.

-Oda! –Dazai tenta segurar o corpo de seu amigo, mas estava muito fraco, então os dois caíram no chão.

-Corre Dazai, corre!

-Eu não vou deixar você!

-Corre por mim Dazai, não, corra pela sua liberdade, pelo Ango, corra por você.

Osamu começou a correr, deixando seu único melhor amigo para trás, suas pernas doíam, seus pés doíam, tudo doía, mas era por Odasaku, Ango e sua liberdade.

Quando não conseguia mais manter suas pernas, ele já estava na floresta em um dos braços do rio Negro, ele cai no chão cansado, e começa a chorar, chorar por tudo que passou, pela perda de seus amigos, e pela sua liberdade.

Hoje é lua cheia, e ela está azul.

Dazai sente algum animal lamber seu rosto, quando abre os olhos ele vê uma onça albina, o que faz assusta o garoto que se afasta.

Ao lado dessa onça estava um garoto também albino, pele branca, cabelos brancos, olhos amarelos com um toque roxo, alguém definitivamente abençoado por Jaci, e espera, pés virados para trás? Jaci abençoando um curupira? Ele parece ter 10 anos...

-Quem é tu curumim? –Pergunta o curupira.

-Eu sou Osamu Dazai...

Pode responder o porquê de estar correndo em plena madrugada? Você assustou muitos animais.

-Eu fugi da lavoura.

Quando o albino ouviu "lavoura" ele sentiu um arrepio de temor e péssimas lembranças vieram a sua mente.