᯾. 𝗡𝗜𝗡𝗘.

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POINT OF VIEW
' toji fushiguro

Respiro bem fundo tentando não xingar Utahime. Porra!

Ontem quando eu cheguei em casa, me deparei com Utahime sentada no sofá preocupada e chorando, quando eu perguntei o que aconteceu, ela havia me dito que Melie havia sumido.

Eu fiquei no puro ódio. Sai pelas ruas procurando Melie, coloquei meus capangas atrás dela e não conseguimos achá-la mesmo assim.

Porra, porra, porra!

Utahime nem sabia quem havia levado. Conheço Melie, sei que ela não iria fugir, não de mim. Então é por isso que eu acho que levaram ela.

Mas quem? É isso o que eu queria saber. Quando eu achar o filho da puta ou a filha da puta, eu vou matar quem for por ter tirada Melie de mim.

Eu não parei de procurar-la nem por um segundo se quer, estou andando de carro desde ontem tentando achar Melie.

Penso em várias arrombados que poderiam ter tirado Mel de mim, no que estão fazendo com ela, no desespero dela.

Eu juro que quando eu pegar o desgraçado, não vai sobrar nem a carcaça desse filho da puta!

Me distraio com o meu celular tocando, paro o carro perto da pista de skate onde Melie estava ontem a noite.

― Fushiguro. ―― diz Lian, um dos meus capangas.

― Fala aí. Acharam ela? ―― perguntei com esperança. porra, eu estou tão desesperado. ― responde logo, caralho!

― Desculpe, senhor. Mas infelizmente não a encontramos.

Dou um soco no volante, sinto minha cabeça doer, meus olhos pesarem. Desgraça de situação.

― Escuta Lian, não me venha pedir desculpinha como se fosse uma prostituta que não soube fazer a porra do seu trabalho direito. ―― aperto o celular com força, sentindo uma pressão nas mãos. ― Shibuya é grande, mas nem tanto. Ache ela e...

Paro de falar assim que vejo uma figura um tanto conhecida passar na frente do carro, sai do veículo e corro em direção a ela.

― Melie? ―― pego em seu braço com delicadeza a puxando para ficar de frente para mim. Ela estava aparentemente normal, mas seus olhos estavam pesados e seu nariz estava vermelho. ― O que houve, querida?

― Toji. ―― ela sorri fraco, encosta sua cabeça em meu peito. Sinto sua respiração pesada e seu corpo tenso. ― eu quero ir embora.

Ela diz, quase por um fio.

Eu não disse nada, guiei Melie até o carro, abrindo a porta pra ela. Coloquei o cinto nela assim que Mel se aconchegou no banco. Fechei a porta e entrei no quarto.

― Vai me dizer o que houve? ―― perguntei olhando para ela.

Eu queria fazer uma caralhada de perguntas, brigar com ela, mas Melie estava diferente. Algo obviamente havia acontecido, e eu só poderia ser paciente e esperar ela falar.

― Outra hora, Fushiguro. ―― ela disse sem me olhar.

― Outra hora, é? ―― franzi o cenho, sem acreditar muito em sua frase.

― Ah, que foi? Tá curioso? ―― ela riu, debochada. ― você esperou meses pra me sequestrar, pode esperar mais algumas horas pra eu te contar o que houve, queridinho.

― Desde quando eu te sequestrei, arrombada? ―― perguntei, dando partida no carro.

― Arrombada? Tá querendo que eu arranque a sua cabeça fora? ―― ela revirou os olhos.

― aí depende, qual das duas cabeças estamos falando? ― sorri malicioso.

― larga de ser safado, tá cedo ainda. ―― Melie deu um tapa forte pra caralho no meu braço. Nossa, que mulherzinha forte. ―― você me comprou contra a minha vontade, então sim, você me sequestrou

― não confunda as coisas, amor. Eu só queria o que é meu, se não fosse por bem, ia ser por mal, se não fosse por nenhum dos dois, então te comprei com a porrinha do meu dinheiro. ―― sorri, ladino.

Ela me olhava com cara de cu e mesmo assim continuava linda.

Aí aí, essa mulher.

― vou pegar o seu dinheiro e enfiar dentro do seu cu.

― Nossa, pra que isso? Tá ficando abusadinha. Prefiro quando estava com medo de mim.

― você me irrita, mas continua um gostosinho.

― Ah, que fofa. ―― debochei. ― não fala assim, eu me sinto um pedacinho de carne, sabia?

― tudo que eu vejo em você é um pedaço de mal caminho, Toji Fushiguro.

― quanta implicância, mulher. Acho que você quer me dar.

― tá com fome? Por que não vai atrás das raparigas que você comia antes de me conhecer?

― É porque elas são muito fáceis. To esperando você liberar pra eu te expulsar da minha casa e pedir meu dinheiro de volta. ―― brinquei, vendo sua cara de espanto.

― eu rasgo essas almôndegas que você chama de bola, ouviu, cabaço?

― entendido, gostosa! Você é uma gostosa, sabia gostosa?

― larga de ser brega, velhote.

Eu amo quando ela se irrita comigo.

É a primeira vez que a vejo assim, não sei direito. Ela parecia com medo, mas agora que está comigo, parece que o único medo que ela tem é de ficar longe de mim.

Não vou deixá-la ficar longe de mim, eu não aceito isso. Ela é minha, eu cuido do que é meu.

Vou descobrir o que aconteceu com ela nem que eu preciso castrar alguma bicha ridícula.

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⏰ Última atualização: Oct 02 ⏰

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𝗦𝗢𝗟𝗗, toji fushiguro.Onde histórias criam vida. Descubra agora