𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐 - sob o manto da intriga

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Era uma noite abafada em Brasília. O céu estava encoberto por nuvens densas que ocultavam as estrelas, criando um manto de escuridão sobre a capital. A praça diante do Palácio do Planalto estava deserta, exceto pelas sombras das árvores e dos edifícios circundantes. As luzes das janelas do palácio brilhavam fracamente, mal iluminando a figura solitária que descia a escadaria com passos firmes.

Brasil Ditadura, General e Presidente, não era uma figura comum. Ele parecia humano, mas sua essência era forjada a partir da própria natureza autoritária do regime que ele representava. Suas feições duras e olhar penetrante eram um reflexo do poder que emanava de sua presença. Naquela noite, seus passos ecoavam na praça vazia, marcando o início de um encontro tão misterioso quanto a sua própria existência.











Na escuridão à frente, uma figura solitária se destacava, movendo-se com a precisão de uma sombra treinada. O homem, um segurança de postura rígida e rosto inexpressivo, aproximou-se de Brasil Ditadura com a suavidade de um predador. Sem uma palavra, ele estendeu um envelope selado com um emblema desconhecido.

Brasil Ditadura pegou o envelope, sentindo a textura pesada do papel grosso. O segurança, cumprindo sua missão com a mesma eficiência com que havia chegado, se afastou, desaparecendo na noite silenciosa.















Brasil Ditadura, sob a luz fraca de um poste, rasgou o selo do envelope com cuidado e extraiu uma carta escrita com uma caligrafia meticulosa, quase artística, contrastando com a rigidez das comunicações militares. As palavras eram concisas, mas carregadas de implicações profundas:

Ao General Brasil Ditadura

O cenário político do Brasil é de grande interesse para nós. Uma aliança entre nossas nações pode ser vantajosa se nossos objetivos se alinharem. Lembre-se, a estabilidade interna é essencial para a influência externa. Aguardamos sua resposta.














Ass:_USSR



















Ele leu e releu a assinatura. "USSR" – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Apesar de sua natureza quase sobre-humana, o coração de Brasil Ditadura acelerou com a possibilidade de uma aliança secreta. A Guerra Fria, com suas ameaças veladas e alianças traiçoeiras, agora batia à porta do Brasil.










A brisa da noite carregava consigo a umidade e o cheiro de uma tempestade iminente. Brasil Ditadura ponderou sobre as consequências da carta. A União Soviética, inimigo dos Estados Unidos, buscava uma parceria que poderia reconfigurar o equilíbrio de poder. Qualquer decisão teria repercussões profundas, potencialmente transformando o Brasil em um peão ou em um jogador significativo no tabuleiro global.

Ele sabia que, no dia seguinte, teria que enfrentar o conselho militar. Revelar a carta desencadearia uma onda de debates e desconfianças. Mantê-la em segredo poderia colocar sua posição e o futuro do regime em risco.

A noite avançava e os trovões distantes prometiam uma tempestade. Brasil Ditadura dobrou a carta com precisão e a guardou no bolso interno de seu casaco. O peso do futuro do Brasil repousava em suas mãos – um futuro que poderia pender para a luz ou para a escuridão, dependendo de como ele jogasse aquela nova carta no complexo jogo da política internacional.

Enquanto se virava para voltar ao palácio, a luz fraca revelava seu semblante austero e determinado. Brasil Ditadura sabia que estava à beira de uma decisão crítica e que seu papel na história estava apenas começando. O silêncio da noite foi rompido pelo som distante dos trovões, prenunciando as turbulências que estavam por vir.
























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⏰ Última atualização: Jun 15 ⏰

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