7 - Decoy of ex, godmother and possible problems

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LAUREN JAUREGUI

Indícios de uma crise de enxaqueca me perturbavam desde o momento que acordei naquele dia, a dor era consideravelmente fraca comparada às outras vezes em que tive crises, mas ainda assim extremamente incômoda. Havia mais ou menos um ano desde que fui diagnostica com enxaqueca crônica, tudo isso após ignorar a dor persistente em minha cabeça durante duas semanas até que meu corpo simplesmente cedeu e desmaiei a caminho do estúdio onde estávamos fazendo as gravações do álbum que seria lançado, felizmente naquele dia estava com motorista e não dirigindo, caso contrário poderia ter acontecido uma tragédia. De qualquer forma, desde que tive o diagnóstico fechado e iniciei os tratamentos ocupacionais que me foram indicados, tornaram-se raras as crises e geralmente começavam fracas, assim como aquela.

O dia havia sido cheio com a gravação de uma entrevista para a televisão e duas ao vivo para uma rádio, logo após tivemos uma reunião com toda a equipe para fecharmos os detalhes da turnê mundial que iria iniciar em alguns meses e por fim fomos liberados para descansar. Já era início de noite quando enfim cheguei em casa e pude tomar o remédio apropriado para enxaqueca, porém não tive a chance de decidir se deitaria no quarto ou na sala, pois minha casa foi invadida por aqueles que uma vez chamei de amigos. Tenho certeza que havia uma carranca terrível em meu rosto quando percebi que eles vinham acompanhados de sacolas de comida, o que indicava que não tinham pressa alguma para ir embora.

— Não nos olhe assim, sentimos saudades. - Vero diz com um sorriso forçado quando deixa a sacola de papel em cima da mesinha de centro da sala.

— Embora eu seja realmente incrível e faça uma falta terrível quando me ausento, não tem como tentar jogar uma dessas quando passamos o dia inteiro juntos. - digo desistindo da ideia de ir para a cama e me apressando para pegar o lugar no sofá maior, porque mesmo a casa sendo minha, sempre havia uma briga por quem iria ficar com o sofá maior.

— Estão aqui para tentar te convencer a ir à festa do Balvin hoje. - Normani os dedura ao sentar ao meu lado no sofá. Charles e Lucky deixam o que seguravam na mesinha antes de cada um ocupar um lugar no sofá menor, deixando apenas o tapete como opção para Veronica sentar.

Veronica bufa e cruza os braços como uma criança mimada ao notar que apesar de ter sido a primeira a se desfazer das sacolas, havia sido a última a escolher um lugar, ela resmunga algo inaudível e se senta no tapete.

— Por que você não arranja logo uma poltrona para mim? - ela questiona ainda emburrada e eu apenas sorrio de lado.

— Porque não combinaria com a estética da minha sala e eu moro sozinha, ou seja, há lugares o suficiente para eu sentar. - dou de ombros e seguro nos tornozelos de Normani quando ela apoia as pernas em meu colo, retiro os sapatos de salto dela e os coloco no chão, o que a fez sorrir. — Não queria que me sujasse. - acabo rindo quando ela faz uma careta ao perceber que o ato não tinha sido apenas gentileza.

— E então, vamos ou não? - Lucky questiona com o olhar fixo no celular em mãos. — Amanda foi visitar os pais em Houston e disse que só poderei ir na festa se todos forem.

Chales e Veronica riem como se eles próprios não fossem comandados por suas respectivas mulheres também.

— Claro, da última vez que você saiu sem ela e sem nós acabou parando na prisão por atentado ao pudor. - Mani o relembra e eu sorrio ao lembrar do caso que aconteceu há alguns meses atrás. O idiota achou que não teria problema em nadar pelado em uma fonte do hotel aonde rolava a festa.

— Só se vive uma vez. - ele repetiu o mesmo argumento que dava sempre que mencionávamos o dia em questão. — Mas e então, vão ou não? Meu apartamento está muito solitário sem a Mandy lá, se não formos irei dormir aqui.

Todo por tí [Intersexual]Onde histórias criam vida. Descubra agora