VI

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Estavam perto de chegar a cidade de Florence, EUA. Rubens se manteve ansioso quase que em todos os momentos da viagem. Luanne ao seu lado, olhava através da janela, parecia pensativa.

Não demorou para chegarem a Bishopville, 32 min de Florence. Uma cidade bem mais pacífica que já indicava a quase chegada ao destino. Não era uma viagem longa, Rubens sabe disso, mas a falta de oportunidade o fez ficar sem ver a sua mãe, estava disposto a aproveitar ao máximo antes de voltar a sua vida como Sr. Dawson do Comercio Central da Administração e sem qualquer tempo para vê-la novamente por um longo tempo. Agradecia frequentemente a Roger por adiantar o possível reencontro.

-Rubens você está bem? - Luanne diz sem tirar os olhos da vista através do vidro.

- Como poderia não estar bem. Tenho tanta coisa para fazer em breve: Ver a minha mãe, conversar com ela, saber o que fez desde a minha partida e ausência até o momento. - Ele respira fundo, pensando em outras surpresas que puderam acontecer.

- Ela tinha o sonho de se casar novamente, eu não entendia, mas hoje eu até que entendendo. Se por acaso eu abrir a porta daquela casa e ver alguém que não conheço, certamente ficarei feliz por ela.

Quando papai era vivo, vivia trabalhando na horta que temos em nossa casa. Tudo ficava cada vez mais lindo, mais limpo. Cada vez mais vivo pelas cores que a variedade de plantações proporcionavam.

Mas depois de sua morte devido ao furacão dos muitos outros que ocorrem por lá, em uma tarde de coleta de lenha, antes do escurecer, começava a chover e um desses o surpreendeu e ceifou a sua vida em uma inundação catastrófica.

Luanne direciona o olhar a Rubens, ouvia o que dizia com atenção. Correspondendo com expressões de acordo com que o rumo ia tomando. Uma lágrima ameaçava cair sobre o seu rosto.

-De repente eu perdia o meu pai, e a ficha só caiu após dois dias de desaparecimento. Desde então, até a minha despedida, a plantação já estava em ruínas comparado ao que existia antes. Meu pai queria o nosso melhor, e até mesmo na sua morte buscava por isso.

Minha mãe sonha em viver esse momento quando meu pai era vivo mais uma vez.

Ela o consola com um braço o envolvendo em um abraço.

Neste momento Rubens limpa os olhos que já caiam lágrimas e olha sobre o ombro de Luanne, no vidro da janela para saber como estava aparentemente.

Pela vegetação que passava ele vê uma saltitante e sorridente menina que corria pela mata, tempos em tempos olhava para as raízes expostas das árvores e com cuidado passava sobre elas.

Ele permaneceu olhando. Quando o transporte aumentava a velocidade e fazia a menina ficar para trás, ela que agora olhava fixamente para ele em um virar de repente em sua direção, apontava para algo a frente.

Após um tempo, um outdoor de boas-vindas a beira da estrada indicava a chegada na cidade de Florence, EUA.

Em mais uma perda de velocidade do transporte na entrada da cidade, Rubens olhava para trás, esperava encontrar a menina em seu campo de visão novamente. Isso não aconteceu.

Um susto repentino, que o fez tremer a visão e esconder o rosto em Luanne.

Rubens pensa no evento anterior do seu encontro com a jovem menina perdida na praça de alimentação em Columbia. Uma vez que vira, Luanne por sua vez não a viu.

Se assemelhava muito com a que vira agora, as idades são obviamente distintas mas pareciam de certa forma interligadas a algo que não sabe.

Ela era loira, cabelo ondulado, dos olhos castanhos, vestia uma blusa listrada em cores de vermelho, verde e azul. Rubens a julgar pelo tamanho e pela agilidade no solo armado por raízes e pedras, conclui ser ainda mais nova que à vista anteriormente.

O Caso de Rosalinne OrssowOnde histórias criam vida. Descubra agora