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Bebida alcoólica

19:26
17°c

"O álcool não faz as pessoas fazerem melhor as coisas; ele faz com que elas fiquem menos envergonhadas de fazê-las mal. William Osler."

― Chegamos Chuu ― Ele desliga o carro e se apoia no banco olhando para trás, ou seja para mim ― Toma cuidado, e não aceita bebida que te oferecerem, e logicamente não deixa seu copo por ai.

― Pode deixar "pai" ― Solto um riso soprado ― Acho que vou ter que mandar mensagem pra alguem mais tarde.. se é que me entende. ― Dito isso eu saio do carro entrando calmamente no estabelecimento, mas logo viro um pouco meu rosto vendo a cara de indignação de Jacke. Isso me fez sorrir genuinamente.

Aiai Jacke, você era tão fácil de se enganar. Mesmo que não fosse tão gentil com pessoas fora do nosso convívio, ainda era uma pessoa cheia de empatia.

― Chuuyaa! Finalmente chegou, já tava pensando que não iria vir. ― Ryu puxa uma cadeira ― Senta ai pô. O que houve pra demorar? Sem querer ser invasivo

Sento no lugar que Ryu me ofereceu ― Ah, apenas demorei para me arrumar.

― Faz sentido.. Você ta bonito. Muito bonito. ― ele sorri de um forma natural e calorosa. Estranhamente reconfortante. ― Vou pegar alguma bebida pra você, já volto.

Inoue se levanta e vai até o bar pedir alguma bebida.

Francamente o que eu to fazendo aqui? Eu nem bebo, pelo menos não com frequência, até por que em casa só tem vinho e champagne. Porem meus pais não me deixam tomar o vinho, mais por conta da minha mãe. Então só me restava beber champagne, mas com o tempo começa a ser tão enjoativo. Talvez eu só precise provar algo novo?

Eu nunca sei exato o que eu estou fazendo, sempre parece que minhas decisões são mal pensadas. Nunca sai exatamente como eu quero, ou algo sai do meu controle. O que são escolhas certas? E por que não sei fazê-las? Não deveria ser tão complexo quando se trata de algo simples, ou algo que faça parte da vida.

Solto um pequeno ar que estava preso que eu nem se quer havia reparado que estava prendendo.

De qualquer forma já que estou aqui, então eu vou beber, to bastante cansado com o que tem acontecido entre meus pais, e com a vida.

― Demorei? ― Inoue diz colocando um copo com uma bebida transparente com duas rodelas de limão. ― É gin. Gin, tónica e limão siciliano. Não sabia do que gostava, mas pressenti que você gostaria de algo forte.

― Dessa vez você não errou Yu ― Era o apelido que Inoue gostava que eu o chamasse, mas era raro que Nakahara o chamasse assim. E quando usava este apelido era significativo demais para Ryu.

― Que bom que eu acertei Chuu ― Ryu passa os braços envolta do pescoço de Nakahara. ― E então? Gostou?

Se eu havia gostado? Pra porra! Era forte, saboroso, e se encaixavam completamente. E era exatamente isso que eu precisava. Aah isso seria minha perdição.

Me desculpe Jacke, mas só por hoje eu preciso perder o controle, preciso relaxar.

Fiquei tão intrigado com o gosto que eu estava sorrindo sem nem perceber

Azul Como Oceano Vermelho Como SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora