𝗦𝗢𝗟𝗗, toji fushiguro.

᯾. 𝗙𝗜𝗩𝗘

POINT OF VIEW
' melie katsuki

Me esforcei para soltar um sorriso. Eu estava me sentindo triste. Maki não parava de tagarelar junto de Nobara, as duas se enfiaram no "meu" quarto e não querem sair por nada.

Eu nem prestava atenção na conversa das duas, algumas vezes eu até fazia alguns barulhos com a boca para mostrar que estava prestando atenção, mas na verdade eu não estava.

Toji não tem falado comigo direito desde aquele dia, não entendo por quê. Ele tem chegado muito tarde em casa, e normalmente nessas horas eu já estou dormindo.

Não estou preocupada, mas tô me sentindo meio pra baixo. Quase nunca vejo esse traste e quando vejo, mal nos falamos. Ele sempre diz que está ocupado.

― Mel? Vish, acho que ela tá maluca. ― Nobara disse, depois de ter dado um tapa nas minhas costas.

― O que isso? Tá maluca, Kugisaki!? ― exclamei, sentindo minhas costas arder. ― sua vagabunda maldita!

― Aí, a gente tava te chamando a horas, você tava olhando pro chão com os olhos arregalados igual louca. ― Maki fez uma careta engraçada e riu logo em seguida.

― e isso lá é motivo de me lascar um tapão no meio das costas? ― bufei me levantando da cama.

― me erra, megera. Tem sorte que não foi uma marretada. ― Nobara riu, acariciando minhas costas.

― sai pra lá, para de viadagem. ― reclamei, me jogando na cama de novo.

Fiquei quieta novamente, mas dessa vez ouvindo a conversa das duas.

Nobara e Maki conversavam sobre a escola Jujutsu, sobre garotos e garotas, sobre missões, fofocas, maldições. Tudo muito equilibrado.

Faz poucos dias que eu estou aqui trancada dentro dessa missão, já andei esse lugar todo, já fiz tudo que era possível. Mas ainda continuo desanimada, eu só queria conversar e de preferência com o Toji.

Não faço idéia do que aconteceu, por que eu simplesmente comecei a me importar se ele fala comigo ou não. A gente estava tão de boa, e agora ele me ignora igual uma cadela.

― Mas e aí, Melie. Você tá pensando no Toji, né? ― indagou Maki, fazendo o quarto ficar em silêncio esperando minha resposta.

― Sim, estou. ― sussurrei, afundando minha cara no colchão.

― Caramba, por isso você está tão quieta hoje? ― Nobara perguntou, se deitando ao meu lado.

― Sim.

― Por que você não tenta conversar com ele? Vai ver vocês se resolvem. ― Zenin sugeriu. Eu ri, negando com a cabeça.

― Você acha que eu não tentei? ― encarei a garota. ― ele mal para em casa, quando ele chega eu já to roncando. Quando eu acordo, ele não está mais aqui.